Sobre os últimos acontecimentos e a decisão do STF, o que seria normal em uma sociedade de direito, que grupos e interessados opostos, exaurissem as suas colocações e que a decisão final não fosse emocional, unilateral, a igreja evangélica acovardou-se, omitiu-se, desinteressada e desinformadamente. É o que está muito bem colocado no artigo a seguir. Bem ou mal só a ICAR enviou ao STF um representante que defendesse e argumentasse segundo a sua posição teológica, embora tenha isso tenha sido feito, tímida e fracamente, calcado mais na sua tradicional influência histórica que não é mais a mesma, do que com argumentos suficientemente fortes até juridicamente para serem levados em conta e respondidos.
No geral artistas evangélicos em destaque e com contratos com a mídia secular, temerosos de perder do dia para a noite a sua influência e sucesso, das portas se fecharem subitamente, por ignorância do assunto, etc se omitiram. Outros crentes como os históricos e reformados, por se colocarem contra todos os pentecostais, isolaram líderes como o pr. Silas Malafaia, a bem da verdade o único que se arrisca para levantar uma bandeira contra o atual estado de coisas no Brasil. Valentões virtuais como Caio Fábio, o qual chama todo mundo para briga, afirmando não ter medo de nada e de ninguém, simplesmente evaporaram. A PLC 122 vem por aí, pode ser a segunda e definitiva derrota para uma igreja que pode sofrer um revés na sua ação evangelística justamente de um ponto que jamais esperaria. O pior ainda não veio, mas pode vir, se a igreja não se colocar em ação, madura, com o pé na realidade na sociedade que para o bem ou para o mal está inserida.
De fato, não tem nada haver com os direitos de previdência, herança, que como cidadãos que pagam seus impostos, produzem riquezas e prestam serviços a toda a sociedade, por justiça têm os que se dizem gays direito. Com relação a isso ninguém é contra, de forma alguma. Não se quer espancamento, assassinato, exploração, desemprego, humilhação, execração pública, perseguição de ninguém que se autodenomine e autorreconheça homossexual. O que se discute é a desnecessária imposição de valores de um grupo sobre o outro. Ateus, só a título de exemplo, têm o direito de serem ateus, religiosos A, B ou C têm o direito de viverem a suas respectivas fé, e assim todos e demais grupos, desde que contribuam positivamente para uma sociedade heterogênea mas pacífica e produtiva. Talvez sobre isso, o Pr Márcio Valadão, em uma reunião na IBL transmitida ao vivo pela rede Super, afirmou indiretamente: "Há leis que são inspiradas no céus, mas há outras leis que são forjadas no inferno".
Por Helvécio S. Pereira
Por Helvécio S. Pereira
Veja:
Bispo Robinson Cavalcanti critica STF por julgamento e reconhecimento da união gay: “Não houve voz evangélica no tribunal”
Depois da aprovação da legalização da união civil entre gays no Brasil, o Bispo Edward Robinson de Barros Cavalcanti lamentou que “não houve uma voz evangélica no Tribunal,” denunciando ainda que grande parte das Igrejas Evangélicas não se pronunciam sobre o assunto.
“Tivemos representantes da Igreja Católica da CNBB e embora você tenha uma Aliança Evangélica em formação, você não tinha uma voz evangélica no tribunal,” disse ele ao The Christian Post nesta segunda-feira.
O problema, ele apontou, foi que se no passado, algumas Igrejas consideravam os delitos sexuais mais graves do que os outros, “hoje o homossexualismo quer sair da lista de qualquer pecado.”
Segundo o bispo da Igreja Anglicana do Cone Sul da América, teólogo reconhecido, a grande parte das Igrejas Evangélicas no Brasil, não se pronunciam, “não só sobre o homossexualismo, mas sobre a sexualidade em geral.”
“A Igreja nem no campo legal, nem no campo teológico e nem no campo pastoral, tem feito algo de muita envergadura.”
E enfatizou que “uma crescente quantidade de pastores de Igrejas históricas, até conservadoras, de uma geração mais jovem, começam a não mais condenar o homosexualismo, e a ter uma postura relativista.”
“E tão nefasta quanto a intolerância, é a tolerância,” expressou o bispo.
Segundo ele, “A teologia rerformada diz que a pecaminosidade é o estado geral da queda, que o Calvino chama de depravação total, todas as áreas foram atingidas, não mais e não menos.”
Mas relembrou que “todas as áreas também são atingidas pelo amor, transformador e libertador de Cristo.”
Cavalcanti revelou que tem sido discriminado por pastores até conservadores, como homofóbico, “porque eu continuo a dizer que o homossexualismo é um dos pecados.”
Ele chamou atenção para o fato de que “no momento a sociedade está promovendo uma agenda homossexual e que a Igreja tem que, por um lado, estar consciente do que está acontecento, ter uma atitude amorosa pelo coração de Cristo, mas ao mesmo tempo ser firme em afirmar os valores morais da palavra de Deus, e possibilidade de transformação pelo poder do Espírito Santo.”
Como um pedido para que as Igrejas refletissem, ele escreveu dois livros na década de 70 para falar do assunto da homossexualidade, “Uma Benção Chamada Sexo” e “Libertação e Sexualidade.” Entretanto, ele constatou que a maioria era ausente de maneira geral com relação ao tema e “outras numa linha mais neopentecostal, trabalham numa só dimensão de opressão espiritual – de tirar maus espíritos ou encostos.”
Há poucas pessoas trabalhando unindo o espiritual e o científico, afirmou ele. Ele citou psicólogo cristão Carlos Tadeu Grzybowski, que trabalha com a questão homossexual e é autor do livro “Macho e Fêmea os criou.” Entretanto, o bispo denunciou que os piscólogos que trabalham com isso, tem sido perseguidos e o Conselho Federal de Psicologia do Brasil tem tentado cassar a licença de qualquer psicologo cristão. Além disso, aqueles que tem a possibilidade de atender tem que ajudá-lo [o homossexual] a continuar a ser gay e não ajudá-lo a sair [da homossexualidade].
Em seu artigo recente “Brasil: Justiça Legaliza Imoralidade,” Cavalcanti escreveu com lamentos que “a imoralidade do homosexualismo – nítido desvio de conduta e enfermidade emocional e espiritual (…), recebeu o manto da legalidade, como o objetivo de reforçar a sua legimidade.
“A imoralidade foi legalizada. O pecado foi legalizado.”
“O Brasil está de luto.”
Onde ele afirma também que, “O próximo passo será a criminalização dos heterossexuais que não admitem a normalidade do homossexualismo, o atentado à liberdade de expressão e da liberdade de religião, com a PLC 122, ora no Senado da República.”
Para Cavalcanti a mídia já vinha, há muito tempo, “manipulando a opinião pública, em uma autêntica lavagem cerebral, para quebrar as resistências, e ‘reeducar’ a nação.”
Mas ele acredita que os “cidadãos brasileiros de convicções morais baseadas nos valores da fé revelada e nos valores sempre afirmados por nossa pátria continuarão, com convicção e coragem, a expressar a sua mais veemente condenação a esse momento lamentável, que deslustrou a mais alta corte de justiça do País.”
“Ache o aparelho do Estado o que achar, decida o que decidir, nossas Igrejas continuarão a afirmar que Deus criou uma humanidade de machos e fêmeas, que ordenou que o homem se unisse à mulher, e que condena vigorosamente a sodomia.”
Fonte: Gospel+