"Oceans"

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O SIGNIFICADO DE GÊNESIS 1:1 e O QUE SABEM ATEUS E CRENTES


Em uma excelente texto do irmão Jorge F. Isah do blog Kálamos, uma discussão foi levantada que consiste na possibilidade ou não de uma pessoa que não professa fé na Bíblia, no que ela nos diz, na existência de Deus e por último na veracidade e urgência do cristianismo, ser efetivamente convencida de que o que um crente prega baseado na Bíblia seja a verdade última e absoluta. Por razões diferentes, eu e ele e mais um monte de seus leitores fiéis, discordamos e concordamos em detalhes. Embora isso não venha ao caso  no momento, tem a ver com o que refletirei com os leitores crentes ( e também não crentes mas apreciadores do bom raciocínio ).

Normalmente em um debate mais ou menos acalorado ( as vezes muito apaixonado ) entre crentes, cristãos e teístas e ateus, os dois grupos se limitam em apontar erros e descuidadas informações do lado dos seus adversários lógicos. No fundo isso é uma bobagem, pois em ambos os lados agimos todos como papagaios repetindo informações ouvidas, lidas, a partir de fontes que nem de longe são as primárias a respeito de qualquer assunto ( infelizmente...).

Entretanto, mesmo que privilegiadamente o fossem, o que seria um lance de pura  sorte, para não dizer uma das mais rara e privilegiada possibilidade, essas "fontes primárias de informação", nenhuma delas deteria por si mesmas a prerrogativa absoluta de serem "a verdade". Sob esse aspecto estamos todos num "mato sem cachorro" ou " no mesmo barco" embora, também e de fato nos aborreça bastante na ansiedade natural que todos temos ( crentes e ateus ) de espinafrarmos nossos oponentes, e  não somos muitas vezes, de fato tão sábios para avaliarmos essa pequena e importante realidade.

Quantos biólogos, eu e você, conhecemos ( conheço muitos, sou professor, não de biologia, mas tenho bem próximo de mim todos os dias, biólogos, químicos, físicos, geógrafos - não só professores, mas especialistas desses conteúdos que por acaso e para sobreviverem dão aulas e não tendo mais  acesso à pesquisas -frustrados para dizer a verdade...) mas que já manipularam in loco, materiais, provas materiais, fizeram experimentos ligados a alguma comprovação de episódio ou verdade bíblica? Nenhum!

Da mesma forma, quantos religiosos, teólogos, reúnem a experiência e a informação das duas áreas do conhecimento? também nenhum. Os que puderam ir a Israel foram a passeio ou pelo que virou um dos mais rentáveis negócios: levar cristãos a Terra Santa... o que é de fato bom mas que não contruibui em nada para maior informação e defesa da fé, sendo na verdade apenas turismo. Logo a  discussão portanto fica reduzida à beleza da cor roxa entre um artista e um cego de nascença, portanto sem solução!

Então para que serve a minha reflexão, qual o objetivo dela e qual a sua contribuição efetiva?

É de fato simples e já explico: da mesma maneira que crentes buscam "furos" em informações científicas ( elas existem aos borbotões, mas é muito difícil por limitações naturais de formação plural no mundo acadêmico - ser doutor em teologia e doutor em física em qualquer uma de suas áreas demandaria três décadas para cada área distinta, com destaque tanto na teologia como na física por exemplo ) cientista ateus buscam "furos" no que também por razões simples desconhecem, ou seja a Bíblia, as Escrituras judáico-cristãs.

De fato também, nem sempre a verdade é o que ambos os lados ( crentes e não crentes, cristãos e não cristãos ) buscam de fato. Os religiosos ( religiosos e não crentes nascidos de novo, infelizmente ) objetivam manter seus pressupostos e influência no mundo, no mínimo suas opiniões com forte peso ao menos cultural e social. Cientistas ateus e outros anti-status quo, buscam demolí-los ( aos cristãos). Geralmente coisas menores ligadas ( nem sempre, mas de fato é essa a realidade e uma leitura do novo comportamento e tendência social moderna ) como cultura e novo comportamento sexual, homossexualismo, aborto,  pesquisa com células tronco, pena de morte, disciminalização de drogas, etc.

A presumível subordinação a uma vontade divina que deve ser destruída como toda a sua decorrente influência na civilização humana, são vistas como algo a serem depreciadas, descrendenciadas e finalmente abolidas. Então qual o meio mais eficiente de se chegar a esses objetivos? A resposta mais imediata e planejada é a de desmoralizar via erros ( sejam quais forem ) os defensores da divindade. De fato "Deus não Morreu" como profecia atéica e sujerido por título de livro, mas busca-se matá-lo ( a Deus ) conceitual e  ideologicamente por vários meios, incluindo legais, institucionais, culturais, todos os dias. 

Ateus buscam descredenciar a Bíblia, mais do que a religião, pois se Deus existir, terão que logicamente sujeitar-se à vontade detestável ( para eles ) de um Deus real, pessoal e com opinião, sobre sexo, alma, eternidade, pecado, etc. Religiosos defendem certas verdades colocadas como prioritárias, pois se essas forem provadas não serem verdades e não terem a mínima importância, a sua igreja perde não só a razão da existência e toda a restante influência cultural. 

A Bíblia ( não demanda repetir no momento toda da informação que explica a sua materialidade cultural, algo indiscutível até mesmo para ateus confessos e famosos, com relativo bom senso ( alguns ateus famosos reconhecem a inigualável singularidade do fenômeno da Bíblia como literatura e produção cultural peculiar e portanto sem rival  a altura na história humana) não procuram satisfazer uma exigida acomodação com as descobertas históricas e científicas da humanidade, nem com as suas proposições mais avançadas filosóficamente.

Há de se acrescentar também que a Bíblia sempre é o livro da vez pelo, digamos "perigo", pelo já exposto por mim, as concepções de um universo "sem Deus", de um mundo e de uma civilização humana autônoma,  e portanto não sujeita a nenhuma divindade, dona de sua própria história e destino. O Alcorão, com aparentes declarações estapafúrdias, por razões óbvias, não sofre nenhum ataque público dos cientistas ateus e do mundo acadêmico de plantão. Há de se lembrar que os muçulmanos crêem de certa forma no mesmo Deus abraâmico tanto quanto judeus e cristãos. A divergência natural é sobre a descrição desse Deus, Alá que diverge e não pouco do Elhohim bíblico.

Assim posto, algumas declarações da comunidade científica não têm razão de ser e nem a defesa errônea por parte de cristãos. Constroem um cenário patético que desvia o foco do que deveria ser de fato para os dois lados (crentes e não-crentes ) a verdadeira e real investigação em busca da verdade.

A ciência (entendendo-se como a comunidade científica e ateus engajados)  diz que  a Bíblia afirma que  a terra tem apenas 6.000 anos...a Bíblia não diz isso em nenhuma de suas declarações e registros, embora reiteradamente esse "erro" lhe seja atribuída e assim descredenciada toda a sua revelação. A ciência afirma que a terra tem a idade de 4,6 bilhões de anos. A Biblia não nega e nem reforça essa declaração científica que é impossibilitada de ser exata.

Um bilhão ainda, a mais ou a menos, seria igualmente um erro e tanto, mesmo meio bilhão, talvez um milhão, esses zeros sempre com pretensão de serem exatos são, para dizer a verdade, um belo "chute". Seria como bater um pênalti em um estádio de futebol e acertar uma cesta de basquete ou um buraco em uma partida de golfe do outro lado do planeta. Portanto a Bíblia não pode ser acusada desse erro embora crentes de fato façam essa afirmação de que a terra teria apenas 6000 anos, pois a Bíblia não diz isso em lugar algum de seus textos.

Todas as traduções da Bíblia rezam "dia" para cada um dos períodos atribuídos a cada etapa da criação em Gênesis, acrescidos dos termos "manhã" e "tarde" baseados em dois conceitos simplórios e que já deveriam ser abandonados a partir do conhecimento ( que embora surpreendente  não é lá o máximo ) que temos hoje em pleno início do século XXI:

- o do tempo absoluto

- e da experiência humana ( do que vivenciamos e vemos no presente )

A Bíblia já afirmava que "um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia", antes mesmos das poucas e mais iluminadas cabeças pensassem ainda que remotamente nessa possibilidade ( a da relatividade do tempo e do espaço ).

A Bíblia já afirmara  que ( ou relata não poucas vezes ) que fatos providos por Deus ( O Deus bíblico para o qual todas as coisas são possíveis ) contradizem  os nossos sentidos e percepção. A ferramenta de ferro que boiou no episódio de Elias, a ressureição de Lázaro, Jesus andando sobre as águas, Jesus atravessando paredes e comendo peixe com os discípulos, etc. Vistos como relatos "mágicos" por pessoas que atacam gratuitamente as Escrituras ( a Bíblia ) atribuindo-lhe caráter mítico como as demais produções literário-religiosas em todas as demais culturas, a nós sugerem apenas como declarações que afirmam o relativismo de nossos sentidos. Aliás, a bem da verdade, cientistas desafiam pessoas comuns e aos religiosos a sempre verem mais do que os sentidos nos informam diariamente. deveriam ler e ver as declarações bíblicas com outros olhos.

