"Oceans"

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

TERREMOTOS, TORNADOS, FURACÕES, TISSUNAMIS... POR QUE AS TRAGÉDIAS ACONTECEM? UMA RESPOSTA BÍBLICA FRANCA E NÃO APENAS CONVENIENTEMENTE CONSOLADORA!








O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE TRAGÉDIAS?

( um assunto, uma questão que sempre volta a baila com uma nova tragédia, )










1 ) O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE TRAGÉDIAS?


2 ) QUAL A RESPOSTA DAS ESCRITURAS E QUAL A RESPOSTA QUE DEVEMOS TER PARA NÓS E PARA OS OUTROS? 


3 ) QUE RESPOSTAS QUE PODEMOS DAR A NOSSOS FILHOS QUANDO LHES FALARMOS SOBRE A GRANDEZA E A JUSTIÇA DA PESSOA DE DEUS PARA QUE ELES TAMBÉM O CONHEÇAM E CREIAM NELE? 

( Esse bem poderia ser o título da postagem lá em cima no blog , bem que é um pouco grande...)


Pois bem, vemos como testemunhas distantes ou próximas dos fatos, mediada pela eficiência tecnológica da mídia, desastres de extensão trágica, com sofrimento, perda e desespero incomensuráveis. Logo nós que temos respostas em nossas igrejas e nas nossas palavras, será que a temos nesse momento, algo que faça sentido de fato, ou nos tornamos mudos, pela incapacidade de sabermos concretamente o que dizer, com base nas Escrituras, na Bíblia Sagrada?

Temos sim, como veremos a seguir.


O que a Bíblia diz sobre tragédias? Pode-se escapar delas ou Deus falha na sua promessa de guardar-nos?


Você verá e compreenderá como eu acho ter compreendido definitivamente.

Três coisas explicam a tragédia humana. São três coisas de naturezas diferentes. Todos estamos expostos a elas de forma igual. Não é, não se trata de   invenção minha. Está revelado nas Escrituras, em todos os exemplares e traduções possíveis da Bíblia Sagrada.

Primeira: As Circunstâncias

Segunda: O destino ( um conceito a ser explicado, pois não é exatamente o que o simples vocábulo sugere ) 

Terceira: O Mal.

Portanto temos: As Circunstâncias, o Destino e o Mal.



T
alvez eu tenha que omitir os muitos textos e versículos Bíblicos, mas partindo do pressuposto que você os lerá, adianto que , diferentemente do gosto corrente de sacar versículos isolados, graças a artificialidade útil e legítima da colocação dos números de versículos e capítulos na Bíblia, originalmente, a lição era apreendida do fato e não de uma afirmação isolada apenas. Relacionarei com fatos reais, o ensinamento teórico perde a sua força e valor, sinais são necessários, por isso também o Senhor Jesus os fez. Os escribas eram teóricos, faziam projeções e ampliavam relativamente os conceitos e distinguiam minúcias, porém nada do que diziam era de fato real para eles e para os outros.


Primeira às circunstâncias. Elas se referem ao tempo, ao espaço e a todas as condições naturais onde alguém vive, mora e circula. Se você nascesse negro em1785 no Brasil seria escravo. Se fosse filho do último Imperador Russo seria um nobre. Se uma moça fosse a filha de Adolf Hitler estaria morta ao final da guerra. Todo os meninos que nasceram à época do nascimento de Jesus foram mortos a mando de um dos Herodes. Somos presas das circunstãncias,vivemos sob elas, sejam momentâneamente ou eternamente. O pecado é uma circunstância, a morte outra. Ser homem ou mulher outra. Jovem ou adulto ou idoso outra. Doenças genéticas, deformidades são circunstâncias e não pode ser mudadas muitas das vezes. As circunstâncias nos trazem males diversos e que não são frutos da nossa imaginação e maneira de ver as coisas. Não são apenas da nossa cabeça são reais. Voltaremos a elas mais a frente.

segunda:


O destino. Essa palavra é pequena mas carrega um fator como forte complicador. A maior parte da humanidade acredita piamente em destino justificada essa crença pelas mais diferentes teologias, inclusive dentro do cristianismo. Tanto que se aferida quantitativamente a grande maioria estaria  correta se comparada ao que a Bíblia, a Palavra de Deus diz. Mas não está: essa maioria crê exatamente em algo frontalmente contrário ao que a Bíblia revela.

