Li com relativa tristeza, mais uma vez, duas manifestações de imbecilidade "cristã", hoje facilmente encontrada na web. A primeira foi uma manifestação de desprezo ao recente debate entre Silas Malafaia, pastor e crente e uma das mais conhecidas e ouvidas jornalistas da televisão brasileira, Marília Gabriela, no seu programa de frente com Gabi, no SBT. ( E nem se trata da opinião particular da pessoa com relação à pessoa do pastor Silas ) A outra foi um debate entre dois irmãos, crentes de denominações e posições teológicas bem particulares, um calvinista apontando os erros de um adventista.
Por que, a meu ver, os dois casos são lamentáveis?
Visivelmente três crentes que potencialmente podem testemunhar aos incrédulos acerca de Jesus Cristo e do Evangelho, e pregá-lo ao mundo estão mais ocupados ( e isso reflete o seu distanciamento da realidade ) em desprezar os fatos reais, que envolvem a verdadeira situação de todo crente confrontado com o que o mundo acredita e faz, e manter o seu jeitinho especial de ser cristão nesse mundo. O mais impostante para eles parece ser o distanciamento dos fatos reais e a defesa de sua própria posição em detrimento da verdade, apenas como meio de firmar perante alguém da própria fé basilar. Eles não enfrentam os inimigos do cristianismo no campo fora de seus próprios e seguros arraiais. Se sentem seguros em um posição mais fácil e segura para si mesmos e suas próprias posições.
Visivelmente três crentes que potencialmente podem testemunhar aos incrédulos acerca de Jesus Cristo e do Evangelho, e pregá-lo ao mundo estão mais ocupados ( e isso reflete o seu distanciamento da realidade ) em desprezar os fatos reais, que envolvem a verdadeira situação de todo crente confrontado com o que o mundo acredita e faz, e manter o seu jeitinho especial de ser cristão nesse mundo. O mais impostante para eles parece ser o distanciamento dos fatos reais e a defesa de sua própria posição em detrimento da verdade, apenas como meio de firmar perante alguém da própria fé basilar. Eles não enfrentam os inimigos do cristianismo no campo fora de seus próprios e seguros arraiais. Se sentem seguros em um posição mais fácil e segura para si mesmos e suas próprias posições.
As três pessoas e certamente toda a igreja, e irmãos de sua convivência, têm a mesma atitude frente a realidade. Para esses bastam se envolver nas atividades da sua igreja ou denominação, repetir exatamente o que elas defendem e proclamam, ir religiosamente às suas reuniões, cantar seus hinos e canções, terem os seus encontros, acampamentos, casamentos, confraternizações e pronto. Não confrontam e nem se deixam confrontar pelo mundo a sua volta, e mais, quando legítimo conveniente, aproveitam o que legal e santamente podem usufruir da própria obra e pensamento dos incrédulos. Afinal não há um time de futebol, um filme que todos gostem de assistir para se divertirem, ou um MC Donald ou Shopping da vida, ou parque de diversão, marca de celular, apps para tablet, ou um simples clube que seja inteiramente de "crentes".
No primeiro caso a irmã, esquece que todo o movimento no Ocidente e em parte até do mundo islâmico ( há casos no Egito ) em prol da defesa do modo de viver gay com todas as suas variantes, faz parte de uma guerra maior, em mais um esforço de fato da mente de Satanás para atingir a igreja e o Evangelho, infiltrando a mais vil imoralidade dentro da igreja, aos poucos, coisa que já é fato na Europa, nos EUA e também no Brasil.
Ao que parece a desmoralização do cristianismo ( e isso não se relaciona a uma igreja, mas a todas e qualquer uma, incluindo a igreja católica, protestante, etc. ) que abrirá espaço para uma religião muito mais dura e radical com os homossexuais que é o Islã. Os mesmos que inadvertidamente hoje atacam o cristianismo serão surpreendidos e presos, e mortos pelo Islã em boa parte do mundo. Isso é uma questão de tempo apenas. Pode apenas, de fato ser atrasado ou apressado.