De forma interessante ( li recentemente um artigo científico sobre isso ) a Bíblia declara que o universo ( os céus e a terra ) foram criados instantaneamente  e não paulatinamente. Portanto Gênesis 1:1 e a posição científica atual são concordes nesse assunto embora não admitam publicamente. A grande explosão inicial ( Big Bang ou bigue-bangue como deve ser escrito em bom português segundo as mais novas regras de ortografia ) onde a matéria original era muito densa e quente  ( embora haja controvércias até mesmo dentro da comunidade científica se houve ou não o bigue-bangue ), de fato apenas uma gota minúscula de energia concentrada ao máximo, quando não existia ainda absolutamente nada.

O que se tem de concorde na comunidade científica é o fato de que ocorreu uma expansão muito rápida ( em termos de tempo adotado e reconhecidos universalmente hoje ) do recém surgido espaço. Fugindo de si mesma a gota minúscula foi se ampliando até tornar-se uma forma plana, sem curvatura, algo que aparentemente acontecerá, por nossa natural apreensão, para sempre, infinitamente (embora o infinito seja para nós apenas uma projeção, uma idéia e não uma apreensão factual ).

Curioso é que um padre belga, George Lamaitre ( somente em 1920 fez essas elocrubações bastante importantes ) começou a pensar que o universo teria se originado de um evento natural grandioso e traumático. Até essa data , essa ciência que hoje se levanta tão presunçosa contra a Bíblia, era completamente ignorante sobre o assunto. O próprio nome "big-bang" foi um nome zombeteiro dado por um dos críticos em uma brincadeira ao esquema descritivo do nascimento do universo que achava aquela nova teoria uma enorme bobagem. O Bigue-Bangue em bom português tem portanto apenas "90 aninhos de idade"  e é ensinado em todos os lugares, do primário ao pós-pós doutorado rindo-se de Gênesis 1:1, que sugere o mesmo a muito mais tempo.

Para crentes e ateus, como já disse ambos não detém todo conhecimento desejável para uma conversa justa, um debate em que se busque acima de tudo a verdade, uma informação ( científica por que não?) ao meu ver importante:

1-ERA PLANK

Uma impressionante gota de energia ( a energia é a fonte de toda a matéria e não o contrário ) começa a se expandir ( como um bolha ) embora do ponto de vista materialista não se saiba o que ocorreu e a qual a força responsável por isso.

TEMPO: 10 menos 43 segundo

0,0000000000000000000000000000000000000000001s ou seja, num instante inimaginável, quase de repente, se fosse possível imaginar assim com essa simplicidade. 

2-ERA INFLACIONÁRIA

O universo cresce mais de um trilhão de vezes em uma mínima fração de segundo


TEMPO: 10 menos 35 segundo

3-ERA DOS QUARKS

Quarks e anti-quarks dão origem por sua aniquilação aos fótons formadores da luz, criada antes das estrêlas conforme descrito na Bíblia.

TEMPO: 10 menos 32 segundo

O tamanho  do universo nesse momento?  apenas  10 elevado a  menos 26 metros ( de diâmetro )

Temperatura do "universo"? 1000 trilhões de trilhões de graus centígrados!
4- PRIMEIROS HÁDRONS

Após resfriamento, quarks e antiquarks dão origem a bórions ( prótons e nêutros  ) atibórions e mésons.

TEMPO: 10 menos 6 segundo

Tamanho do universo agora? Um pouco maior que o centro de uma rotatória: aproximadamente 10m apenas de diâmetro ( lembre-se que o universo não é esférico mas um círculo plano...

5- OPACIDADE

Os átomos ainda não se formaram devido a alta temperatura ( 10 trilhões de graus centígrados ). Provável tamanho do universo: de 10 milhões  a 1000 bilhões de quilômetros. O Universo é "apenas" um denso plasma.

TEMPO: 200 segundos (pouco mais de três minutos de idade tem o universo nessa altura, céus e terra de fato ainda não existem como os concebemos e vemos ).
Temperatura? Agora é de ainda inimagináveis 10 trilhões de graus centígrados!

O avanço de diâmetro do "universo"...de apenas singelos 10 metros chega agora a impressionante cifra de mil bilhões de quilômetros!



6- ERA DA MATÉRIA

Nascem, surgem  o átomos, a maioria de Hidrogênio. Matéria e radiação se separam e o universo começa a se tornar transparente.  a temperatura é mais baixa cerca de 100 milhões de graus centígrados. O diâmetro do universo é de aproximadamente de 9,46 trilhões de quilômetros.

TEMPO: 300 mil anos.

Temperatura?  100 milhões de graus centígrados (esfriou bastante mas ainda está bem quente, longe e muito da atual temperatura de nosso sol de 5ª magnitude ( e não grandeza como se diz nas aulas de ciências e geografia )

Tamanho do universo... já impressionantes 9,46 trilhões de quilômetros!

7- NUVENS GIGANTES

O Hidrogênio e o Hélio, segundo elemento farto no universo se agregam o motivo? a gravidade... formando extensas nuvens no universo. Estrelas nascem e morrem formando o material necessário para a existência de planetas.

A temperatura é agora de "apenas"  2.700º centígrados! 

Já o diâmetro do universo era de cerca de 100 milhões de ano-luz. 


8- O UNIVERSO ESTÁ PRONTO! CURIOSAMENTE EM SETE ETAPAS...JÁ QUE NESSA OITAVA ETAPA, JÁ O VERÍAMOS PRONTO E EM TOTAL ATIVIDADE.

A aparência dos céus é como o vemos hoje. a temperatura é negativa, média de -200º C.

O tamanho desse céu é de aproximadamente 92 bilhões de anos-luz e essa expansão é mais rápida nas extremidades.

Curiosamente são sete períodos da criação dos céus ( pela ótica científica ) e esse seria a parte a de Gênesis 1:1. O que se segue a partir de Gênesis 1:2 seria a descrição das várias etapas da formação da terra que curiosamente a ciência concorda com a Bíblia: não há nenhuma dúvida que o homem foi a última novidade no planeta ( o último a surgir na terra ).

Uma última observação: se por um lado nem religiosos, crentes, lembram-se ou fazem alguma referência a essas informações, por outro lado ateus de plantão nem sempre conhecem ou ate concordam acerca desses dados. Também pela ciência a primeira e segunda lei da termodinâmica nos dão indícios de que a causa dessa grandeza absurda não pode ser menor ( nem a menos igual ) ao que ela originou.

Segundo a Bíblia ( e eu creio no que ela nos diz e como suas informações de fato se harmonizam com descobertas e constatações substanciais da atualidade ) esse agente causal é Deus. Segundo os ateus é nada, pois nem ao menos de modo lógico estabelecem uma interrogação substancialmente lógica. Claro não é o Deus de alguma religião, ainda que cristã, mas bíblico estritamente escriturístico.

A esse Deus maior ( e bem maior ) que todo o universo e tudo o mais que existir de alguma forma em quantos lugares existirem coisas criadas, é injustamente exigido por parte do homem que é nada diante de todos esses números e grandezas inimagináveis, que esse Deus "mostre a cara", que dê alguma satisfação ao homem, seja quem e o que seja, algo irrazoável se fosse uma relação de um humano anônimo e outro humano com poderes terrenos, quanto mais na comparação desse simples homem e um Deus criador. Ao ateu, inimigo de Deus, converia pelo menos a mais sincera humildade, diante somente, dos dados e informações, advindas da própria ciência atual. contrariamente ao que se parece supor, essas informações não afastam o homem da idéia da existência de Deus, antes muito pelo contrário.

O leitor ocasional desse blog, não teria ficado, ainda que por momentos, maravilhado além de suas forças, em tentar imaginar todos os eventos que possibilitaram a existência desse universo tão grande como é de fato, vindo depois o surgimento de algo, do ponto de vista físico-químico, científico, uma verdadeira impossibilidade, algo absolutamente ilógico como a vida? Diante da  existência de uma moral, como terceiro elemento, após a matéria, e após a vida, de fato outro milagre de implicações importantes e muitas vezes ignorado e desprezado? É desse Deus que as Escrituras falam tornando a mais exaltada sabedoria em estupidez classa e absoluta... 

Quem é esse Deus? a resposta dada a Moisés após uma exigência legítima do mesmo ( Moisés ) foi EU SOU O QUE SOU".  Ainda a Bíblia nos informa que esses céus serão enrolados como tecido e desaparecerão. Que finalmente, novos céus e uma nova terra serão objetivamente criados, como começo de uma nova história e as coisas velhas serão já  coisas passadas, não haverá mais lágrima, nem morte e nem dor.


Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores. Salmo 9:1-2

Ele ( DEUS )  é o que é. Você submeterá a si mesmo a grandeza absoluta de Deus ou se colocará afrontadamente como seu inimigo?