A Bíblia revela que alguns são destinados a alguma coisa e mostra inclusive o processo como esses alguns,  são separados dos demais e sobre eles repousa uma responsabilidade, algo a ser feito, mas não se trata do determinismo crido por noventa e não sei quanto de bilhões de pessoas, dos que vivem na tribo até os mais refinados teólogos de religiões não cristãs e cristãs. Como disse alguns tem um destino, mas até esses podem fugir dele, se afastarem dele. Esse destino não é uma condenção feita preteritamente. Voltaremos a essa questão mais a frente.


terceira:


O mal. Há aí uma dificuldade específica.Se esse mal é uma pessoa, uma influência, uma articulação, algo de dentro do ser ou da pessoa, um ou mais desses elementos ou todos eles juntos. Voltaremos a esse ponto mais a frente também. Mas o mal, seja o que for é real, pois o Senhor orou pelos seus, rogando que o Pai os livrasse do mal. Há crentes que refutam a existência e a efetiva eficiência do mal em causar algum dano a alguém. Ora exagera-se a potencialidade do mal como em filmes de terror, ora anula-se sob todos os aspectos, como em certos ramos do cristianismo e em certas posições teológicas cristãs. Para certos cristãos modernos e pesudo-eruditos, diabo,demônios, espíritos malignos são apenas metáforas, adjetivos de algo que não representa o bem, e aí cabe-se qualquer coisa.



As Circustâncias


Muito bem, a tragédia do Rio de Janeiro tem raízes nas circunstâncias. Não foi Deus que matou as pessoas, que teve algum  prazer na sua desgraça e sofrimento. As vítimas e todas as pessoas, o país com seu enorme prejuízo econômico e social, a espécie humana são presas de algo maior tanto do ponto de vista macro como mais próximo da tragédia localizada. As mudanças climáticas hoje amplamente noticiadas e conhecidas, ensinadas desde o ensino fundamental são definitivas naquilo que produzem fisicamente no mundo e encontram seres humanos, grandes agrupamentos humanos em lugares em que não deveriam estar de fato.

Se eu morar no Japão experimentarei o desprazer de estar sujeito a incidência de algum terremoto mais que em qualquer lugar do mundo. Não é culpa de Deus. Nevascas no Canadá, seca no Nordeste e inundações na Austrália e nessas regiões do Rio de Janeiro.Um pesquisadora analisou aquela região durante trinta anos e advertiu aos diferentes governos de que algo de pior poderia
acontecer. 

O experiente jornalista Paulo Henrique Amorim, no meio de toda aquela devastação, com os pés cheios de lama , perguntou a ela, uma professora universitária, uma geóloga, com especialização em exatamente aquele problema: "- A sua pesquisa salvou quantas vidas?" Ela não respondeu e depois repetida a pergunta, meneou a cabeça e disse: "- nenhuma..." Ou seja ninguém lhe deu ouvidos ou tomou conhecimento do aviso e urgência que representava o seu trabalho.

E o que a Bíblia diz? A Bíblia fala muito de circunstância. Tantas vezes isso é tão clara e vivamente exposto nas Escrituras, que demandaria um livro  só sobre o assunto. Abel fora exposto a uma circunstância, um irmão gêmeo, alguns defendem e outros negam, o fato que era um irmão ciumento.


Eu tive sob certo aspecto um irmão, vinte anos mais velho do que eu, um meio irmão, o que de certa forma não me aceitou inteiramente. Jamais fomos amigos sem contudo sermos inimigos. Isso é circunstância. As vezes você pode fazer algo, elas podem ser mudadas, outras vezes não. As circunstãncias estão a sua volta, ao seu redor, você dentro delas, algumas mudam somente com o tempo, para melhor ou para pior.

Ló em Sodoma representa uma circunstância. Deus teve que tirá-lo de lá,antes do acontecido, mas na maioria das vezes não queremos deixar a nossa segurança e opinião sobre certas coisas. A mulher de Ló não queria deixar a cidade. Esaú e Jacó, irmãos preferencialmente diferentes do ponto de vista de seus pais e portanto competidores ente si, circunstãncias. Sansão, possivelmente, forte e belo como possivelmente deveria ser, não via em nenhuma hebréia uma mulher que combinasse com o seu próprio porte físico. Repare que rapazes e moças fisicamente belos acima da média fazem questão de escolherem parceiros também belos acima da média. Circunstâncias...circunstâncias.

