"Oceans"

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

UM PERIGO SILENCIOSO PARA OS SEUS FILHOS



Tenho uma amiga e colega de trabalho, formada em dois cursos superiores diferentes, português e psicologia. Certa feita ela me confessou que da sua turma de psicologia na PUC de Minas Gerais em Belo Horizonte, das quarenta pessoas, estudantes da turma formada por homens e mulheres, mais ou menos meio a meio, apenas quatro se casaram e esses quatro experimentaram o divórcio, ela mesma duas vezes.

Esse testemunho, de algo acontecido à mais de três décadas, prova o quanto um pensamento pessimista, descrente, duvidoso pode afetar um número de pessoas de forma quase definitiva, antes que a própria experiencia a que esse pensamento arremete pode causar de dano.

Ela também me dizia que essa turma de psicologia, como normalmente são os cursos das chamadas "ciências" humanas, como mais uma prova de que afetam quase de imediato o comportamento de estudantes, sejam homens ou mulheres, por mais que tenham tido uma educação familiar recomendável e o quanto os seus pais, tidos como de "famílias tradicionais" tenham sido um exemplo recomendável e salutar para eles, que as moças se orgulhavam de irem as aulas de saias e vestidos sem calcinha por baixo, homens sem cuecas sob as calças, além de outras parvoíces, todas em nome de um ativismo e prova de uma nova e revolucionária "liberdade"!

E hoje? você mãe, pai, mandam seus filhos para uma escola pública e mesmo uma particular para evitar certas bizarras influências e encontra em ambos, professores e professoras, simpáticas, aparentemente com muito mais formação do que os nossos professores no passado, formações essas travestidas por pós graduações altamente duvidáveis, mesmo feitas em universidades públicas historicamente e tradicionalmente reconhecidas e recomendáveis, influenciando pérfida e erraticamente seus filhos.

Não é segredo e nem se consegue dissimular que todo o ensino público está terrivelmente alinhado com quase toda a forma de ativismo ligado as neo esquerdas seja oriundas da Europa ou dos EUA, Canadá, como as piores influências da chamada cultura ocidental. E é exatamente uma delas, silenciosa, dissimulada, colocada como algo tão legitimo como as palavras da nominada serpente no Éden.

Conversando com alguns colegas em duas grandes escolas pública, em uma conversa casual, professores e professoras solteiros e solteiras na faixa de vinte e cinco a trinta e poucos anos, mais um professor de geografia da minha geração mas que se formou mais tarde em uma geração seguinte, confessaram crer piamente que a poligamia é uma manifestação natural do ser humano e que a monogamia não passa de uma "construção social".


Isso dito em uma aula específica sobre o assunto pode parecer apenas mais uma matéria ou tema que finamente não afetará a vida pessoal de nenhum estudante que no ensino fundamental ou no ensino médio ou em uma faculdade deseja e estuda apenas para passar de etapa e se formar conseguindo o seu diploma e seguindo em frente em algum mercado de trabalho. De fato não afetará aos que estudam não para terem crenças, por serem muito mais pragmáticos que entendedores da realidade, mas até esses repetirão indefinidamente essa bobagem.

Ainda há de se pensar seriamente, que dito dessa forma com algumas justificativas "históricas", "antropológicas" exageradamente simplistas que não passariam por um crivo de uma análise mais profunda acaba prevalecendo nas mentes incautas como toda falácia geralmente prevalece nos discursos humanos.


Primeiramente não há um só tipo ou uma MONOGAMIA para ser comparada, oposta e ridicularizada por uma pretensa e "natural" POLIGAMIA.

A MONOGAMIA que a academia, o ativismo sexual, feminista quer desconstruir é a monogamia sexual. Essa monogamia já é ridicularizada, combatida, zombada, negada, sistematicamente sob várias e pretensas justificativas e a bem da verdade, nada é feito pela mais honrada família para que ela chegue a existir como valor real social e comportamental. As mulheres, as que seriam naturalmente a sua maior defensora, na prática, ou a só defendem para si, mas a negam para os homens até que aquele homem seja seu. Na prática nenhuma mulher defende a inocência sexual masculina, desde que o aprendizado do homem não seja, pelo menos com alguma mulher do seu circulo próximo, ou de qualquer desgraçada que tenha sido útil no aprendizado e no aperfeiçoamento da experiência sexual, ou quem sabe destreza sexual do seu macho. Essa é sem dúvida, ao lado ou acima de outras hipocrisias tipicas e crassamente femininas.