O ocidente claudicante em suas convicções e apóstata daquilo que constituiu a terra com maior liberdade que se tornou, por inclinação ao que é mau, proporcionará inevitavelmente isso.
No segundo caso a polêmica entre um teólogo calvinista e um adventista, até por coisas pertinentes ao que a Escritura diz, entre eles mesmos, é uma perda de tempo e gasto de energia que deveriam ser gastos na pregação do Evangelho ao mundo, e não a irmãos que com diferença de detalhes, amam ao Senhor e crêem na sua Santa Palavra.
Após a conversão, a igreja é um local mais que legítimo para que a fé agora confessada, possa ser guardada por anos a fio, até que finalmente a morte pela velhice, de forma natural advenha no futuro. Entretanto a proteção advinda da congregação com a qual nos reunimos pode ser com um tempo um elemento limitador ao invés de promotor de crescimento espiritual e de efetiva contribuição à verdadeira obra de Deus.
Estranha e talvez naturalmente, essa mesma igreja, local ou denominação por ser parte de um processo dinâmico e não estático, pode ser fonte de heresias secundárias, momentânea ou permanentemente, de distorções importantes ou menos importantes. Distorções e erros que podem as vezes ser discutidos, reavaliados, deixados ao esquecimento ou erros e cosmovisões que embora não afetem a liturgia e a convivência são relevantes tomados a nível macro da fé bíblica.
Normalmente e infelizmente, após a conversão e após um período de novidade de vida, vida essa sob novos moldes, bem diversos e visivelmente diferentes aos moldes do mundo, mas notadamente na falta de vícios sociais tidos até secularmente como danosos, como fumo, bebida, sexo ilícito, tidos como visivelmente mais importantes, segue-se um período em que o novo crente aprende muito sobre a Bíblia e sobre alguns das interpretações mais dominantes sobre esses mesmos textos em sua denominação e igreja da qual é membro.
Tudo isso é legítimo mas não é o bastante e nem o mais efetivo no que se refere a real vida cristã, que deve ser construída sobre dois pilares importantes: comunhão individual com Deus e realização da efetiva vontade de Deus frente a cada situação e desafio pessoal em todas as áreas da vida do novo crente.
Note que estou descrevendo o que acontece com todos e cada um de nós no que se refere a nossa feliz, saudável e natural experiência individual seja em qual igreja, denominação, independentemente da posição teológica imposta a cada um de nós e aceita por nós.
De fato devemos sempe sermos gratos às circunstâncias (as vezes várias e desencontradas ) que nos levaram em uma ordem mais ou menos fixa a:
Conhecer a Bíblia
Conhecer e crer no Evangelho Bíblico ( entendo-se como o que se lê e compreende através da Escritura, da Bíblia )
Iniciar-se na vida cristã, como uma vida oposta e diversa predominantemente da vida imposta culturalmente pela sociedade a nossa volta, reconhecidamente o mundo.
Tanto no paraprotestantismo ( Adventismo, Testemunhas de Jeová, Mórmons e etc ) como no catolicismo carismático atual, essa é a sequência de eventos reais na vida do novo fiel, que pode ser resultado de um auto esforço em ser diferente ou algo de fato espiritual. Na conversão real ( considerando o protestantismo na sua mais universal ortodoxia ) os eventos parecem ser semelhantes, a diferença é que o processo parece ser definitivo. A cognição, a parte relativa á compreensão das coisas, o conjunto de doutrinas aceitas e confessadas, que passam a ser naturalmente repetidas a outros de fora da religião têm um papel relativo nessa experiência.
Nos meses, anos subsequentes, esse novo crente pode avançar e descobrir que a sua comunidade embora tenha avançado em algumas questões importantes e tenha literalmente feito ver uma nova maneira de viver oposta em valores e importância aos valores e importância tidas no mundo, possa conter desvios, desvios esses vistos agora com auxílio de outros crentes, de outras denominações, de outras teologias.
