SÁBADO, 6 DE JUNHO DE 2009
A FORMIGA ANÔNIMA por Helvecio S. Pereira
Um dia desses ao deixar o trabalho, após pegar uma carona com uma amiga, parei em um ponto de ônibus para pegar um que passasse por ali e seguir o meu caminho. Era um dia com bastante sol, na verdade quase meio dia e me pus distraidamente a olhar para a direção do tráfego para ver qual ônibus me servia. Num momento qualquer olhei para o asfalto próximo ao meio fio e eis que vejo uma daquelas formigas grandes, daquelas marronzinhas, creio que só andam solitárias e ela se pós a atravessar corajosamente aquela via movimentada. As formigas ao que eu sei, são animais determinados ,corajosos, tem a fama de trabalhadoras, incansáveis, e devem sê-lo mesmo. Imediatamente temi pela segurança daquele bichinho. Atravessar aquela avenida movimentada, quase uma rodovia, seria uma temeridade para gente grande, quanto mais para ela, grande entre formigas, mas minúscula perante um mundo do qual nem fazia idéia, atravessando aquela avenida do mundo dos homens impetuosamente, desconhecendo os veículos que por ali passavam apressados e nervosos com qualquer coisa que se colocasse a frente de seu caminho. Passou um veiculo, um segundo, mas o terceiro, um ônibus, a roda da frente passou por ela e ela ainda caminhado determinada, mas as rodas duplas de um dos lados do ônibus a atingiu em cheio e debaixo do sol de meio dia, no asfalto negro, uma pequena manchamarrom escura, destoando para um olhar atento ficou ali marcada e os meus olhos atentos como únicas testemunhas. Aquela formiga anônima ( todas as formigas são individualmente anônimas, e nós mesmos, nos dando nomes, parecemos anônimos em uma multidão de bilhões, que de fato somos ) me deixou uma importante lição valeu a pena. Sempre vale a pena andar em alguma direção mesmo que desconheçamos coisas que são maiores e mais poderosas que nós. Aquela formiga não tinha ninguém por ela, ninguém que se importasse. Nós valemos mais do que ela, certamente, e temos ( muitos de nós cremos assim, outros ignoram essa verdade revelada pelo próprio Senhor Jesus, embora sua concretização seja, digamos, de fato condicional ) alguém maior que se importa conosco, certamente.
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