José do Egito, a superprodução da Rede Record em 2013
Que as igrejas e os evangélicos, mesmo depois dos grande crescimento de não católicos no Brasil, nas últimas décadas, incluindo protestantes, reformados, renovados, paraprotestantes, pentecostais e neopentecostais, fez que mais de quarenta milhões de pessoas e por implicações familiares muito mais, não computados pelas estatísticas temerosas de apontar um número real, sejam pessoas que creem no Deus criador como é descrito na Bíblia.
Expressões claramente católicas como " Nossa Senhora!", "Mãe de Deus!", "Santa Maria!", caíram praticamente em desuso, sendo trocadas por expressões fáticas equivalentes como "Misericórdia!", "Sangue de Jesus!", "Nosso Deus!" e equivalentes de origem claramente pentecostais.
Entretanto o ciúme infantil travestido de teologia séria, a concorrência acirrada pelo crescimento mais de uns do que outros, escândalos de uns rechaçados por outros, têm divido igrejas, líderes e membros de igrejas. A cooperação em tempos de menor poder e influência social, em tempos de uma atuação mais discretas diminuiu drasticamente, de forma que cada um "evangeliza" para si, e menos para o outro. Até na música cristã, que sempre foi produzida e levada avante graças a esforços claramente individuais, menos institucionais ( produzidos pelas próprias igrejas ) que era consumida e aceita com menores restrições, hoje são cantadas as canções da denominação, da gravadora da igreja e dos "artistas da própria igreja".
A palavra hoje é divisão, concorrência e ciúme. Poucos podem admiti isso, ainda mais os líderes, homens adultos e que na grande maioria das vezes pregam e testemunham de fato acerca do Senhor Jesus. A final é muito mais fácil com base em si mesmo descobrir e apontar o defeito alheio e jamais perceber os seus próprios defeitos.
O uso dos meios de comunicação e particularmente a televisão se deve indubitavelmente a dois grandes pregadores que por sua atuação e investimento de duas igrejas sediadas nos EUA, ganharam muitas almas no Brasil,bem como no mundo, a do falecido Pastor Rex Humbard e sua família ( ministério existente até hoje com menor visibilidade ) e do pastor Jimmy Swaggart. Todas as semanas, sábados ou domingos, durante um breve tempo o Brasil teve os dois sendo acompanhados por milhões de pessoas, o que lotou todas as igrejas, dando ao número de crentes, um grande número de convertidos que geraram inúmeras famílias e várias gerações de crentes que permanecem na fé até hoje.
Apos a saída desses dois pastores e de suas respectivas influências da Tv brasileira , brasileiros foram timidamente substituindo-os, mais devido ao desejo de aprender a usar essa mídia tão combatida, curiosamente pela maior denominação ou igreja, que bancara o mesmo pregador Jimmy Swaggart por anos em todo o mundo, as Assembleia de Deus norte-americana. O pastor Silas Malafaia é um deles, embora, a bem da verdade, nunca conseguimos fazer um programa evangélico com a mesma qualidade técnica, enxuto de coisas desnecessárias e tão objetivos como os programas do pastor Rex Humbard e do pastor Jimmy Swaggart.
A Rede Bandeirantes foi a rede de tv brasileira que nesses anos todos, sempre abriu as portas para igrejas e pastores graças ao aprendizado que horários vendidos à igrejas é mais lucrativo e sem despesas obrigatórias em programas próprios, sejam quais forem. Venda de horários, aluguéis de canais inteiros constituem a salvação da lavoura para horários e redes sem audiência como é o caso da atual Rede TV!
Quando a IURD comprou a falida Rede Record do empresário e apresentador Sílvio Santos, houve duas projeções feitas por não crentes, baseadas no uso da mídia por outros pregadores, pastores e igrejas: ou se terá uma igreja eletrônica, um púlpito eletrônico arrecadando dinheiro ou uma rede televisão alienada que só apresentará programas de crentes, mal feitos e forçadamente puritanos.
Graças a um aprendizado importante e necessário, os bispo Edir Macedo, certamente descobriu que seria impossível manter e desenvolver uma rede de extensão nacional e de alcance tão grande como a maior Rede Globo ( que só detém maior parcela de audiência mas que não constitui mais a excelência e diferencial técnico ou tecnológico como chegou a ser em passado recente ) sem ser competitiva comercial e de gosto e expectativa do telespectador brasileiro. A Rede Record portanto não é a televisão evangélica ou integralmente religiosa como são a Rede Vida ou rede Super por exemplo mantidas respectivamente pela igreja Católica Romana e da igreja Batista de Lagoinha.
Apos se tornar lucrativa e competitiva tecnologicamente se consolidar indubitavelmente como a segunda maior rede de televisão brasileira, a IURD com o poder de mando, pode investir em produções que refletem não particularmente a sua fé, mas a fé cristã particularmente evangélica. Se quanto à liturgia e aos expedientes da Igreja Universal do reino de Deus haja uma relativa combatividade teológica e pragmática por parte de outras igrejas e de outros evangélicos, a concordância plena com relação ao valor e a veracidade da Bíblia, de suas histórias, e dos ensinos que ela, Bíblia possibilita. Isso é facilmente compreensível se compreendermos que via de regra, todos os protestantes, são decididamente ansiosos em proclamar às demais pessoas a Bíblia. dizer a todos o quanto ela é importante e verdadeira, antes de apresentarem suas próprias igrejas e sua teologia em particular.
Há muitos anos,ainda timidamente a Rede Record chegou a produzir uma novela evangélica em que o ator Gerson Brender se tornava evangélico. Entretanto a estratégia de produzir minisséries bíblicas com pesquisa e outros programas investigativos como "A Saga de Abraão" e "Em Busca da Arca de Noé" no estilo BBC de Londres ou Globo Repórter são de qualidade e de grande prazer em assistir. "A História de Ester", "Sansão e Dalila", " O Rei Davi", "José do Egito", "A História de Jacó" e a próxima "Milagres de Jesus " são sem sombra de dúvida produções de extrema qualidade e de uma contribuição única não só ao conhecimento da Bíblia, de suas histórias e mensagens, como indiretamente da própria fé cristã no que ela tem de mais essencial.
Há de se supor e até avaliar, o alcance à minorias étnicas e religiosas no Brasil, como no caso dos Judeus, Muçulmanos e próprios paraprotestantes como Testemunhas de Jeová, Adventistas, Mórmons e outros, pois deve ser lembrado que eventualmente todos esses espectadores assistem eventualmente a título de entretenimento, programas e produções claramente seculares, por que não valorizariam também uma produção bíblica e que mantém alguma relação com a sua própria fé?
Finalmente resta saber se sob o patético pretexto de diferença denominacional e pragmática se certos crentes ainda ou ignorarão esse esforço louvável na proclamação da importância das Escrituras acima de tudo, perdendo uma excelente oportunidade de ser edificado e de evangelizar de fato outras pessoas que ainda estavam a margem do interesse pelas Sagradas Escrituras.
Qual a sua atitude? Em que lado você se coloca em relação a este esforço? Deus sabe!
Por Helvécio S. Pereira
O PRIMEIRO CAPÍTULO DE JOSÉ DO EGITO
A HISTÓRIA DE ESTER
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