Logo o primeiro tipo e MONOGAMIA é a MONOGAMIA SEXUAL, a mesma que o Senhor Jesus lançou nas faces dos acusadores da mulher adúltera. Raramente é encontrada. Essa amiga que eu citei, ela e seu primeiro esposo se casaram virgens, sendo católicos praticantes e filhos de duas famílias católicas praticantes e tradicionais. Algo louvável, totalmente louvável e como afirmei, raro, raríssimo. Eu por ter me convertido na adolescência, eu e minha esposa, evangélica, também nos casamos virgens, mas com uma ressalva, tivemos algumas intimidades sem penetração, antes de nos casarmos.

Logo essa monogamia sexual, interrompida pela morte, quando um sobrevive e adquire novas núpcias é a desejável, louvável e bíblica. É essa também que os ativistas, os incrédulos, os que zombam dos valores ideais cristãos militam em desconstruir e negar.

Mas há também a MONOGAMIA GENÉTICA a que consiste em que a prole de uma família, de um casal, tenham apenas uma origem parental, excetuando-se naturalmente os filhos louvavelmente adotados. Ou seja: os filhos de um casal devem ser geneticamente gerados só por eles. Modernamente temos exceções dos filhos e filhas oriundos das chamadas barigas de aluguel, quando um dos cônjuges não pode procriar mas concede o direito do outro, geralmente no caso de uma deficiência reprodutiva da mulher, que seira algo a discutir-se mas em princípio também louvável, uma espécie de variante dos costumes bíblicos de gerar descendente em nome de um irmão morto.

Entretanto o que o ativismo acadêmico pressupostamente legitimado pela "ciência" é a fidelidade sexual agora com a produção de filhos. Não só o fazer sexo com diversos parceiros mas ter filhos com diversos parceiros, facultado para o homem e para a mulher.

O terceiro tipo de monogamia e igualmente desconstruído pelo ativismo pérfido do ateísmo patrocinado é a MONOGAMIA SOCIAL.


Se a MONOGAMIA SEXUAL se refere a um ( a ) só parceiro ( a ) para toda a vida, a MONOGAMIA GENÉTICA se refere a uma ascendência única para várias gerações de pessoas. Já a MONOGAMIA SOCIAL se opõe a POLIGAMIA que por suas características é também social.

A POLIGAMIA sim, historicamente, é uma construção social, como a escravatura em suas várias e multiformes  manifestações foi uma "solução social" apropriada ao lugar e às relações de poder, havendo poderosos e dominados, vencidos , etc.

Um casal monogâmico é sim um estado e manifestação mais natural: ele só tem olhos e interesse sexual por ela, não a dividindo com ninguém e a mulher por ele. Uma oferta desproporcional de mulheres, um desequilíbrio de poder entre o número de indivíduos dos dois sexos, é que pode favorecer a posse e a dominação de um número menor de homens sobre as mulheres de maior número e menos poder. A fábula ou o mito das Amazonas mostram o que seria o contrário: as mulheres em número muito maior e com poder muito maior, pelo menos em relação aos homens por elas capturados usados como reprodutores e descartados, sem contar que no tal mito das Amazonas isso só seria possível pelo domínio pleno da técnica da escolha do sexo da criança, possível mas até hoje não totalmente infalível e só possível plenamente com o auxilio da prática do aborto.   

Já a POLIGAMIA foi legalizada e antes socialmente formulada por atender à época às necessidades e como solução prática a vários problemas reais:

esterilidade feminina

morte por gravidez ou parto

número abundante de mulheres sem família e sem lar

cooperação entre as esposas na manutenção da casa e da prole ( admitida, por exemplo em algumas tribos indígenas no Brasil, quando a primeira esposa, se o quiser, pode escolher uma segunda esposa para o seu marido, dividindo as tarefas domésticas, o cuidado dos filhos e as necessidades sexuais do esposo, lembrando, que nas várias poligamias, o sexo era monogâmico, no sentido de ser com cada uma das esposas, por vez e nunca como orgia! )


Logo essa estória de pregar em todo círculo acadêmico que a POLIGAMIA é anterior à MONOGAMIA e desse modo sugerir que a mesma é mais legítima além de ser uma mentira científica é um tipo de ativismo contra os princípios mais básicos das Escrituras que como prova de sua importância é praticado majoritariamente nas diversas culturas em todo o mundo e em toda história humana!

Portanto a MONOGAMIA SOCIAL, A MONOGAMIA GENÉTICA E TAMBÉM A MONOGAMIA SEXUAL são as louváveis e as recomendáveis pelo próprio Deus, o mesmo que chama o contrário das três e a todos que as desprezam e as desconstroem como ADÚLTEROS!!