Por Helvécio S. Pereira

quarta-feira, 27 de julho de 2011

UM UNIVERSO AUTO EXISTENTE, DE ONDE VEM ESSA IDÉIA? É DE FATO "TÃO NOVA ASSIM"?

Richard Dawkins cientista ateu confesso e evolucionista
Pode de fato parecer uma reiterada revisitação a assunto que é fonte de debate sem avanços de ambos os lados ( não que necessáriamente haja possibilidade de prova inrrefutavelmente atéica ou massacre cabal dos mesmos, o que só acontecerá irreversivelmente, segundo pressupostos deistas, com a revelação final do Criador em inanulável Juízo Final ). Ou seja quando finalmente Deus em pessoa se manifestar visivelmente diante de todos os seres humanos, toda essa discussão estará tardiamente superada.

De fato os crentes não perdem nada em afirmar constantemente o que afirmam mas não é razoável os ateus pagarem para ver. Vai ver que no final haja de fato um céu para os crentes e um ifnerno para os demais, ao qual adentra cada ser humano, um a um, solitaria e irreversivelmente? 

De fato uma provocação bastante válida e que cada ateu deveria seriamente e razoavelmente ( um elemento que enfatizam sempre em oposição ao pressuposto "fanatismo religioso" ) considerar hoje e agora em suas próprias vidas.

Por Helvécio S. Pereira 


[Richard Dawkins, eminente cientista versado em etologia[1] e autor de livros, descreve a pessoa que não crê na evolução da seguinte maneira: “Pode-se afirmar com a mais absoluta certeza que se você encontrar alguém que alega não acreditar na evolução, está diante de uma pessoa ignorante, tola ou doente mental – ou mesmo perversa, mas prefiro não considerar esta última hipótese”.[2]

Segundo uma pesquisa de opinião pública realizada pela CBS, essa descrição feita por Dawkins retrata a maioria dos cidadãos americanos. A pesquisa demonstra que “os americanos não acreditam que o ser humano originou-se a partir de um processo evolutivo [...] apenas 13% dos entrevistados declaram que Deus não teve qualquer participação [i.e., na criação]”, e “cerca de dois terços dos americanos querem que o criacionismo bíblico seja ensinado nas escolas junto com a evolução”.[3]

Em seu livro que se tornou um best-seller, intitulado The Blind Watchmaker [i.e., O Relojoeiro Cego], Dawkins argumenta que o universo existe sem nenhum projeto, ao declarar: “Eu desejo convencer o leitor de que por coincidência a perspectiva darwinista não só é verdade, mas que ela também é a única teoria conhecida que, em princípio, pode explicar o mistério de nossa existência”.[4] E o pior é que Dawkins acha que está absolutamente certo.

Outros que compartilham da mesma autoconfiança de Dawkins são os editores da revista ScienceWeek. Num editorial, eles achincalharam a perspectiva criacionista classificando-a como “blasfêmia”; acusaram os criacionistas de pensadores primitivos que “crêem que a terra é uma panqueca plana de alguns milhares de anos de idade, que se apóia nas costas de quatro elefantes gigantes”. Além disso, eles advertiram os Estados Unidos para que deixem os “beatos” fora do ensino público, porque “eles subvertem o ensino da ciência nas escolas públicas”.[5]

Ken Ham, um eminente porta-voz do criacionismo bíblico, fundador e presidente da organização Answers in Genesis [i.e., Respostas em Gênesis; sigla em inglês: AiG], foi ridicularizado e censurado recentemente pela imprensa secular por causa da construção do Museu da Criação, orçada em 25 milhões de dólares, situado em Petersburg (Estado do Kentucky), nas proximidades de Cincinatti (Estado de Ohio). O site da AiG na internet revela que o museu “proclamará ao mundo que a Bíblia é a autoridade suprema em todas as questões de fé e prática, bem como em todas as áreas a que se refere”.[6]

Andrew Kantor, colunista do jornal USA Today, chamou esse museu de “estorvo nacional” que utiliza “ciência fraudulenta para convencer pessoas ingênuas a acreditarem em tolices”.[7] O grande cisma que divide aqueles que crêem na criação e aqueles que não crêem já existe há séculos. Entretanto, os evolucionistas têm se tornado cada vez mais agressivos e mais determinados do que nunca a eliminar Deus daquilo que eles consideram ser o cenário originado a partir do Big Bang [i.e., a hipótese da “Grande Explosão Cósmica”].

A partir de quando surgiu essa grande mentira? No século VI a.C. já havia gregos que rejeitavam o conceito de um plano (ou propósito) inteligente evidenciado no universo. O biógrafo Desmond King-Hele escreveu que o grego Anaxímenes acreditava que a vida “originou-se na água, [...] surgiu espontaneamente num lodo primitivo”. King-Hele ainda escreveu que outro grego acreditava que o ser humano “desenvolveu-se a partir dos peixes num processo gradual”.[8] No primeiro século d.C., o apóstolo Paulo confrontou os cidadãos atenienses, inteligentes apesar de serem pagãos, com uma simples afirmação explicativa sobre a criação, referindo-se ao “Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe” (At 17.24).

Até mesmo na Europa cristã de meados do século XVIII, naturalistas como o botânico sueco Carolus Linnaeus [conhecido em língua portuguesa como Carlos Lineu) e o francês Georges de Buffon levantaram dúvidas sobre o conceito da Criação, sem, contudo, descartar a ação de Deus.

Houve vários evolucionistas precoces, embora na sua maioria desconhecidos, entre os quais se inclui Erasmus Darwin, o avô de Charles Darwin. Erasmus escreveu acerca da concepção evolucionista em seu livro intitulado Zoonomia. O cientista e filósofo francês Pierre de Maupertuis[9], escreveu extensivamente sobre mutação e o naturalista francês Jean Baptiste Lamarck concebeu uma teoria por ele denominada de “transformismo”[10] [também conhecida por Lamarckismo.] Entretanto, o livro On the Origin of Species [traduzido em português sob o título A Origem das Espécies] da autoria de Charles Darwin, publicado em 1859, denominado “o livro que chocou o mundo”, produziu a ampla aceitação da Teoria da Evolução.

Em termos simples, o livro A Origem das Espécies propõe que, na luta pela sobrevivência do mais apto, os seres jovens de uma espécie gradativamente desenvolvem variações adaptativas através de um processo de seleção natural. Essas variações seriam transmitidas geneticamente à próxima geração, promovendo, dessa forma, a evolução da espécie. Darwin também alega que todos os organismos que apresentam relação de parentesco descendem dos mesmos ancestrais.[11]

A primeira edição do livro se esgotou no mesmo dia em que chegou às prateleiras das livrarias. Todavia, a obra não solucionou a dúvida sobre a maneira pela qual o mundo realmente veio a existir. Então entrou em cena a Teoria do Big Bang. Segundo a agência espacial do governo dos Estados Unidos, a NASA (i.e., National Aeronautics and Space Administration), o Big Bang “é a teoria científica predominante acerca da origem do universo”. 

A NASA afirma o seguinte: “O universo foi criado em algum momento compreendido entre 10 e 20 bilhões de anos atrás, a partir de uma explosão cósmica que expeliu matéria em todas as direções”. Porém, o descritivo da NASA acrescenta enfaticamente esta ressalva: “Apesar da Teoria do Big Bang ser amplamente aceita, é provável que nunca venha a ser comprovada; por isso, restarão diversas perguntas difíceis para as quais não há resposta”.[12]

Outra explanação é descrita nos seguintes termos:

Acredita-se que nosso universo tenha surgido de algo infinitamente pequeno, infinitamente quente, infinitamente denso – uma singularidade. De onde isso veio? Não se sabe. Por que isso apareceu? Não se sabe. Após seu aspecto inicial, essa singularidade aumentou (o “Big Bang”), expandiu-se, resfriou-se, partindo de uma realidade tremendamente pequena, extremamente quente, para chegar ao tamanho e temperatura de nosso universo atual. O universo até hoje continua a se expandir e esfriar; além disso, nós estamos dentro dele.[13]




Hoje em dia, a crença nas teorias da Evolução e do Big Bang permeia o sistema educacional e qualquer pessoa que tenta mudar essa situação é levada aos tribunais [nos EUA]. Em outubro de 2004, o Conselho de Educação formado por diretores de escola do distrito de Dover, no Estado da Pensilvânia, decidiu, após uma votação por 6 a 3, incluir o ensino do “projeto inteligente” [i.e., design inteligente, a concepção de que o universo exibe um propósito inteligente para o qual foi criado] junto com o ensino do darwinismo no currículo de biologia para as turmas da nona série do ensino fundamental. Tal decisão, a primeira desse tipo nos EUA, provocou um rebuliço naquele pequeno distrito escolar rural situado 32 quilômetros ao sul da cidade de Harrisburg, capital do Estado, conforme esta notícia:

Os críticos interpretam a alteração no currículo de biologia para as turmas da nona série como uma tentativa velada de obrigar os alunos de escolas públicas a aprenderem o criacionismo, uma perspectiva baseada na Bíblia que atribui a origem das espécies a Deus. As escolas normalmente ensinam a evolução, a saber, a teoria de que a Terra existe há bilhões de anos e que as formas de vida nela existentes se desenvolveram durante milhões de anos.[14]

Dos três membros do Conselho que votaram contra aquela medida, dois imediatamente renunciaram ao cargo. Eles se utilizaram da decisão tomada pela Suprema Corte dos Estados Unidos no ano de 1987, para alegar que aquele mesmo decreto de inconstitucionalidade do ensino do criacionismo no Estado da Louisiana também se aplicava ao Estado da Pensilvânia.