É comum ex-mórmons irem para igrejas evangélicas normais, testemunhas de Jeová, tradicionais irem para igrejas evangélicas renovadas, pentecostais para neopentecostais, pentecostais para calvinistas, calvinistas para arminianos, adventistas para batistas, batistas para adventistas, enfim uma série de possibilidades diferentes e pessoais,por razões as mais variadas que vão desde casamento com um cônjuge de outra igreja, decepções ou um sentimento de novidade e de descoberta. Ou seja há um movimento natural por várias razões entre os que se autodenominam cristãos, buscando nesse caso uma melhor qualidade de fé confessada e de vida espiritual.
Só que a vida cristã como disse se baseia principalmente, mais em uma comunhão real e pessoal com Deus, do que com vínculos denominacionais e / ou afetivos em uma igreja. Permanecemos em uma igreja apenas para manter com ajuda uns dos outros a nossa fé e exercitar inteligente e racionalmente o que, pressupõe ser crescente a cada dia.
O que nos faz crentes e cristãos é confessarmos e depositarmos toda a nossa esperança em Jesus Cristo como Deus e Filho de Deus e o único nome dado pelo qual podemos e somos efetivamente salvos. Podemos dizer com boa dose de verdade que o que passa e se afasta disso é perfumaria, não tem valor e poder salvífico algum.
Da mesma forma a única utilidade, se podemos dizer dessa forma, para o mundo perdido, para as pessoas sem o conhecimento de Deus, é o nosso testemunho e exemplo de fé nEle, Jesus Cristo. O nosso exercício diário de espadaxins contra irmãos de fé, ainda que legítimo, não esvazia o inferno e não acrescenta uma única alma ao céu.
Mas alguém pode dizer muito apropriada e legitimamente: mas há questões de fé, de interpretação legitimamente bíblica, que se forem deixadas passar sem contestação elas tomarão alcance tão grande que literalmente pulverizará a fé verdadeira e conduzirá muitos ao engano e perdição. Eu respondo e proponho um desafio simples: Lembre-se de quantas pessoas se deixam dobrar em suas opiniões sobre algum assunto em um debate? Sem erro a resposta pode ser ZERO! As pessoas entram em um debate legítimo para ganhar das outras ( e olhe que digo isso pensando em crentes falando coisas sobre a Bíblia e sobre o Deus verdadeiro! ) O que de algum modo pode convencer as pessoas ( e nem assim todas ) são os resultados!
Mesmo tentando ser claro, objetivo, respeitoso nas minhas colocações, só os que de algum modo já pensavam nas mesmas coisas concordarão comigo, os demais odiarão e zombarão do que eu digo. Se voltarem a esse blog, voltarão apenas mais armados com argumentos para negararem veementemente cada afirmação minha, e se não o conseguirem partirão para a ofensa, a última atitude de desabafo contra o que se é desagradável ao ouvir.
Não importa a igreja ou a posição teológica esposada ( pode parecer exagero ou simplificação ) mas é a realidade, a diferença é o quanto do seu amor e sede são pela pessoa real e viva de Jesus Cristo ou tudo que a sua denominação faz como atividade, seja litúrgica ou teológica. Se você é crente é um crente, se é salvo, é um salvo, o problema é como ser um crente e um salvo mais correto, mais perfeito, melhor, e é isso sinceramente que todos nós, se não buscamos apaixonadamente, gostaríamos de ser. E um novo ano aina que seja uma marca artificial, fictícia, é uma boa desculpa para isso.
Como fazê-lo da melhor forma?
CREIA NA BÍBLIA ( E não só no que a sua denominação elege como o que deve ser dito e proclamado )
PONHA-A EM PRÁTICA. Não podemos fazê-lo baseado em nossa criatividade que conduz a erros grosseiros, só podemos fazê-lo guiados conforme promessa do próprio Senhor Jesus, pelo Espírito de Verdade, guiados em toda a verdade. Sem comunhão com Deus, a possibilidade é ZERO ou bem próxima disso.
MOSTRE, TENHA, RESULTADOS. O cristianismo incrivelmente não é uma religião teórica como todas as outras o são e onde o sobrenatural é desconectado da vida comum real. O sobrenatural no cristianismo não tem efeito pirotécnico como em muitas religiões. O sobrenatural no cristianismo está ligado aos desafios e construção de histórias normais, reais, humanas. a A paz no cristianismo não é a paz dos momentos de meditação, aparente como o som de um mantra. A oração não é a que é atitudinal e visível, ora-se com olhos abertos, em movimento, em local público, fora e longe do ambiente e horários litúrgicos. E o sobrenatural é visível apenas nos resultados, a sobrevida a uma doença grave, um livramento em ou de um acidente, o bem sucedido resultado em alguma coisa, da banal a mais complexa.