Finalmente, contrariamente a toda engenharia social, o Senhor Jesus afirmara que não foi assim no princípio, se referindo especificamente ao divórcio, deixando escandalizados os seus próprios discípulos que disseram que "quem poderia suportar tal discurso". A dureza do nosso coração é que nos induz a acharmos que a prática do erro é a legitima e não aquela aparentemente mais difícil, mais dura, aquela que levaríamos desvantagens ao invés de vantagens.

Finalmente também, pode-se legitimamente esperar alguma recompensa a partir do erro presumido? Aparentemente e objetivamente não! Enoque andou com Deus, ninguém mais! Moisés era manso como não houve outro antes dele, Salomão sábio, Davi segundo o coração de Deus, Maria a bem aventurada, José seu esposo, justo; João Batista o maior, sem rival nem antes e nem depois dele. Nenhum deles era perfeito, mas manifestaram características não encontradas em bilhões de outros seres humanos, e a lista nas Escrituras poderia, aqui ser bem maior, não o farei por falta de espaço e tempo.

Como crentes estejamos côncios e informados de que há perigos invisíveis e tão ou mais danosos que aqueles visíveis e tão modernamente conhecidos e temidos como vícios, drogas, etc. E contra esses invisíveis sejamos tão combativos e eficientemente denunciadores como com relação as outros e destruamos todas essas mentiras ardilozamente concebidas e pregadas numa verdadeira surdina contra o que Deus deseja para nós e nossos descendentes. Amém.


Por Helvécio S. Pereira*

*graduado em Desenho, Plástica, História da Arte pela EBA/UFMG

e em pedagogia pela FAE/UEMG

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

A INESPERADA MORTE DO APRESENTADOR GUGU LIBERATO EM UM ACIDENTE DOMÉSTICO NOS EUA. COMO ENTENDER A MORTE?





         Oitocentas mil pessoas morrem a cada dia no mundo. Esse número de pessoas mortas sob as mais diversas circunstâncias é muito maior do que noventa por cento das cidades no mundo ou mais, só não é menor que a taxa de nascimentos aferida globalmente já que em várias regiões do mundo, principalmente em países desenvolvidos o número de nascimentos ou o crescimento demográfico aferido apenas dos cidadãos nativos é menor.

Quando morre qualquer pessoa, famosa, celebridade ou anônima, nos círculos mais íntimos ou nos comentários gratuitos, muitas pessoas dizem “chegou a hora, Deus sabe o que faz” contradizendo o que a Bíblia diz referente aos mesmos acontecimentos, excetuando pessoas em circunstâncias bastante singulares.

Há, de fato, três cosmovisões dominantes e prevalentes em todas as culturas mundiais: o determinismo, a reencarnação e o livre arbítrio. Claro que essas compreensões não subsistem independentemente de algum credo ou religião e são de algum modo absorvidos por não religião e até adaptados para círculos materialistas.

De fato também, qualquer uma dessas cosmovisões atenuam a perda e dureza da realidade do juízo pós a morte, tão desprezado, ignorado e zombado pelo homem moderno, civilizado e principalmente ocidental.

Mas qual a realidade? qual a real concepção? qual a real compreensão do acidente doméstico do aclamado e reconhecido apresentador?


Vejamos inicialmente a visão determinista:

Principalmente no cristianismo, ou mais exatamente um dos ramos deste, os calvinistas, de cinco pontos, de quatro pontos e até os de três pontos, acreditam sinceramente que não existindo o tão combatido e detestado por eles, o livro arbítrio, Deus determina a vida e a morte de todos os seres humanos, sejam quem forem, Claro que para fortalecer a sua crença pretensiosa em uma suposta e insensível eleição e predestinação, se esmeram em afirmações inconsequentes e irresponsáveis. De forma sintética significaria que Deus mataria todas as pessoas, desde as formas mais patéticas até as mais terrivelmente cruéis, o que nega toda a afirmação do caráter perfeito de Deus.


Sob essa patética compreensão Deus matou o Gugu no casuístico episódio doméstico. Só que essa afirmação dita de modo público seria um acinte, uma ofensa, uma blasfêmia contra o próprio Deus. Sob essa ótica absurda, todos os feminicídios, infanticídios e abortos seriam obras de Deus. Tomemos os crimes, assassinatos, abusos e etc, por mais absurdos e nada palatáveis seriam e são obra de Deus.