Enquanto isso, um tribunal federal em Atlanta, Estado da Geórgia, condenou os líderes da Comarca de Cobb por aprovarem a colocação de um adesivo na contracapa dos livros didáticos de biologia, o qual fazia a ressalva de que a evolução é uma teoria, não um fato. O juiz reconheceu que o adesivo não fazia nenhuma referência a Deus ou à religião, todavia escreveu o seguinte:

O adesivo ofereceria ocasião para o avanço do ponto de vista religioso de cristãos fundamentalistas e criacionistas, os quais tinham voz ativa no processo de escolha do livro didático a ser adotado e influenciariam tal escolha segundo sua crença de que a evolução é uma teoria, não um fato.[15]

Avanços tecnológicos recentes:

Com o gigantesco acelerador de partículas do CERN, recentemente colocado em operação, pretende-se descobrir o que ocorreu imediatamente após o suposto “Big Bang”, para entender a origem do universo.



A concepção evolucionista se enraizou com tanta profundidade no ensino público, que muitos habitantes da Geórgia chegaram a temer que seu Estado viesse a “agir como um bando de caipiras grosseiros”, permitindo qualquer coisa que insinuasse a possibilidade de tal teoria estar equivocada.

Ken Ham acredita que a mídia secular tenha interpretado maliciosamente a reeleição do presidente George W. Bush, para dar a entender que nos Estados Unidos há mais pessoas que crêem na criação do que na evolução, uma vez que a maioria votou no partido conservador. Segundo Ken Ham, os conflitos entre criação e evolução prosseguem em mais de vinte Estados do país e “muitos americanos finalmente acordaram para o fato de que os humanistas seculares se apoderaram da civilização”.[16]

Portanto, a batalha pela verdade continua. De um lado, encontram-se os evolucionistas, tais como Richard Dawkins, que riem sarcasticamente do registro de Gênesis e tratam os criacionistas como tolos que rejeitam a ciência com o intuito de empurrar o mundo de volta para a “Idade das Trevas” [i.e., a Idade Média]. Do outro lado estão os criacionistas que crêem no que Deus revelou por intermédio de Moisés e em Jesus: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).

É uma batalha entre a cegueira espiritual e a luz. Infelizmente, muitas pessoas não conseguem discernir os opostos nesse conflito, pois “...o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14).

Assim, a luta está fadada a se tornar mais ferrenha. (Steve Herzig e Lorna Simcox - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Steve Herzig é o diretor dos ministérios norte-americanos de The Friends of Israel.

Lorna Simcox é redatora-chefe de The Friends of Israel.

Notas:

1-Etologia é “um ramo do conhecimento que trata do caráter humano, inclusive sua formação e evolução”. Definição encontrada em “Ethology”, Merriam-Webster’s Collegiate Dictionary, 11ª ed.

2-Citado em “Unintelligent Debate”, da autoria de John Wilson, publicado na revista Christianity Today, 48, n° 9, edição de setembro de 2004, p. 63.

3-“Poll: Most Americans Don’t Believe Evolution”, publicada em 23 de novembro de 2004, acessível no site: www.newsmax.com/archives/articles/ 2004/11/22/222923.shtml.

4-Richard Dawkins, The Blind Watchmaker: Why the Evidence of Evolution Reveals a Universe Without Design, publicado no site: www.simony.ox.ac.uk/dawkins/ WorldOfDawkins-archive/Dawkins/Work/Books/blind. shtml.

5-“Creationism vs. Sanity”, publicado na edição de 23 de janeiro de 2005, acessível no site: http://scienceweek.com/editorials.htm.

6-“About the Answers in Genesis Creation Museum”, publicado no site: www.answersingenesis.org/museum/about.asp.

7-Andrew Kantor, “Good technology requires good science behind it”, publicado no jornal USA Today, edição de 4 de fevereiro de 2005, acessível no site: www.usatoday.com/tech/columnist/andrewkantor/2005-02-04-kantor–x.htm.

8-Desmond King-Hele, “Evolutionary Theory Before Charles Darwin”, publicado no livro People Who Made History: Charles Darwin, organizado por Don Nardo, San Diego, CA: Greenhaven Press, 2000, p. 34-35.

9-Bentley Glass, “Maupertuis: The First Modern Evolutionist”, publicado no livro People Who Made History: Charles Darwin, organizado por Don Nardo, San Diego, CA: Greenhaven Press, 2000, p. 44.

10-L. J. Jordanova, “Larmarck’s Theory of Transformism”, publicado no livro People Who Made History: Charles Darwin, organizado por Don Nardo, San Diego, CA: Greenhaven Press, 2000, p. 53.

11-“Darwin, Charles Robert”, publicado na Funk & Wagnalls New Encyclopedia.

12-“The Big Bang Theory”, publicado no site: http://liftoff.msfc.nasa.gov/academy/universe/b–bang.html.

13-“The Big Bang Theory: An Overview”, publicado no site: www.allaboutscience.org/big-bang-theory.htm.

14-Martha Raffaele, “School Board Oks Challenge to Evolution”, publicada por The Associated Press, acessível no site: www.msnbc.msn.com/id/6470259

15-Ken Ham, Answers in Genesis Newsletter, edição de março de 2005.

16-Ibid. ]

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite*, outubro de 2008.



*Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos mundiais e muito mais. Veja como a Bíblia descreveu no passado o mundo em que vivemos hoje, e o de amanhã também.
 

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COMO UMA FALSA COSMOVISÃO CRISTÃ ALIADA UMA CRENÇA EVOLUTIVA MECANICISTA PODE CONDUZIR A UM DESASTRE APARENTEMTE LÓGICO


Boa pinta como o ator da série "Arquivo X" ( "X File" ) a não ser pelo cabelo loiro natural, dias após o massacre na Noruega, como um padrão comportamental de um assassino de vítimas inocentes, convicto solitário e planejador objtetivo, tem-se agora um perfil mais claro do autor desse atentado gratuito contra a vida humana. 

"Manifesto de norueguês mostra Breivik como não religioso e não tendo nenhuma fé pessoal

WASHINGTON, EUA — Uma análise do manifesto de 1.500 páginas de Anders Behring Breivik mostra que a atitude dos meios de comunicação de apressadamente caracterizar o terrorista norueguês como “cristão” pode ser incorreta do mesmo jeito que foi incorreto chamar Timothy McVeigh, o terrorista do ataque a bomba na Cidade de Oklahoma, de cristão.

Breivik foi preso no final de semana, acusado de dois ataques brutais em Oslo, Noruega, e nas redondezas dessa cidade, inclusive uma explosão na capital que matou 7 pessoas e uma orgia de tiros num retiro político de jovens na ilha de Utoya que matou mais de 80 vítimas.

Juntando os pedaços das várias postagens de Breivik na internet, muitas reportagens dos meios de comunicação caracterizaram o terrorista — que diz que estava transtornado com as políticas multiculturalistas impulsionadas pelo Partido Trabalhista da Noruega — como “extremista de direita e cristão fundamentalista”.

Entretanto, embora McVeigh tivesse rejeitado Deus completamente, Breivik escreve em seu manifesto que ele não é religioso, tem dúvidas acerca da existência de Deus, não ora, mas afirma a supremacia da “cultura cristã” da Europa bem como sua própria cultura nórdica pagã.

Por outro lado, Breivik louva Charles Darwin, cujas teorias da evolução se opõem às afirmações da Bíblia, e afirma: “Quanto à Igreja e à ciência, é essencial que a ciência tenha uma prioridade indiscutível sobre os ensinos da Bíblia. A Europa sempre foi o berço da ciência, e deve sempre prosseguir desse jeito. Com relação ao meu relacionamento pessoal com Deus, imagino que não sou um homem excessivamente religioso. Sou em primeiro lugar um homem de lógica. Contudo, apoio uma Europa cristã monocultural”.

O terrorista de forma franca também confessa que não encontra apoio, nem nas igrejas protestantes nem católicas, para suas ideias violentas.

“Tenho a confiança de que a futura liderança de uma hegemonia conservadora cultural na Europa garantirá que a atual liderança eclesiástica seja substituída e os sistemas sejam de certo modo reformados”, escreve ele. “Temos de ter uma liderança eclesiástica que apoie uma futura cruzada com a intenção de libertar os Bálcãs, a Anatólia e criar três estados cristãos no Oriente Médio. São necessárias inciativas para facilitar a desconstrução das igrejas protestantes, cujos membros devem se converter de volta ao catolicismo. As igrejas protestantes tiveram um papel importante em outros tempos, mas suas metas originais já foram alcançadas e contribuíram para reformar a Igreja Católica também. A Europa tem de ter uma Igreja unida liderada por um papa justo e não suicida que tenha disposição de lutar pela segurança de seus súditos, principalmente com relação às atrocidades islâmicas”.

