Louvor na Igreja New Time Church, Kiev, Ucrânia-
pastor Andriy Kuksenko e sua esposa
A Rússia foi cristianizada há pelo menos 1025 anos, isso é pleo menos duas vezes de tempo da cristianização, por exemplo, brasileira. Hoje quando se olha para a Rússia, o maior país cristão de todo o mundo, mesmo com a diminuição de seu território sob seus domínios, com a extinção da antiga e poderosa URSS.
A história cristã Russa e da Ucrânia é mais que duas vezes a história do cristianismo sob todas as formas nos próprios EUA. Parece óbvio que os ataques militares, ideológicos, étnicos à Europa cristã, no século XX ao leste Europeu bem com países que se tornaram a grande URSS, tornando-a institucional e pragmaticamente ateia, foram muito bem urdidos pelo príncipe das trevas. Entretanto ainda no final do século XX Deus dá um avivamento à Ucrânia e Rússia, avivamento que se estende com maiores ou menores dificuldades a todos os seus vizinhos.
A história cristã Russa e da Ucrânia é mais que duas vezes a história do cristianismo sob todas as formas nos próprios EUA. Parece óbvio que os ataques militares, ideológicos, étnicos à Europa cristã, no século XX ao leste Europeu bem com países que se tornaram a grande URSS, tornando-a institucional e pragmaticamente ateia, foram muito bem urdidos pelo príncipe das trevas. Entretanto ainda no final do século XX Deus dá um avivamento à Ucrânia e Rússia, avivamento que se estende com maiores ou menores dificuldades a todos os seus vizinhos.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A cristianização da Rússia não se pode dissociar da missionação bizantina naquele território. A presença mais antiga de um bispo enviado por Bizâncio de que há conhecimento data de 867. A penetração docristianismo foi gradual e uma das suas vitórias mais importantes foi a conversão da princesa Olga,regente do Estado de Kiev, que foi batizada em 957 e posteriormente recebida em Constantinopla. A suaconversão influenciou igualmente a escolha religiosa do seu neto Vladimir, que optou pelo cristianismobizantino tornando-o a religião oficial do Estado (989).
O reforço desta aceitação, motivada em grande medida pelos benefícios culturais e políticos que daí adviriam, foi feito com o casamento de Vladimir com a irmã do imperador bizantino Basílio II. Como se pode constatar, Bizâncio teve sempre um peso muito importante relativamente à questão religiosa na Rússia, cujos príncipes, após o contacto com Constantinopla, manifestavam a sua reverência à superioridade espiritual e religiosa do cristianismo bizantino por oposição ao paganismo em que a Rússia tinha vivido. Foi assim que Yaroslav, filho de Vladimir, tornou possíveis a construção da catedral de Santa Sofia à semelhança da de Constantinopla, no segundo quartel do século XI, e também a fundação de um mosteiro, adotando, no essencial, o modelo de monaquismo bizantino.
Inclusivamente, os mosaicos colocados na catedral refletem um trabalho produzido por mestres gregos, verdadeiros representantes dapureza da arte bizantina. Demonstra-se que não foi só a adoção de uma religião que esteve em causa,mas também toda a base cultural legada pelos bizantinos patente, por exemplo, nos livros que foramtraduções dos textos litúrgicos e das escrituras.No entanto, é importante salientar que a cristianização não foi homogênea em todo o território, tendo permanecido pagãs áreas extensas que se encontravam afastadas dos centros urbanos e onde a influênciada Igreja era ainda muito ténue.
A partir de 1039, Kiev passaria a ser metropolita com poder de consagrar os seus bispos que, no entanto,continuavam dependentes do patriarca de Bizâncio, mantendo assim um fortíssimo domínio administrativorelativamente a este novo estabelecimento religioso.
Cristianização dos Eslavos.
A perda do Médio Oriente para os Árabes e o gradual afastamento entre Oriente e Ocidente podem ter sido a causa para o patriarcado de Constantinopla se ter tornado o centro da Igreja grega, limitada étnica e culturalmente. No entanto, imediatamente após o fim do iconoclasmo, a Igreja de Bizâncio iniciou a sua expansão missionária, que levou a cristianização até à Europa oriental.
Em 860-861 dois irmãos de Tessalonica, Constantino (Cirilo) e Metódio, difundiram com êxito o cristianismo na Crimeia. Em 863 foram enviados para os Eslavos da Europa Central porque Ratislav, príncipe dos Moravos, tinha solicitado missionários de Bizâncio. A missão morava dos irmãos iniciou-se com uma tradução literal das sagradas Escrituras e da liturgia para língua eslava. Neste processo, os irmãos criaram um novo alfabeto e vocabulário adequados para uso cristão.
Os missionários bizantinos foram, eventualmente, forçados a deixar a Morávia pelos alemães. Viajando para Roma, receberam o apoio formal dos papas Adriano II (867-872) e João VIII (872-882). Após a morte de Cirilo (Constantino) em Roma, o Papa João consagrou Metódio como bispo de Sirmium e encarregou-o de cristianizar os Eslavos. Porém, a autoridade do papa foi insuficiente para assegurar o sucesso da missão; Metódio tentou controlar a situação criando bispados alemães, para que a Morávia se juntasse à cristandade latina. Eventualmente, a totalidade da Igreja ocidental adotou o princípio de aceitar somente a liturgia latina, em grande contraste com o desenvolvimento do missionarismo bizantino, baseado nas traduções e no uso da língua de origem. Os discípulos moravos de Cirilo e Metódio encontraram um refúgio na Bulgária, onde a cristandade eslava prosperava de acordo com o modelo bizantino.
A conversão da Bulgária foi praticamente contemporânea da missão morava. Tal como na Morávia e outras partes da Europa, a liderança política do país era fundamental na conversão, que tinha sido preparada pelos missionários e diplomatas de Bizâncio.
Também contemporânea foi a missão bizantina dos russos. Em 866 o patriarca Fócio, numa encíclica aos patriarcas ocidentais, anunciou que os russos tinham sido convertidos e aceite o bispo de Constantinopla. A conversão inicial circunscrevia-se somente às cidades bizantinas na Crimeia. Mais significativa foi a conversão de Olga, a poderosa princesa de Kiev (957), que assumiu o nome cristão de Helena em honra da imperatriz , e a 'conversão da Rússia', que ocorreu em 988-989 sob o príncipe Vladimir. Com Vladimir, a ortodoxia bizantina tornou-se a religião oficial do Estado russo.
Documentos bizantinos do mesmo período indicam atividades missionárias no Cáucaso, especialmente entre os Alani, sob a iniciativa do patriarca Nicolau Mistikos (901-907, 912-925). Deste modo, no início do segundo milénio, a Igreja Bizantina exercia o seu ministério num território que se estendia do Norte da Rússia ao Médio Oriente árabe, e do Adriático ao Cáucaso.
Por Helvecio S. Pereira
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