Alguns podem ainda argumentar, desses deterministas bíblicos, que a morte de quem quer que for, promovida por Deus, seria o direito divino e o justo exercício do juízo divino, o que seria totalmente razoável, é contraditado pela mais crassa realidade pois há tantos indivíduos claramente deploráveis e vis que não têm nem gripe. Deus seria então omisso ou terrivelmente trapalhão em seus julgamentos punindo bobagens e sendo complacente com maldades mais terríveis?


Não é só no determinismo religioso que uma certa dose de destino fatal se manifesta na crença das pessoas mas no próprio materialismo dialético expresso numa espécie de obscura fatalidade da qual ninguém escape como na série de filmes de curioso sucesso “Pânico”, que por mais que as personagens fossem “avisadas” eram fatalmente ceifadas.


As demais visões também deterministas mas cujo determinismo travestido de fatalismo justo é nelas expresso e justificado de ceta forma é exatamente nas várias soluções de reencarnação. Na reencarnação a pessoa sofre de doenças, passa por situações e é vitimada por acidentes ou crimes exatamente por pressupostamente ter cometido hipoteticamente algum delito, pecado ou crime merecedor da mesma punição ou entre aspas, correção espiritual.


Qual a real compreensão da realidade?


Todos os seres vivos, exatamente por serem “seres vivos” é a capacidade de nas diversas situações por eles vivenciadas encontrarem “soluções criativas”. Isso é tão válido para nós seres humanos, auto considerados o ápice da capacidade intelectual como para formiga, uma bactéria, um vírus, embora biologicamente esses últimos nem tenham cérebro. Os calvinistas ficarão fulos ao terem que admitir a força que a vida seja de fato autônoma e que cada ser vivo escolhe a todo o tempo retroceder ou avançar, ser autêntico ou mentir seja por algum estratagema ou alguma camuflagem.


Imagine, como naquelas fantásticas competições, milhares de dominós enfileirados e colocados estrategicamente de modo que se casualmente retirado ou empurrado algum em algum ponto do grandioso desenho, todos os seguintes sejam derrubados modificando todo o quadro. É exatamente assim que se manifesta todos os eventos na vida de qualquer ser vivo incluídos aí, nós seres humanos, filhos de Deus, inclusive.

Se todas as coisas, todos os eventos já estivessem escritos, seriam impossíveis ou terrivelmente injustificáveis boa parte dos eventos ordinários da vida de cada um de nós. Sob esse aspecto exatamente podemos compreender que embora o apresentador Gugu Liberato tenha sido um filho exemplar, cidadão, pai, marido exemplar, fica claro que que a sua morte fique, sob todos os aspectos, repito, afastada a hipótese espúria de “um castigo de Deus” ou alcance de algum delito em “alguma vida passada”. Deus não matado ou ou o Gugu Liberato, Deus não o avisou ou deixou de avisá-lo desse terrível acidente, como Deus não avisa a qualquer um de nós por uma simples quebra de uma unha ou de uma gripe. Essas coisas ordinárias que podem ser desde um tropeção, uma torção no pé a um capotamento automotivo fazem parte dos eventos simplesmente resultantes de eventos fortuitos, caóticos, interligados, sucessivos e casuísticos que resultam da própria natureza tos dos eventos produzidos por seres vivos em sua interação com as leis da física e dos conflitos entre seres biológicos que casualmente ocupam e disputam o mesmo espaço no universo material m que todos e todas as coisas estão inseridas.


Mas por que isso nunca isso é dito as pessoas?


Primeiramente porque uma certa dose de mentira, de delírio, ou de fantasia parece ser mais consolador que a verdade absoluta.

Quem não se lembra da vez que Jesus disse uma verdade tão claramente que depois de todos terem confessado a sua compreensão indubitável disseram para si mesmos em tom mais de afirmação do que de interrogação: “quem poderá suportar essa palavra?”

A verdade é que a cada evento ordinário e com final trágico e fatal, poderia ter ocorrido um escape, igualmente natural e até milagroso. Fato tão verdadeiro que todos nós só sobrevivemos para lermos estas linhas ( até mesmo eu que as escrevo ) por termos sobrevivido e termos tido o escape de cada um deles: seja um atropelamento na infância, uma doença infantil, um engasgo, a uma viagem adiada, por termos passado em tal lugar um pouco antes ou muito depois, ou não termos ido a determinado lugar.

Explicações fantasiosas e mirabolantes, sejam teológicas, cristãs ou não, forçadamente “espirituais” fogem da mais absoluta verdade.