Embora Breivik tenha dito que se considera “100 por cento cristão”, ele também expressa orgulho em suas raízes genealógicas.

“Tenho orgulho de minha herança Viking”, escreve ele. “Meu nome, Breivik, é o nome de uma localidade do Norte da Noruega, e dá para datá-lo até mesmo antes da era Viking. Behring é um nome germânico de antes da era cristã, o qual é derivado de Behr, a palavra germânica que significa Urso (ou ‘aqueles que são protegidos pelo urso’)”.

E embora ele tivesse se caraterizado como “cristão” e “protestante”, Breivik disse que apoia “uma reforma do protestantismo que o leve a ser absorvido pelo catolicismo”.

De forma semelhante, as reportagens dos meios de comunicação caracterizavam McVeigh como um “cristão”, embora ele tivesse de forma categórica negado toda e qualquer convicção e crença religiosa — colocando sua fé na ciência.

Breivik acrescenta: “Fui de moderadamente agnóstico para moderadamente religioso”.

Numa seção de perguntas e respostas de seu manifesto, Breivik se pergunta: “Quais deveriam ser nossos objetivos civilizacionais? Como você imagina uma Europa perfeita?”

Sua resposta dificilmente se parece com a resposta de um “utópico cristão”: “O pensamento ‘lógico’ e racional (certo grau de darwinismo nacional) tem de ser a base fundamental de nossas sociedades. Apoio a propagação do pensamento racional coletivo, mas não necessariamente num nível pessoal”.

O manifesto de Breivik nunca menciona adoração e estudo religioso como parte da rotina dele para se preparar para sua missão de assassinatos em massa. Ao discutir seus preparativos para o ataque, ele escreve: “Tem sido um processo de longo prazo desde que decidi pela primeira vez que eu queria contribuir. Mas não é como se eu tivesse estado isolado há anos. Tenho vivido uma vida quase normal até agora. Ainda tenho um relacionamento íntimo com meus amigos e família, não tão estreito quanto costumava ser. Quanto à minha situação atual, venho trabalhando num livro agora por quase dois anos. É essencial que você se recompense e goze a vida nesse período. Você pode fazer coisas que normalmente você não faria. Você pode basicamente viver uma vida normal se escolher; você tem de ter cuidado extra. Venho praticando certos rituais e meditação para fortalecer minhas crenças e convicções. Para mim, o ritual mais comum é dar uma longa caminhada escutando minha música favorita no meu iPod”.

Breivik também aponta para o fato de que sua ligação com os valores culturais cristãos tem como base a conveniência política, não a fé ou um compromisso religioso.

“Minha escolha não tem nada a ver com o fato de que não tenho orgulho de minhas próprias tradições e herança”, explica ele. “Minha escolha foi baseada puramente no pragmatismo. Todos os europeus estão neste barco juntos. Portanto, temos de escolher uma plataforma mais moderada que possa apelar para um número maior de europeus — preferivelmente até 50 por cento (realisticamente até 35 por cento)”.

Breivik também afirma ser membro da maçonaria, que muitos cristãos consideram como uma organização religiosa esotérica.

Mais especificamente, ele se chama de juiz dos Templários e explica o que isso significa na medida do possível como crença no Cristianismo:

 “Considerando que essa é uma guerra cultural, nossa definição de ser cristão não necessariamente significa que você é obrigado a ter um relacionamento pessoal com Deus ou Jesus”, escreve ele. “Ser cristão significa muitas coisas; que você crê e quer proteger a herança cultural cristã da Europa. A herança cultural europeia, nossas normas (inclusive códigos morais e estruturas sociais), nossas tradições e nossos modernos sistemas políticos são baseados no Cristianismo — protestantismo, catolicismo, cristianismo ortodoxo e o legado do iluminismo europeu (a razão é a principal fonte e legitimidade para a autoridade). Você não é obrigado a ter um relacionamento pessoal com Deus ou Jesus a fim de lutar por nossa herança cultural cristã e os costumes europeus. De muitas formas, nossas modernas sociedades e secularismo europeu são consequência da Cristandade europeia e do iluminismo. Portanto, é essencial entender a diferença entre uma ‘teocracia fundamentalista cristã’ ( tudo o que não queremos ) e uma sociedade europeia secular baseada em nossa herança cultural cristã ( o que queremos ). 

Por isso, não, você não precisa ter um relacionamento pessoal com Deus ou Jesus para lutar por nossa herança cultural cristã. Basta que você seja um agnóstico cristão ou ateu cristão ( um ateu que quer preservar pelo menos os fundamentos do legado cultural cristão da Europa - feriados cristãos, Natal e Páscoa ). Por isso, os PCCTS, os Cavaleiros Templários não são uma organização religiosa, mas em vez disso uma ordem militar ‘culturalista’ cristã”.

De modo bastante repetitivo, Breivik faz tudo o que pode para deixar claro para os leitores de seu manifesto que ele não é motivado pela fé cristã.

“Não vou fingir que sou um homem muito religioso, já que isso seria uma mentira”, diz ele. “Sempre fui muito pragmático e influenciado por meu ambiente secular. No passado, lembro-me de que costumava pensar: ‘A religião é uma muleta para as pessoas fracas. De que vale crer num poder mais elevado se tenho confiança em mim mesmo!? É de dar pena’. Talvez isso seja verdade em muitos casos. A religião é uma muleta para muitas pessoas fracas, e muitas abraçam a religião por razões egoístas como uma fonte de onde extrair força mental (para alimentar sua fraca condição emocional, por exemplo, durante uma enfermidade, morte, pobreza, etc.). Já que não sou hipócrita, direi diretamente que essa é a minha agenda também. No entanto, não senti ainda a necessidade de pedir força a Deus, ainda”.

WND / Julio Severo / Portal Padom

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A IGREJA, OS EDITORES DAS BÍBLIAS EM LINGUAGEM MAIS "ACESSÍVEL", JÁ ENTRARAM NESSA...E VOCÊ?

As vezes religiosos só falam linguagem de religiosos. A sua verborragia só gira em tornos das mesmas idéias ( nem sempre as mais fiéis à Bíblia ) e entre seus iguais, no máximo pares divergentes. Distantes da realidade parecem nunca tratarem ( porque não vêem de fato ) o mundo real ( seja o divino ou o terráqueo mesmo ). Para não se passarem por desatualizados, desajustados com a civilização em que vivem ( a referência é sempre a Europa decadente ou a parcela norte-americana apóstata ) se "modernizam pateticamente. E não são poucas as mostras reais dessa atitude cada vez mais prevalente: o ex-pastor do presidente Barack Obama, já sugeriu aos seus comandados de sua poderosa denominação a chamar Deus de "mãe" ( já não basta defender o direito legítimo de alguém ser viado, transexual, etc.) 

Ou seja para não ofender o homem vamos "enviadar" a Deus também, subvertendo a mais profunda análise do significado de masculino, que não só transcende o fato de se ter um apêndice frontal de dupla e necessária função, curiosamente chamado em latim de "pênis" ( ou cauda / rabo  e não "calda" de solução açucarada, doce ) mas o antecede e nada tem a ver com a sexualidade ou gênero ( o gênero é apenas um reflexo de uma realidade tida como masculina ).

Masculino é o que tem a capacidade de iniciar um processo, no caso reprodutivo. Deus por isso não poderia ser jamais mãe, pois ninguém o "fecunda" mas Ele mesmo é o "start" de todas as coisas. Logo a Bíblia não é "machista" sob esse aspecto, só a ignorância escancarada pode abrir brecha para tal grau de conjecturas. Sem mais delongas, vamos ao bem humorado texto abaixo ( que não é de minha lavra - só essa longa introdução que estabelece a relação entre a chamada da postagem e o bom  texto recebido por e-mail )  mas reflete o meu humor sobre o assunto e tem tudo a ver com o assentimento de certa parcela dos religiosos modernos:   

Por Helvécio S. Pereira *

* Não sou favorável ao uso dos palavrões ( nem pelos não crentes e desrespeitosos mesmo por o serem com frequência - que digam para si mesmos e xinguem as suas próprias mães ) mas infelizmente ( os palavrões, ofensas e ofensores, estão ao nosso redor e os ouvimos com relativa frequência. Dessa vez serve para combater o seu avesso:  a falsa polidez, a descrição, a definição falsa que oculta mas não sára. Talvez segregue mais e mais pois deixa de ser  "ofensa" para ser rotulador,  agora com "legitimidade".


O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA


Texto de Luiz Antônio Simas

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.

Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".

Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.
Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

É Villa Lobos, cacete!

Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.

Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias o u coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não.

Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

Abraços,
Luiz Antônio Simas

(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio).

sábado, 23 de julho de 2011

VOCÊ CRÊ DE FATO NO PODER DA ORAÇÃO? ENTÃO ORE POR UMA MENINA CHAMADA FÁTIMA!

Os meios de comunicação hoje possibilitam que conheçamos coisas e saibamos de coisas e lugares, de situações e pessoas impossíveis em outros momentos históricos de forma quase presencial. Assista essa importante reportagem veiculada algumas vezes através da Rede Record e conheça a história dessa menina afegã, de outras mulheres e homens, e atreva-se a orar por eles, para que Deus faça aquilo que só Ele pode fazer por alguém, contra todas as circunstâncias.

SURGE LULA...O TEÓLOGO. EX-PRESIDENTE DIZ QUE AFIRMAÇÃO DE JESUS É UMA "BOBAGEM"

* Essa foto é uma montagem disponível na web e publicada no jornal de origem da matéria
É fato e verdade que teólogos com formação teológica, façam eventualmente e também, afirmações descabidas e que contradigam classamente às Escrituras. Porém o pior é quando alguém favorecido por circunstâncias não diretamente ligadas à religião e a igreja, diga pretenciosamente algo, ainda mais do modo como o ex-presidente Lula afirmou em discurso ocasional e ninguém na platéia o contradiga, ou pelo menos não o aplauda.

Meu filho foi a um show de um comediante do pânico na TV. A platéia era toda de gente rica e culta. Em dado momento o tal comediante fez uma piada com o Pr Silas Malafaia, a platéia percentualmente não religiosa e não pro-Malafaia, fez um silêncio de desaprovação. Imediatamente o humorista-ator mudou para outra piada reconhecendo no ato a gafe. E no caso do presidente Lula, concorda-se com ele e descrencia-se Cristo ou o contrário? Afinal qu3em é Jesus Cristo para todas essas pessoas? Deus? Mestre? Iluminado casual? Iluminado limitado? Embuste? Nada? E o ex-pŕesidente, em que mais é ele do que um simples homem, favorecido é verdade pelo destino ( no sentido de sorte )? Sempre a mesma escolha: o que fazemos do homem chamado Cristo...

Veja:


O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva interpretou, nesta quinta-feira, uma famosa passagem bíblica onde Jesus diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Em Salvador, ele disse que é “bobagem” o que o Novo Testamento apregoa sobre a promessa de que o reino dos céus é para os pobres. Ele discursou de manhã para uma plateia formada em sua maioria por pequenos agricultores.

— Bobagem, essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra. Para nós inventaram um slogan que tudo tá no futuro. É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico ir para o céu . O rico já está no céu, aqui. Porque um cara que levanta de manhã todo o dia, come do bom e do melhor, viaja para onde quer, janta do bom e do melhor, passeia, esse já está no céu. Agora o coitado que levanta de manhã, de sol a sol, no cabo de uma enxada, não tem uma maquininha para trabalhar, tem que cavar cada covinha, colocar lá e pisar com pé, depois não tem água para irrigar, quando ele colhe não tem preço. Esse vai pro inferno — discursou Lula, para delírio das cerca de mil pessoas que lotavam o auditório de um hotel de Salvador.

O ponto alto do seu discurso de 15 minutos – que seria apenas uma rápida saudação – foi quando resolveu criticar indiretamente o versículo 25, capítulo 18, do Evangelho de Lucas, a parábola que Jesus fez sobre as dificuldades do rico alcançar o céu e a facilidade do pobre chegar lá (“Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”). Ele insistiu:

- Queremos que todo mundo vá pro céu, agora. Queremos ir pro céu vivo. Não venha pedir para a gente morrer para ir pro céu que a gente quer ficar aqui mesmo – disse.

Pouco antes de falar, recebeu de presente uma garrafa de cachaça. Como se ainda estivesse ocupando a cadeira de presidente da República, Lula fez um balanço de suas realizações.

Adaptado de O Globo e de www.juliosevero.com

COMENTÁRIO:

Aquele que está no caminho das trevas nunca terá como verdade as Palavras ditas por Aquele que é a Luz do Mundo – Jesus.

O pior de tudo é ver um mísero mortal distorcendo as Palavras ditas pelo Reis dos reis e Senhor dos Senhores para fazer politicagem.

Lula se ensoberbece assim, achando-se como um semi-deus com glórias para si, pois saiu do poder, após oito anos de governo, com a maior popularidade que um Presidente do Brasil já teve.

A Bíblia porém diz em 1 Pedro 5.5.b “porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Em sábio rei Salomão escreveu em “a soberba precede a ruína e a altivez do espírito precede a queda”, Pv. 16.18. De Deus ninguém zomba, pois Ele não dá sua glória a ninguém, como falou por meio do profeta Isaías 48.11b “Porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem“.

Pode-se citar dois exemplos bíblicos de governantes que pensaram que a glória a eles pertencia, e foram severamente punidos por Deus:

1) Nabucodonozor – imperador da Babilônia (Sugiro a leitura de todo o capítulo 4 do livro do profeta Daniel). Vide alguns versos abaixo 30-33:

“Falou o rei, dizendo: Não é esta a grande babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?

Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino.

E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.

Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu pelo, como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves”.

2) Herodes (Atos 12.21-23)

“E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez uma prática.

E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem.

E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou”.

As lideranças cristãs que se auto-amordaçam para não criticarem publicamente o ex-presidente, são as mesmas que virão a público pedir votos para ele, caso queira novamente ser presidente da república.


Holofote / Portal Padom

CALVINISMO VERSUS ARMINIANISMO, UM COMEÇO DE CONVERSA

Jacobus Arminius
João Calvino



















Muito, em verdade se pode falar, acerca dessa polêmica que se arrasta há quase cinco séculos, mas a prova contra as convicções calvinistas, é exatamente a própria história das personagens envolvidas ( não algo que deponha contra cada uma delas em si ) mas a própria dinâmica dos acontecimentos, mostrando de cada um dos muitos envolvidos posicionamentos diversos, pro um lado ou  por outro. Teria Deus astuta e mal intencionadamente, despojado a ambos ( Calvino e Arminius ), cada um em sua própria vida e época, de certos favores e posteriormente provienciado sustentação para que ambos disordassem de pontos deerminados, sendo o objeto dessa polêmica, o mesmo Deus, a mesma graça e o mesmo evangelho?  


E as demais pessoas, que embora não tão lembradas com a mesma ênfase, foram importantes nos eventos que culminaram finalmente em duas afirmações diferentes: o calvinismo e o arminianismo? Além disso, ao nos debruçarmos históricamente sobre os desdobramentos e resultados oriundos da pregação evangélica até os dias de hoje, a prevalência de um sistema ou de outro quais são os mais desejáveis?

Essa postagem não tem nem a pretensão e nem o objetivo de percorrer o longo caminho acerca dessas questões. A pus aqui, como um "start", para ponto de partida e de reflexão do leitor. Cabe a esse leitor com o arsenal de informações legítimas e não tendencosas, ao lado de sua experiência como crente, e sua capacidade pessoal de julgamento, concluir e decidir por si mesmo,algo que muitos não o fazem sinceramente, mas repetem o cansativamente repetido sem reflexão justa, o que outros já afirmaram repetindo inreflexivamente e por razões outras que não sejam a de avaliar o que seja de fato a verdade ou não. 

 Por Helvécio S. Pereira


Jacobus, Arminius, nome verdadeiro Jacob Harmensen, Hermansz, ou ainda Harmenszoon (1560-1609), holandês, teólogo e ministro da Igreja Reformada Holandesa que se opôs ao dogma da predestinação e desenvolveu sua própria doutrina conhecida depois como arminianismo. Seu pai faleceu quando Arminius era criança; dois benfeitores custearam seus estudos sucessivamente na escola primária e depois nas universidades de Leiden (1576-1582), Basel e Geneva (1582-1586). Foi ordenado em Amsterdã em 1588, onde se casou.

Em 1603 Arminius foi convidado para uma cadeira de teologia em Laiden, que ele manteve até sua morte. Pôs-se contra seu colega Franciscus Gomarus, o qual pregava que aqueles eleitos para a salvação já estavam escolhidos por Deus antes da queda de Adão. Essa predestinação, - dogma professado pelo Calvinismo mais radical -, não deixava espaço para a misericórdia de Deus, nem para a vontade humana para alcançar a salvação. Então Arminius passou a afirmar uma eleição condicional, na qual a oferta divina da salvação poderia ser ou não afetada pela vontade livre do homem.

Após sua morte alguns de seus seguidores deram apoio a suas teses assinando a "Remonstrance", um documento teológico, assinado em 1610, por 45 ministros e submetido aos Estados Gerais. O ponto crucial do arminianismo é que a dignidade humana requer uma total liberdade de vontade. O arminianismo remonstrante foi debatido em 1618-1619 no sínodo de Dordrecht, uma assembléia da Igreja Reformada Holandesa no qual todos os delegados eram seguidores de Gomarus.

