Interpelado por um leitor, ao qual considero a sua interpelação até certo ponto legítima, já que por enquanto seu coração tem mais dúvidas e perguntas do que respostas, pois ainda não teve o encontro pessoal com o próprio Senhor, e nem por Ele foi ainda tocado... ouvi a sua reclamação de que as respostas dadas a algumas de suas indagações foram evasivas, por parte de cristãos católicos e crentes evangélicos ( embora eu pense sinceramente que nenhum de nós tem exatamente a obrigação e principalmente a autoridade, para dar a última palavra a questões oriundas na nossa curiosidade e pior, dúvida natural. Ao que se deva saber as Escrituras tem a resposta, cada um a ache por sua própria conta ou não. Quanto ao crente a sua autoridade é para ser testemunha do Evangelho e portanto de Jesus Cristo. Alguns errôneamente extrapolam a essa que é a mais nobre das atribuições divinas confiadas ao homem que a Ele conhece.
Entretanto duas coisas tem sido novidade para mim graças a tecnologia da informática e principalmente da web:
A primeira: a maldade dos autodenominados cristãos e até mais especificamente crentes evangé licos, uma maldade que supera muitas vezes e de longe, com a justiça, a exercida por incrédulos. O grau de ofensa, desprezo, ataques e alegria em denegrir o outro, em se autoproclamar acima do outro, seja do crente, do irmão de fé, é de corar o mais sensível a este tipo de coisas;
A segunda: a busca por respostas que não sejam exatamente as respostas às questões primordiais, sejam da vida como um todo, concernetes à vida cristã, e acerca do próprio Deus.
Não defendo a ignorância, pois nas Escrituras vejo, percebo, um Deus que deseja que entendamos os Seus elevados propósitos, e que atinjamos o seu alto padrão, daí o uso da razão, da capacidade de compreensão e de reconhecimento das coisas como elas realmente são. Não sou contra a verdadeira e boa ciência, que a cada dia descobre "segredos" lá a espera, de que no devido tempo, os compreendamos, e façamos bom uso dessa compreensão. Não a coloco no lugar de Deus como a guardiã da verdade absoluta, capaz de descobrir o que lhe é, de certa forma velado, por estar fora de seu natural alcance.
Não sou contudo a favor da religião, que em nome de seus esquemas particulares, fecha a porta a toda e qualquer nova possibilidade, temendo inconscientemente perder a sua suposta "autoridade" e última palavra sobre tudo. Mas há um limite, que é o de justamente perceber que Deus não se insere por Sua própria elementariedade, nem como objeto da ciência e nem como objeto da especulação religiosa.
Se contudo, se estabelece um rompimento desse limite, Deus deixa de ser "Deus", ainda que sob pretensa justificativa e se transforma em um "deus" dependente de nossos cuidados, tais quais são os ídolos de pedra, de barro, de madeira, ou de metais preciosos. Deus é Deus, é o que Ele é, e pronto!
Não sou contudo a favor da religião, que em nome de seus esquemas particulares, fecha a porta a toda e qualquer nova possibilidade, temendo inconscientemente perder a sua suposta "autoridade" e última palavra sobre tudo. Mas há um limite, que é o de justamente perceber que Deus não se insere por Sua própria elementariedade, nem como objeto da ciência e nem como objeto da especulação religiosa.
Se contudo, se estabelece um rompimento desse limite, Deus deixa de ser "Deus", ainda que sob pretensa justificativa e se transforma em um "deus" dependente de nossos cuidados, tais quais são os ídolos de pedra, de barro, de madeira, ou de metais preciosos. Deus é Deus, é o que Ele é, e pronto!
Fala-se, dessa forma sobre Ele não como uma testemunha de Seus maravilhosos feitos, mas com o olhar de um cientista da religião, de um doutor em divindade (?! ), de um teólogo, que sem nenhum pudor ou resquício de humildade legítima, produz discursos e textos elaborados acerca dEle. Temos perguntas, temos curiosidades legítimas? Se temos comunhão com Ele e verdadeiramente a nós, destina-se a promessa que Ele mesmo, através do Seu Espírito, nos GUIARIA EM TODAS AS COISAS, como estamos confusos, e hierarquizamos tão porcamente o que é importante e o que não é importante, o que é essencial e o que é aleatório?
Será que nem de longe imaginam que não é só o pecado que nos faz diferentes dEle? Aliás o pecado nos fez igual a Ele ( Deus ) conhecedores do bem e do mal e diferentemente dEle incapazes de lidar com essas duas possibilidades. Sem o pecado ainda seríamos menores do que Ele, simples homens, não sabemos porque, maiores do que os anjos, mais valiosos que pardais, cujas cada alma em si, vale mais do que o mundo inteiro. Como tratá-Lo sem temor? Como falar dEle sem temer ser ( e de fato somos ) ouvidos? Como esperar agirmos sem sermos observados? Como ter qualquer ação sem temer sermos julgados? O ladrão da cruz ( um deles ) disse, Como não temes a Deus?
O temor a Deus, o verdadeiro princípio da sabedoria segundo a Bíblia, só pode ser exercido e cultivado pessoalmente, individualmente. Não é possível temer junto com a igreja, temer junto com o pastor, temer junto com o irmão da fé. Se teme a Deus no coração ou não. Trata-se de um limite interno, secreto, pessoal entre você e o Seu Deus. As vezes mão teremos respostas nem as nossas curiosidades e nem as nossas necessidades, como expresso por Jó quando disse: "Não recebi de Deus o bem, por que não receberia dEle o mal?" Jó não tinha resposta, nenhuma que satisfizesse a razão de sua sua situação, reservou a Deus a total e plena soberania pelo simples e único fato de ser Deus. O falta do temor afasta Deus e abre brecha para o pecado. Toda vez que peco ( e peco sem até perceber ), o faço por deixar Deus fora da minha ação, ainda que por segundos ou minutos, inconscientemente imagino que Ele não está observando o que faço, penso ou digo.
Tem dúvidas e perguntas? fale com Ele na sua comunhão com Ele. Ele poderá na Sua soberania não dizer nada, e nesse caso satisfaça-se com o Seu segredo com relação a você. Talvez Ele lhe ilumine e lhe dê a resposta, mas essa é uma situação para os humildes que como Maria guardam tudo nos seus corações. Talvez lhe diga não, como a Paulo,por três vezes sobre um tal "espinho na carne". E daí Ele é Deus. Esqueceu-se alguma vez disso? Então lembre-se e arrependa-se já. Nosso Deus nos abençoe.
Por Helvécio S. Pereira
SOBRE A CURIOSIDADE
* A curiosidade é a capacidade natural e inata da inquiribilidade, evidente pela observação de muitas espécies animais, e no aspecto dos seres vivos que engendra a exploração, a investigação e o aprendizado. A curiosidade faz parte do instinto humano, pois faz com que um ser explore o universo ao seu redor compilando novas informações às que já possui. Também se designa desse modo qualquer informação pitoresca.A curiosidade é mais uma característica do instinto animal.
Curiosidade humana
A curiosidade humana é o desejo do ser humano de ver ou conhecer algo até então desconhecido. A curiosidade, porém, quando ultrapassa um limite pré-estabelecido pela ética social, como por exemplo a invasão de espaço alheio, pode ser reprimida. Alguns termos populares podem designar alguém demasiadamente curioso: xereta, bicão, intruso, intrujão, olho de tandera, etc.