Me lembram o fato dos amigos de Jó serem criticados e punidos por Deus, exatamente por sua falta de exatidão em seus julgamentos contra Jó, pressupostamente explicando a desgraça sobrevinda sobre o temente Jó.

Os amigos de Jó agiram como religiosos, tentaram explicar com bases religiosas a situação de Jó, desconhecendo e desprezando as reais e possíveis razões. O mesmo fazem os religiosos hoje diante das catástrofes e das mortes das vítimas sejam de crimes ou de acidentes domésticos como o do grande apresentador.

Como fica a cosmovisão cristã católica dos imaginários “anjos da guarda” ou como ficam as aplicações genéricas do famoso salmo 91, ou como fica a presumida inviolabilidade do cristão visto como um super-homem capaz de sobreviver aos mais incríveis desastres? claro que esse tipo de consolação simplista agrada ouvidos de pessoas religiosas que nem ao menos se quedam em aprender com a realidade ou com toda a revelação encontrada nas Escrituras.

Como fica igualmente o fatalítico e frio determinismo calvinista que objetivamente declara que Deus o matou? mesmo porque para eles Deus mata todas as pessoas no dia e na hora que Ele Deus achara determinado ( fato que não é desse modo ).

Religiosos sempre pintam um quadro agradável a sua linha de pensamento já sim, predeterminada. A palavra ‘herege’ no grego tem origem no verbo ‘escolher’, logo um herege é aquele que faz uma escolha religiosa, política, teológica anterior e qualquer coisa que diga ou faça, qualquer argumento ou defesa tem menos a ver com alguma realidade mas com seus interesses e objetivos lógicos de sua fé, igreja e religião e menos com a mais clara verdade objetiva.

Desse modo o apresentador Gugu Liberato morreu por uma patética fatalidade, um acidente, o qual qualquer um de nós, e não somente nós, qualquer ser vivo está inteiramente suscetível, por ser um ser vivo e que faz avaliações e escolhas a cada instante de sua própria vida. Não há outra explicação, consolo ou ‘justificação’.

Qual a grande lição já que não podemos mudar o passado, nenhum fato já acontecido no tempo? tirar uma lição, conforme advertência explícita da própria Palavra de Deus: não sabemos a que hora será pedida a nossa alma, ou por extinção de toda a energia vital, por alguma enfermidade, idade, exposição à condições extremas, crime por parte de outros seres humanos ou simples e pueril acidente.

Nenhuma causa morte pode matar a alma, mas o corpo pode de fato morrer, pois é mortal, mas a alma terá que sucedida a morte, dar contas a Deus, ao Criador e doador da vida, e sem a fé em Jesus Cristo, durante a vida e em pleno gozo de sua escolha e razão, nenhum ser humano pode esperar ser salvo após a sua morte, por melhor cidadão, pai ou mãe de família, religioso, etc, is o padrão de justiça divina não definitivamente ser atingido por nenhum de nós.

Como já dissemos, oitocentas mil pessoas morrem todos os dias no mundo, desde causas naturais, passando por assassinatos, doenças e acidentes de toda a ordem. Todas essas pessoas são almas que podem ter crido em Cristo, terem sido salvas ou haver sido perdidas definitivamente e a responsabilidade de cada perdição individual é só de cada uma delas, de mais ninguém, no sentido mais objetivo, pois podem nunca terem pensado seriamente na simples existência de Deus ou se o fizeram, podem ter criado um ‘deus’ mais conveniente às suas pretensões e mais adequado a seus valores,pretensas liberdades individuais, pecados arraigados e interesses pessoais, bem como ganhos sociais e relações temporais com pessoas e instituições.

Há um Juízo Final marcado para que todos os seres humanos, do primeiro ao último sejam aprovados e rejeitados e uma pena individual imposta a cada um pelo que fez com a dádiva da vida um dia recebida. Essa realidade nem é tanto teológica ou religiosa mas filosófica: a razão exige que isso ocorra, embora não consigamos imaginar em todos os detalhes como isso ocorrerá.

Curiosamente, os povos antigos, os povos primitivos, guardaram e guardam uma noção simples disso, enquanto o homem moderno, a sociedade moderna, tecnológica, educada, culta, capaz de abstrações e questionamentos mais profundos, herdeira de uma longa história e pensamentos diversos, tacitamente despreza esse juízo exigido por uma justiça e zomba de uma realidade que extrapole a própria vida.


Por Helvécio S. Pereira*

* graduado em Desenho, plástica, história da Arte pela EBA/UFMG
   graduado em Pedagogia FAE/UEMG

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