Sobre Pedro, o Senhor Jesus dissera que Satanás reclamou, pediu, argumentou, para que ele Pedro fosse cirandado como trigo na peneira, ou seja, que houvesse uma circunstância de provação e tentação acima da média, específicas direcionada a Pedro. Paulo reclamou de um tal "espinho na carne", uma determinada circunstância negativa na vida de Paulo. As pessoas morreram , perderam as suas casas e bens, ficaram órfãs de filhos e de pais, de cônjuges devido a uma circunstância maior: geográfica, climática. A mesma chuva que provê água para agricultura e para que tenhamos alimentos, é a mesma que os matou e afligiu, por estarem,sem saber nos lugares errados. A culpa não foi de Deus. Não é  de Deus.


O Destino

Muitos entendem que tudo está escrito, determinado, como disse, a maioria das pessoas no mundo incluindo talvez você tenha essa posição. Enfim, católicos diante da morte de alguém dizem:" Foi vontade de Deus". Evangélicos também e uns mais do que outros. Isso soa bonito mas não reflete o que a Bíblia diz sobre destino, futuro, etc.

NA PRÁTICA TODOS OS SERES HUMANOS SE DIVIDEM  CIRCUNSTANCIADAMENTE, EM DETERMINISTAS E NÃO DETERMINISTAS, FORA E DENTRO DO CRISTIANISMO. OS MATERIALISTAS TAMBÉM SÃO DETERMINISTAS BASEANDO SUA COSMOVISÃO EM PROBABILISTAS E EVOLUCIONISTAS.

Ou seja: alguns dizem "não há como explicar ou escapar de um destino "X'. Aceitamos as desgraças porque simplesmente elas estariam determinadas a acontecer! Assim como a "sorte" o outro lado da moeda oposta ao infortúnio. Outros entretanto podem asseverar muito contrariamente: Não tudo está em aberto e podemos construir ou burlar qualquer coisa que se entenda como destino, nada na realidade obedece lógica alguma, viva e morra do jeito que der.

No primeiro caso, na primeira posição Deus pode ser chamado a legitimar o destino ou não. Religiosos podem proclamar diante de uma desgraça que "Deus quis assim". Ateus modernos, podem dizer que tal desfecho foi apenas uma coincidência de determinantes que não poderiam ser alteradas. A pretensa evolução do macaco a homem, para esses é algo que fatal e inevitavelmente se daria como a auto extinção, ou ainda a extinção sumária do ser humano um dia. ASSIM COMO VEIO A EXISTIR SEM CAUSA ALGUMA, ASSIM SE VAI.

Como a Bíblia em toda a sua revelação nos esclarece ou lança alguma luz sobre essa situação pondo fim a um dilema histórico  da humanidade?


Se perguntássemos a boa parte de ateus sinceros, aqueles que não militam contra as religiões por ativismo ideológico ou particularmente contra o cristianismo por motivos obsessivos e em por  certa causa vingativos, por terem tido uma religiosidade imposta que se mostrou falsa a eles geralmente na juventude, diriam que são ateus por não aceitarem a explicação genérica religiosa de que "fora a vontade de Deus." De fato a ética e moral cristã muitas vezes herdada e cultivada internalizadamente se choca definitivamente com uma explicação casuística  e intencionalmente pacificadora de que Deus quis tamanha injustiça. Não é essa a compreensão que a Bíblia passa a quem aprende a ver através dela a dura realidade da vida. Logo por mais que religiosos, líderes religiosos responda as interrogações angustiadas dessa forma, essa resposta fácil, não é a que vemos e entendemos pelas Escrituras judaico-cristãs.


A Bíblia nos revela que Deus sabe todas as coisas, sendo isso um ponto pacífico entre todos os teístas. Não apenas os muçulmanos, os judeus e os cristãos. A Bíblia fala de destinados a várias coisas, e esses geralmente cumprem o seu "destino", papel relacionado a algo, mesmo com forte e decisiva oposição. Abraão, Moisés, Sansão, Davi, Salomão, Jeremias, Ester, José, Jonas, Maria, Izabel, João Batista, Paulo ( saltei tantos, mas foi apenas um exemplo ) dentre tantos.

