Muitos ultimamente têm se levantado contra a chamada "teologia da prosperidade" o motivo não é primariamente a teologia em si, mas o ciúme primitivo e infantil insuflado pela simples razão que o outro está a fazer algo que supera claramente o que eu faço. A questão nem é se é essa teologia verdade ou não, fato é que tem mudado o rumo social e espiritual de milhões de pessoas em oposição à práticas e pregações de igrejas que têm mantido por gerações a fio, pobres pobres e mais favorecidos, mais favorecidos. A Bíblia traz registos de pé rapados, de pessoas sem nenhuma perspectiva social em sua própria época e cultura que tiveram seus destinos mudados, mas essa polêmica secundária e nem que está certo ou errado nessa falta do que fazer é o objetivo dessa postagem. O foco para todos, que é proposto aqui, nessa breve reflexão é outra, como se verá até ao seu final.
Diferenças litúrgicas, exageros e bravatas no discurso e nas pregações sempre houve, sempre existiram, prosperidade sempre houve e há entre os que pela bajulação e oportunismo conseguem melhores posições em igrejas que confessam teologias pressupostamente mais espirituais!
A pergunta é: é legítimo um crente supostamente desejoso de espiritualidade viva e sobreviva justamente enquanto incrédulos, ateus, ou cristãos pouco ou nada "espirituais" façam todo o trabalho, se arrisquem, paguem o preço do conhecimento e do desafio enquanto esse crente e cristão simplesmente se omite, por preguiça ou por pressupostos ideais mais elevados?
Certo pastor oportunista ( e não sou eu que estou dizendo, há testemunhos ) escreveu artigos contra a teologia da prosperidade, mostrou na Bíblia o que segundo ele provam que essa tal teologia seria "diabólica", entretanto a sua vida de um misto de empresário mal sucedido e pastor espiritual o deixaram cheio de dívidas e visto como caloteiro ao pronto de ter de fugir da cidade que tinha atividades, da cidade, dos negócios e da igreja! Vindo para uma igreja de renome, consegui espaço, emprego em um programa de Tv tipo talk show muito bom e bem apresentado, sua dívida foi paga pela igreja que o recebera em vindo as eleições para debutado se lançou candidato e pela simples recomendação da igreja sem maior investigação, foi finalmente eleito.
Eleito o tal, houve um episódio na câmara pela manutenção de certas mordomias parlamentares, como auxílio moradia de módicos cinco mil reais. O voto dele foi... a favor! questionado nas redes sociais pelos irmão eleitores-admiradores, bloqueou quem podia e se calou raivoso! branco, com boa visibilidade social, fala agradável e emprego garantido aproveitou todas as as oportunidades. Sua esposa consegui a um salário de dez mil reais, enquanto ele ocupado com a política se afastara do que fazia na igreja, realiza um chá para mulheres uma vez por semana com umas gatas pingadas para não dizer que está recebendo dinheiro da igreja à toa! Esse tipo de religioso que vive a custa de denominações históricas e que nunca se envolve em polêmica espiritual e social acha ruim a dinheirama que outra igreja por outra estratégia pede todos os dias e faz mais projetos e interferência social que ele faz no seu falatório que nem deve ser tanto assim no espaço político, que cá entre nós no máximo garante alguns privilégios e soluções urbanas para a denominação que o acolhera na base de uma mão-lava-outra!
Claro que é legítimo cada um, cada ser humano, descobrir e conseguir seu espaço e fazer dele o melhor que puder, para si e para os outros e se essa máxima for válida para alguns deverá ser para todos, dentro de sua época, cultura e oportunidades, "dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"!
As personagens citadas na chamada dessa postagem, se analisadas cada uma de suas biografias bíblicas, são a prova de que novas tendências litúrgicas e na maioria de agrado de jovens crentes em igrejas renovadas ( versões politicamente corretas de pentecostais, vista como "bregas" ) gastam muito tempo em sua reuniões com cânticos e canções inspiradas em movimentos assemelhados à Igreja Betel dos EUA, em dos berço do movimento neo-calvinista, do inspirador "Jesus Culture Band" ( reformados, de confissão calvinistas e pentecostais! ) em uma cantoria que no Brasil chega a ser cansativa e a olhos vistos forçada, como um nova fórmula a ser imposta ao auditório como única boa para um bom culto "espiritual".
A questão não é apontar erros em um grupo ou outro, tecer críticas a esse ou a outro comportamento, a uma ou outra singularidade teológica, mas fazer uma reflexão se, de fato, conseguimos andar com as duas pernas equilibradamente tal qual homens e mulheres de Deus, segundo a Bíblia lidaram em tempo integral com essas questões e foram aprovados!
O problema ou o dilema parece ser o mesmo de sempre: espiritual e descompromissado com as coisas mundanas, muitas delas tão essenciais para a manutenção da nossa complexa sobrevivência social ou "carnal", "mundano" e "pragmático" e sem espiritualidade!
Como disse parágrafo acima a lista de personagens bíblicas no título dessa chamada se analisadas seriamente conseguiram o equilíbrio em lidar, no seu tempo, na sua cultura com as duas coisas!
A seguir um vídeo, científico e ativista, tratando de uma realidade invisível a quem se julga ou se omite da realidade a título de ser "espiritual", como se as duas coisas não fossem possíveis, alcançáveis e necessárias!
Assista-o e leia em sua Bíblia, ou reveja, cada uma das histórias reais e desafios de Noé, José do Egito, Moisés, Davi, Salomão, Daniel, Neemias e outros os quais não citei.
Que essa reflexão nos abençoe com iluminação e equilíbrio.
Amém!
Por Helvécio S. Pereira*
*graduando em Teologia
Ao assistir ative a legenda em PT-BR ou outra, clicando em CC ou baixe separadamente através do programa Google2SRT a legenda na língua que desejar e salve em seu computador.
-