Finalmente não é o rótulo que o faz, ou me faz, um crente, um cristão, um evangélico melhor, mas exatamente em que lugar eu me encaixo ( ou Deus me encaixa ) na sua grande obra e na guerra entre o reino das trevas e o reino da luz.
O crente não tem a sua vida isolada do conflito que ocorre visivelmente no mundo. O cristão não é um eremita que por reconhecer a malignidade humana foi viver o resto de seus dias longe desse mesmo mundo. O crente é um soldado alistado em um exército que participa de uma guerra, a mais importante, a mais duradora, a que determina cada novo futuro, e que um dia se encerrará com honras para os que lutaram e vergonha para os que desistiram ou se acovardaram. Uma guerra que por estar justamente sem entendimento e fora do verdadeiro foco, não poucos, de fato muitos, estão lutando mais em favor do inimigo do que a favor da própria causa que se diz defender.
O crente não tem a sua vida isolada do conflito que ocorre visivelmente no mundo. O cristão não é um eremita que por reconhecer a malignidade humana foi viver o resto de seus dias longe desse mesmo mundo. O crente é um soldado alistado em um exército que participa de uma guerra, a mais importante, a mais duradora, a que determina cada novo futuro, e que um dia se encerrará com honras para os que lutaram e vergonha para os que desistiram ou se acovardaram. Uma guerra que por estar justamente sem entendimento e fora do verdadeiro foco, não poucos, de fato muitos, estão lutando mais em favor do inimigo do que a favor da própria causa que se diz defender.
E atenção não há como convencer que tal e tal está errado, pois geralmente quem está errado não quer ser convencido do seu erro, simplesmente perdeu o verdadeiro foco e se encontra mais a esquerda ou a direita, ou as vezes muito mais distante. Só cada um de nós, diante de Deus pode resolver essa questão, para que sinceramente,contra a carne, a vaidade, a deficiência de conhecimento ( algo real em todos nós ) possamos, de repente fazer a melhor escolha e corrigir todas as coisas, e assim após a atitude mais correta, nos tornarmos efetivamente em melhores crentes, melhores testemunhas do Senhor, e na real Batalha, lutarmos do lado certo, dizendo, proclamando, as coisas mais certas biblicamente.
Infelizmente, boa parte de crentes, potencialmente úteis, produtivos por sua cultura conhecimento e lugar na sociedade, tem uma compreensão tão errônea das coisas que a sua influência nos destinos da humanidade é praticamente nula, gastando a sua energia e talento com nada de essencial, o tempo para ele apenas passa, enquanto todos os dias , familiares, amigos, colegas, partem dessa vida sem salvação, enquanto ele simplesmente participa de mais uma igreja ou religião. Desse modo a sua religiosidade não é falsa, apenas ineficiente e inoperante. E não precisa ser assim.
Um pastor japonês ao final do século XIX, quase desistiu de ser um pastor. Uma de suas frases na época foi: "é melhor ser um leigo ativo doque ser um pastor frustrado". Esse ex-pastor metodista e fundador da igreja Holiness destinada principalmente ao evangelismo de japoneses em todo o mundo, com mais de uma centena de igrejas cristãs só no Brasil, deve nos comover. Uma igreja sem perdidos vindos de um mundo desgraçado, não cumpre a sua função evangelística e deve ao se envergonhar disso, auto examinar-se e descobrir seriamente qual o seu erro: teológico, doutrinário, atitudinal ou de fé. E qualquer crente que em uma igreja assim, aquietar-se e pensar ser isso normal é no mínimo conivente com o seu erro.
Que o Senhor Jesus Cristo nos ajude a todos nós, nesse ano de 2013. Amém!
Por Helvécio S. Pereira
Por Helvécio S. Pereira
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