Um pastor  de uma igreja morreu ao tentar trocar uma simples lâmpada, após colocar uma escada no meio da nave da igreja, desequilibrou-e caiu . Deus não o matou, ele morreu devido às circunstâncias. Se ele tivesse sido predestinado a pregar na semana que vem em uma cidade "X", nada lhe aconteceria. Os dois maiores predestinados na Bíblia são sem dúvida João Batista e Jesus Cristo. E como todos os demais são predestinados a uma obra, uma causa, a uma intervenção divina na história humana. E mesmo esses dois , sobre esses dois temos claros registros nas Escrituras que eles tiveram que escolher o que fariam em pelo menos uma ocasião importante cada um deles.

Como alguns são destinados a fazerem coisas não sabemos, não podemos conhecer cada caso. Mas Deus não sai matando uns e outros de forma tão ridícula e deixando outros que não valem nada vivendo.  Seria a versão de "Deus não joga dados mas joga videogame". O destino não explica isso,  não é assim que as coisas se dão. Os que morreram na tragédia do Rio, deixando filhos órfãos, esposas e maridos viúvos, outros sem uma semente, um descendente...não foi o destino a razão de suas mortes. Isso deve estar claro na mente e no coração das pessoas.

DEUS NÃO MATA AS PESSOAS INOCENTES SEJA EM QUAL FOR A CIRCUNSTÂNCIA TERRÍVEL QUE TENHAM ESSAS PESSOAS SIDO VITIMADAS. NÃO COMETAMOS O ERRO DE ATRIBUIR A DEUS ALGO QUE NÃO VEM DELE,SEJA COM ALGUMA BASE "TEOLÓGICA", SENSO COMUM OU OUTRA MARACUTAIA. ESSA NÃO É A VERDADE E NÃO DIMINUIRÁ DE FATO, A NÃO SERE POR UMA ESTÚPIDA ALIENAÇÃO DA REALIDADE, A DOR RESULTANTE DE CIRCUNSTÂNCIAS ERRÁTICAS DE VÁRIAS NATUREZAS INCLUINDO ATÉ NOSSAS PRÓPRIAS CULPAS.



Então temos: Circunstâncias e destino. Vamos  agora ao mal.


O Mal

A Bíblia fala de Satanás. Um certo teólogo defendeu ardorosamente que a Bíblia não fala quase nada de Satanás, embora nos informe que ele exista de fato. Outro asseverou que os textos usados para nos dar uma melhor idéia da pessoa de Satanás não são a ele relacionados como se compreende mas somente históricos, portanto não proféticos e não reveladores de sua origem. Erros de tradução asseverados a Vulgata e tantos outros argumentos estranha e determinadamente defendidos para causar nos ouvintes a impressão do sacerdote católico romano, mais conhecido como padre Quevedo, cujo bordão mais conhecido é exatamente: "_ o Diabo não "eqxiste"! "  A teologia moderna produzida por doutores, pós doutores acha medieval toda referência real ao Diabo, a Satanás, aos demônios. Os Neopentecostais são ojerizados, entre outras coisas pela suas "entrevistas com demônios", menos por serem estranhas, mas pela negação da existência e atuação real deles nas vidas das pessoas. A teologia oficial das igrejas tradicionais nega taxativamente o poder e a manifestação dos demônios hoje.

O mal, é conceito e tem para muitos origem no próprio Deus. Incrivelmente o paganismo sempre creu assim. A mão que crava a faca e o ventre que é ferido por ela vem de Deus, reza o tauismo. Desgraças ou são atribuídas a Deus ou ao Diabo não há meio termo. Alguns dizem que Satanás não tem poder sobre a natureza. Bem ele não tem todo o poder, mas com a permissão de Deus, matou todos filhos de Jó, caindo inclusive fogo do céus. Entretanto a tragédia da região serrana do Rio de Janeiro não foi obra do Diabo, embora ele possivelmente gostaria que fosse. Há casos entretanto que determinados desastres e tragédias são de causa diabólica, geralmente mediadas por pessoas, mas esse é outro assunto.