O arminianismo foi desacreditado e condenado pelo sínodo, os arminianos presentes foram expulsos, e muitos outros sofreram perseguição. Em 1629, no entanto, os trabalhos de Arminius ( Opera theologica ) foram publicados pela primeira vez em Leiden, e por volta de 1630 a Irmandade Remonstrante conseguiu tolerância. Foi finalmente reconhecida oficialmente na Holanda em 1795.

R.Q.Cobra
Doutor em Geologia
e bacharel em Filosofia.
1997

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O APELO: QUEM GOSTARIA DE ACEITAR A JESUS?

Infelizmente, de tempos em tempos, algumas pessoas literalmente passam a procurar inadivertidamente "chifres na cabeça de cavalos". A "bola da vez" é impulsionada por grupos mais tradicionais, ou mais que tradicionais, mais que históricos, dos reformados ( não todos é verdade, mas parte deles ) geralmente de igrejas e congregações pequenas com cerca de quarenta a cem famílias representadas que praticamente ogerizam as megas igrejas e seu crescimento.

Eu sou a favor do apelo, como é feito, embora alguém apropriadamente possa asseverar igualmente que o "aceitar Jesus" não garanta a real eficácia de uma conversão. Mesmo porque a  também histórica "profissão de fé" também de fato não a garanta. Verdade é também que muitas igrejas batistas, além de outras por exemplo, combinam as duas coisas: apelo público ( aceitação de Cristo a frente do altar ) e profissão de fé em uma reunião que anteceda o batismo. Adota-se em muitos casos o chamado "discipulado". Afinal a conversão seguida do "novo nascimento" é de fato um ato divino na vida do ser humano criando uma reversão de valores, mudança radical de atitude e comportamento, o que a Bíblia define muito apropriadamente como "novidade de vida", o surgimento de uma "nova criatura".

Por Helvécio S. Pereira

Saiba mais sobre a real história do "apelo público" e quem foi o seu criador há mais de duzentos anos.

O pastor encerra seu sermão: “O Espírito Santo convida você a vir. A congregação orando, esperando ansiosa, convida você a vir. Na primeira nota da primeira estrofe, desça as escadas, desça por estes corredores. Que os anjos possam acompanhá-lo. Que o Espírito Santo de Deus o encoraje. Que a presença de Jesus caminhe ao seu lado enquanto você vem, enquanto nós permanecemos em pé e cantamos ao Senhor”. E as pessoas realmente vêm. Semana após semana, em igrejas por todo o mundo, cenas como essa acontecem ao fim de milhares de sermões. A congregação fica em pé e canta; os pecadores caminham pelos corredores e oram por salvação.

Este método evangelístico bem comum, conhecido como sistema de apelo, não foi sempre assim. Evangelistas bem-sucedidos como George Whitefield, Jonathan Edwards e John Wesley nunca fizeram um chamado ao altar. De fato, eles nem sequer sabiam o que era isso. Eles convidavam seus ouvintes apaixonadamente para vir a Cristo pela fé e aconselhavam regularmente os pecadores ansiosos depois dos cultos. Mas não lhes pediam para dar uma resposta pública ou física após os sermões evangelísticos. Então, de onde vem esta prática?

Inicialmente, o apelo era usado como um meio eficiente de reunir pessoas espiritualmente interessadas em se juntarem para aconselhamento após um sermão. Em vez de procurar os penitentes um a um, o pregador os chama à frente, ou a outra sala, para conversar e orar. Alguns pastores usaram este recurso no fim da primeira década do século 18, mas apenas durante os encontros campais do segundo grande despertamento da América foi que eles realmente ganharam espaço.

Os encontros campais eram comuns em Estados de fronteiras, como Kentucky e Tennessee, por volta do começo do século 19. Estas reuniões que duravam alguns dias eram um meio de os ministros (a maioria metodista, batista, presbiteriana e discípulos) introduzirem o evangelho aos colonos rurais. As primeiras reuniões campais foram feitas com pregações apaixonadas e respostas extremas. Centenas de ouvintes gritavam, gemiam, desmaiavam, contorciam-se e choravam desesperadamente. Os pregadores geralmente viam estas respostas como evidência da obra do Espírito Santo.

Por volta de 1805, estes movimentos corporais espontâneos eram menos comuns. Os ministros faziam um “apelo” como um meio visível de medir a resposta das pessoas às suas mensagens. Os “altares” eram áreas cercadas perto do lugar principal de pregação no campo onde os pregadores desafiavam os pecadores a buscar a salvação. O pregador metodista Peter Cartwright descreveu um encontro campal em 1806: “O altar estava cheio de gente transbordando em lamentos”. Outro pregador metodista contou detalhadamente o momento em que “o cercado estava tão cheio de gente que as pessoas não tinham a possibilidade de fazer qualquer movimento lateral, mas estavam literalmente cambaleando em massa”. Os metodistas experimentaram um crescimento exponencial durante os primeiros do século 19, em parte por causa de seus métodos evangelísticos, incluindo os encontros campais e os apelos públicos.

Muitas pessoas consideram Charles Grandison Finney (1792-1875) o “pai do apelo”. Ordenado ministro presbiteriano em 1823, Finney começou a fazer os convites públicos muito tempo depois de os metodistas já terem feito desse método parte regular de seus encontros campais. Finney, entretanto, fez mais que qualquer outro para estabelecer os apelos como uma prática aceitável e popular no evangelismo americano. Ele normalmente chamava os pecadores ansiosos até a frente da congregação para se sentarem no “banco dos ansiosos”. Ali, eles recebiam oração e geralmente ouviam um sermão individual.

O apelo também foi uma das famosas “novas medidas” de Finney. Ele estava convencido de que os pastores poderiam produzir avivamento usando os métodos corretos e que, chamar pecadores arrependidos à frente “era necessário para tirar [os pecadores] do meio da massa de ímpios para levá-los a uma renúncia pública de seus caminhos pecaminosos”.

Enquanto muitos abraçaram as “novas medidas” de Finney, outros estavam desconfiados da teologia que sustentava a prática. Finney acreditava que a morte de Cristo tinha tornado a salvação possível para todos. A depravação humana era “uma atitude voluntária da mente”, e não algo que tinha nascido conosco. A conversão, portanto, dependia da vontade humana ser convencida a se arrepender e confiar em Cristo. De acordo com Finney, o apelo era uma ferramenta muito persuasiva para mudar a vontade humana. Ministros calvinistas, como Asahel Nettleton, rejeitaram a confiança que Finney tinha na capacidade humana e sua dependência no sistema de apelo. Eles acreditavam que o ser humano nasceu com uma natureza pecaminosa. Os pecadores eram incapazes de confiar em Cristo até que Deus mudasse seus corações.

O historiador Iain Murray aponta que muitos oponentes ao apelo “alegavam que o chamado para uma ‘resposta’ pública confundia um ato externo com uma mudança espiritual interna”. Além disso, diz Murray, o apelo efetivamente “instituiu uma condição de salvação que nunca apontava para Cristo”. Os críticos argumentam que o evangelismo dessa forma resultou em uma falsa segurança, já que uma grande parcela daqueles que iam à frente para “receber a Cristo” logo apostatavam.

A despeito das críticas, o sistema de apelo continua com força. Tornou-se um artefato permanente no evangelismo americano. Só é preciso assistir a alguns poucos minutos de uma cruzada de Billy Graham na televisão para reconhecer que aquilo que um dia foi uma “nova medida” se tornou uma tendência dominante. A voz distinta de Graham chama em alto som: “Suba ali, desça aqui, eu quero que você venha. Se você estiver com parentes e amigos, eles vão esperar por você. Os ônibus vão esperar por você. Cristo percorreu todo o caminho da cruz porque Ele o amava. Certamente você pode dar alguns passos e dar sua vida a Ele”. Enquanto o local deixou de ser a remota Kentucky e se transferiu para os modernos estádios de futebol, e o meio de transporte evoluiu de carroças cobertas para ônibus fretados, o sistema de apelo resistiu.

O apelo é modernamente caracterizado, até hoje, nas histórias de incontáveis cristãos que contam ter encontrado Cristo quando ficaram em pé, ergueram suas mãos, deram passos até a frente e chegaram ao altar, respondendo ao apelo.

Fonte: Notícias Gospel

terça-feira, 19 de julho de 2011

DEPOIS ACHAM RUIM O FATO DE EU NÃO GOSTAR DE TEÓLOGOS ( NÃO PELA TEOLOGIA CLARO! ) VEJA... ( * )


Teólogo católico afirma que robôs irão crer em Deus e pergunta: A salvação vale para eles também?

( * ) E OLHE QUE EU ENTENDO TUDO O QUE ELE DIZ! ALGUMAS COISAS SÃO INTERESSANTES, OUTRAS VIAGEM PURA! ELITISMO INTELECTUAL...


O texto seguinte foi  publicado por :

Renato Cavallera (perfil no G+ Social) em 19 de julho de 2011



Em meio às advertências sobre o impacto da tecnologia moderna em relação à alma, Kevin Kelly, 59, é uma espécie de evangelista dos geeks. ”Podemos ver mais de Deus em um telefone celular do que em um sapo”, explica o co-fundador da revista Wired em seu mais recente livro, What Technology Wants [O que a tecnologia quer].