O DIA SEGUINTE

Vimos que as causas da tragédia no Rio de Janeiro e outras como no Haiti, Austrália, etc, são causadas pelo fato do homem, do ser humano ser refém das circunstâncias, que naturalmente são maiores do que ele, contra as quais somos impotentes e inocentes. Mas haveria como escapar de desastre de como esses?
Sim. Individualmente sim. Deixe-se guiar por Deus. Não compre um propriedade, um veículo, não vá a lugar nenhum sem perguntar para Aquele que conhece todas as coisas qual é a Sua vontade. Na oração do Pai  Nosso, o Senhor Jesus nos lembra para pedirmos que " o Pai nos livre do mal". Nos livrar como? Na hora do desastre? Sim e também, mas por que não antes, bem antes?


Na hora de se separar de Ló, por questões circunstanciais, servos de Ló e de Abraão estavam em constante contenda nos mesmos pastos, Abraão pediu a Ló que escolhesse primeiro. Ló escolheu a melhor região, a mais próspera, a que tinha cidades, a região de Sodoma e Gomorra.

Como não comprar a casa e lugar tão bonito?

Como não viajar para a praia?

Como não ir aquela festa?

Como não comprar aquelas roupas, aquele carro chique, usar aquele relógio caro? aquele celular? como não pensar em outra opção?  Como não orar?


A Bíblia no ensina a colocar, depositar, toda a nossa vida, o nosso futuro diante de Deus?

Teria Ele o pior para mim a ponto de eu temer saber a sua opinião e vontade?

Finalmente é irrazoável que toda a população de um lugar quase do tamanho da Jamaica, andasse tão próximos de Deus e conhecesse tanto a Sua vontade, não serem tirados de lá antes do desastre iminente. 


Eu não sei se alguém ou quantos me aturaram ouvindo ( lendo ) essas reflexões até aqui, mas eu não posso me furtar a uma opinião que pode ser uma exortação da qual Deus concorde: o que conta segundo as Escrituras é o quão próximo de Deus andemos, não é a sua igreja, denominação, nem mesmo se é evangélico ou católico romano.


Vejo irmãos se digladiando por uma ou outra opinião teológica, pastores ( !?! ) que deveriam saber algo acima da média e serem guias espirituais de suas ovelhas... Essas tragédias tem seu lado bom a custas de muitas tristezas e dramas, expõe a nossa face prepotente e religiosa. Não somos nada, até pelo menos que tenhamos aprendido lições básicas. Confesso que eu  tenho aprendido sim nesses dias, a partir das lições daquelas pessoas. Tenho que aprender de Deus, deixar-me guiar por Deus, ou andar solitário, por minha própria conta nesse mundo, sob o poder das circunstâncias limitadoras e até destrutivas do mundo e da vida.

Nosso Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe.

Por Helvécio S. Pereira



* Essa postagem foi escrita por ocasião das tragédias de 2010 e as suas lições não são passageiras, mas perfeitamente atuais diante de cada tragédia ocorrida no presente, em qualquer lugar do mundo e em qualquer época da história humana, no passado, no presente ou no futuro.
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terça-feira, 12 de setembro de 2017

A FÉ E A ALEGRIA DE UMA IGREJA JOVEM NASCIDA EM UM PAÍS COM MAIS DE MIL ANOS DE HISTÓRIA E CUJA LÍNGUA E ESCRITA MODERNA SE DEVE AO TRABALHO DE DOIS IRMÃOS CRISTÃOS QUE CRIARAM UM ALFABETO USADO NÃO SÓ EM SEU PAÍS MAS NO MAIOR PAÍS DE MAIOR EXTENSÃO TERRITORIAL DO MUNDO.



Curiosamente a minha atenção para a Ucrânia e seu amável povo se deveu a um movimento que nascido lá aparentava ter boas intenções e que hoje se transformou ( ou mostrou a sua verdadeira face ) como um movimento anti-Deus e apoiador de várias depravações: o Femen ucraniano.

A partir da minha atenção às belas jovens ativistas e seu inicial combate à pornografia e a prostituição instituída e incentivada em seu país e com o bordão justo que dizia" A Ucrânia não é um bordel!" pude prestar a tenção a outros aspectos desse país com uma história duas vezes mais antiga que as próprias Américas: desde a forma como o cristianismo chegara até eles como chegara a toda à Rússia.