O título é provocante e introduz uma tese ainda mais provocativa: Todos os artefatos humanos, desde as palavras, passando pela roda e chegando à Wikipedia, agem conjuntamente com um organismo vivo, que reflete algo de divino. ”A tecnologia tem suas raízes na ação de Deus em todo o universo”, disse Kelly em entrevista à revista Christianity Today.

Kelly entregou-se a Cristo em 1979, após ficar trancado do lado de fora de um albergue em Jerusalém e acabou dormindo em uma pedra na entrada da Igreja do Santo Sepulcro.

Você usa o termo technium para descrever todos os artefatos que os seres humanos criaram. Por que não usar a palavra “cultura”?

Uso technium para enfatizar que a criação humana é mais do que a soma de todas as suas partes. Alguns de nossos pensamentos são mais do que a simples soma de toda a atividade dos neurônios. A própria sociedade tem certas propriedades que são mais do que a soma dos indivíduos. Há algo maior do que nós. Da mesma forma, o technium terá um comportamento que você não vai encontrar em seu iPhone ou em sua lâmpada. A ideia de technium abrange muito mais do que é sugerido pela palavra cultura.

Este ecossistema tecnológico ou superorganismo não é algo aleatório, que é algo controverso na comunidade científica, mas não deve ser entre os teólogos.

É Deus que guia o progresso da technium a medida que ele se desenvolve?

Diria que o progresso é um reflexo do divino.

O que você quer dizer com isso?

Da mesma forma que dizemos que a beleza da natureza reflete Deus, o technium reflete algo do caráter divino. Não que o technium seja perfeito, pois qualquer coisa que inventamos pode ser usada para o mal. Mas, em geral, o technium tem uma força positiva, uma carga positiva do bem. O que denominamos “bem”‘ é medido basicamente seguindo as possibilidades e escolhas que nos apresenta. Essa é a métrica que uso para medir a bondade.

Ao ler seu livro, não pude deixar de pensar sobre Gênesis 1.28, onde Deus dá aos humanos a oportunidade de criar algo além de si mesmos, e que isso é “muito bom”, uma parte do que significa carregar a imago Dei.

Sim. Deus nos deu livre-arbítrio verdadeiro. Ele poderia fazer tudo, mas preferiu dizer: “Eu lhes dou o dom do livre-arbítrio, para que vocês possam participar na conquista deste mundo. Poderia fazer tudo sozinho, mas vou dar-lhe uma centelha do que há em mim. Criem”. Então, inventamos coisas, e Deus diz: “Oh, como isso é legal! Poderia ter pensado nisso, mas deixem eles criarem”.

Então, sim, há uma carga positiva dentro do technium, da mesma forma que a vida orgânica é boa e que mais a vida é melhor. Isso não quer dizer que não há horror na vida biológica. É só para dizer que, em geral, a vida cria um por cento a mais do que destrói a cada ano.

Você conta que fez parte de um movimento hippie que defendia a necessidade de minimizarmos os bens materiais. Em seu livro recente sobre o futuro do cristianismo, Gabe Lyons escreve que você não tem smartphone nem TV e só twittou três vezes. Suas escolhas são inconsistentes com sua crença de que a invenção tecnológica é algo tão bom?

A tecnologia pode maximizar a nossa combinação especial de dons, mas existem tantas opções tecnológicas que poderia gastar todo o meu tempo apenas experimentando cada nova possibilidade. Então, minimizaria minhas escolhas tecnológicas, a fim de maximizar a minha saída. Procuro encontrar as tecnologias que me ajudam em minha missão de expressar o amor e refletir Deus no mundo, esquecendo o resto. Mas, ao mesmo tempo, quero maximizar o conjunto de tecnologias que as pessoas podem escolher, para que possam encontrar as ferramentas que ampliam as suas opções.

Seus colegas sabem que você é cristão?

Sim, está na Wikipédia, por isso deve ser verdade.

Como você explicaria suas crenças a eles?

Gostaria de recitar o Credo Niceno que professo. No entanto, também tenho uma metáfora tecnológica para Jesus, o Filho de Deus. Desenvolvi ao conhecer de perto o cientista de computação Jaron Lanier. Bem no início do desenvolvimento do que chamamos hoje de realidade virtual, lá por 1986, visitei Jaron em seu laboratório. Na realidade virtual você coloca óculos e luvas e entra em um mundo virtual em 3D. Jaron tinha terminado de criar um de seus mundos virtuais naquela tarde. Ele colocou seus óculos e luvas e entrou naquele novo experimento. Ele ficou totalmente espantado com o mundo que ele tinha acabado de criar.

Pra mim, essa é a história da redenção de Jesus. Temos um Deus autônomo, que decidiu entrar neste mundo da mesma maneira que você entraria numa realidade virtual e se vincularia a um ser limitado para tentar resgatar as ações dos outros seres que, por sua vez, são criações suas. Gostaria de começar por aí. Para algumas pessoas que trabalham com tecnologia, isso torna a fé um pouco mais compreensível.

Você está trabalhando em um catecismo para os robôs. Por quê?

Somos feitos à imagem de Deus. Deus é criador, e criou os seres com livre-arbítrio. Acredito que em breve vamos criar seres com livre-arbítrio na forma de robôs. Também creio que eles terão graus crescentes de autonomia. Vamos ter de explicar a eles a diferença entre o bem e o mal, sobre quem os fez (e que nos fez), o que devemos fazer quando fizerem algo errado. Em algum momento, um deles poderá vir até nós e dizer: “Eu sou um filho de Deus”. Quando isso acontecer, como vamos responder? Será que a salvação de Jesus vale para robôs? Esta é uma pergunta que tenho feito aos teólogos. Eles apenas encolhem os ombros.

Quando começarmos a fazer robôs, acho que o mundo científico irá apreciar o que os cristãos têm falado durante todo esse tempo. Se você fizer alguma coisa com um objetivo, precisa dar-lhe a orientação moral. Se fornecer a orientação moral, quais valores vai transmitir? Quando chegarmos ao ponto de fazermos robôs autônomos, os cristãos podem dizer: “Nós sabemos como deve ser”.

Quando um robô virar para você e disser: “Eu sou um filho de Deus,” o que vai responder?

Eu diria: “Bem-vindo à nossa igreja”. Nem mesmo uma mente inventada conseguirá apreciar a grandeza e o mistério de Deus. Nossa mente humana já é tão limitada. Precisamos de outros que “pensem diferente”.

Mas, podemos especular. Estou trabalhando com oito pessoas da minha igreja [Igreja Cornerstone, em San Francisco] em uma graphic novel sobre anjos e robôs. Em nossa história há um milhão de diferentes espécies de anjos no reino celestial, e todos anseiam pela encarnação. Há um cordão de prata (mencionado em Eclesiastes 12.6) conectando as almas aos corpos. Anjos negros querem “animar” os novos robôs na Terra com a sua consciência através desse cordão de prata. Existem educadores morais para as almas que entram nos corpos, mas os anjos do mal querem subverter isso. E há um Nephilim, meio-anjo e meio-humano, que descobre a revolta do primeiro robô causada por um anjo do mal, e ela agora precisa salvar o mundo. Esse é o roteiro básico.

Acho que C. S. Lewis ficaria orgulhoso.

Exatamente. É uma desculpa para fazermos um pouco de teologia ficcional amadora, e nos obrigou a tentar descrever o céu.

E como você o descreveria?

Para nós é um mundo sem matéria, energia ou tempo. Mas não é estático. Tudo o que é estático está morto, e a morte é o oposto do céu. Tudo de bom, verdadeiro e belo que conhecemos se move. O céu está em movimento, mas de alguma forma se encontra fora do tempo. Você pode pensar nisso como uma bondade que melhora cada vez mais, um tipo de perfeição que se torna mais perfeita! E você deve concordar que é algo muito preferível a uma perfeição que nunca melhora.
Pensamentos-chaves de “What Technology Wants”
A tecnologia é força a mais poderosa no planeta;
A tecnologia é a extensão da vida evolucionária;
Humanidade é nossa primeira tecnologia; nós somos ferramentas;
A tecnologia é egoísta; como um sistema exibe suas próprias urgências e tendências;
Tecnologias não podem ser banidas, e nem mesmo extintas;
A progressão da tecnologia é inevitável;
A tecnologia não é neutra, mas serve como uma força positiva na cultura humana;
Temos uma obrigação moral de aprimorar tecnologias pois elas melhoram oportunidades;
As origens da tecnologia residem no Big Bang;
A tecnologia precede os humanos e irá continuar além de nós;
Entre outras coisas, a tecnologia quer incrementar a diversidade, complexidade, beleza e eficiência;
A tecnologia pode ser um reflexo da divindade, assim como a natureza o é;
A tecnologia é um jogo infinito, uma grande história que podemos alinhar com nós mesmos para um significado maior.

Fonte: Gospel+

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