Particularmente como em tempos mais recentes, graças ao trabalho evangelístico de Adventistas e a grande e bem sucedida deistribuição de Bíblias, abrindo porta para outras igrejas evangélicas no país, há na Ucrânia hoje uma igreja viva, dinâmica, que ama e teme ao Senhor e que dEle testemunha com grande sucesso.E como é bom ver a alegria, o fervor, e a prosperidade dessa igreja e desses irmãos que não há muito tempo enfrentaram quase uma guerra franca e divisão de seu país a partir dos conflitos de interesse com a sua antes dominadora Rússia ( outra nação que experimenta o conhecimento do verdadeiro Evangelho com o nascimento de tantas igrejas e ministérios frutíferos e abençoados, afinal, seja onde haja o povo de Deus, independentemente das barreiras linguísticas, culturais e políticas, somos, sem dúvida um no Senhor Jesus e temos imediatamente como resultado dessa mesma fé um simpatia e uma empatia reais e verdadeiras.

Abençoadamente uma das seguidora do movimento Femen da Ucrânia, a brasileira Sara Winter, desligou-se do movimento e hoje é uma verdadeira cristã, mãe e esposa e tem testemunhado da sua nova fé em Jesus Cristo. Oro e torço para que muitas ex-femens, assim como ela, largue o  engano d e mais um ativismo feminista, e possa canalizar toda a sua jovem energia como mulheres santificadas e testemunas de Jesus. Oro e esporo que Sasha Seveshenko e Anna Seveshenko, com as quais pude conversar algumas vezes possam um dia conhecer a Igreja Novo Tempo ( New Time Church, em Kiev, na mesma cidade onde elas vivem, e dessa forma conhecer a Jesus Cristo se convertendo verdadeiramente a Ele. Afinal são duas almas preciosas que valem ( como todas e cada alma humana ) mais que o mundo inteiro.


Abaixo uma mostra agradável e animadora de como essa abençoada igreja cujo querido pastor Andriy Kuksenko  e sua esposa, dirigem em Kiev a qual vemos crescer e ter acrescentadas a cada dia novas pessoas, novos irmãos e irmãos, sempre louvando a Deus com enorme alegria e prazer! 

Por Helvécio S. Pereira*

* graduando em teologia  e graduado em arte-educação




Hillsong's Oceans in the beautiful Ukrainian language. Переклад: Дмитро Чаплаєв Текст та акорди: 1 куплет - Hm A D, A G Мене Ти кличеш над водою Де не встоїть моя нога Тебе в пригодах відшукаю Осяє віра океан Приспів - G D A, G D A, G D A, G A Hm Твоє ім'я прикличу я Сховаю очі в небесах Душа моя Спочине у Твоїх руках Ти мій Господь Твоїм є я 2 куплет В глибинах вод перебуває Твоя безмежна благодать Де страх і темрява стискають Твоя рука покаже шлях Брідж - Hm G D A Дух, веди мене невпинно за Собою Щоб ходив я над водою Куди б Ти не покликав Проведи мене в глибинах неосяжних Щоб міцніла віра завжди У Твоїх очах, Спаситель












Você pode assitir uma transmissão ao vivo e saber mais sobre a Igreja New Church nos links abaixo:

http://xscenter.org

http://time4u.in

https://www.youtube.com/user/TheNewtimechurch





sábado, 9 de setembro de 2017

AS PROFECIAS E AS ÚLTIMAS COISAS E UM GRANDE FATO DESAPERCEBIDO OCORRIDO NÃO HÁ MUITO TEMPO


Um dos dilemas reais e dos que se propõem a ler a Bíblia é como uma profecia determina ou apenas antevê o que de fato sucederá.

Judas e sua traição foi prevista cerca de setecentos anos antes do nascimento do Senhor Jesus Cristo, porém Judas não foi obrigado a ser e fazer o que que fez! ( uma análise da vida de Judas foi feita em outra postagem desvendando boa parte das circunstâncias históricas conhecidas acerca da sua personagem )

Calvinistas na sua cosmovisão asseveram que tudo está escrito e determinado, na visão deles pré determinado a começar pela salvação seguido-se ( por coerência ) a todas as demais coisas chegando ao exagero e no erro de creditarem a Deus todo o mal acontecido a cada pessoa sobre a Terra em toda a história humana. Nem é necessário no momento, mais uma vez, demostrar o quanto estão pateticamente errados, biblicamente mas também diante dos fatos cotidianos e rais diante de nós. Assemelha-se a cosmovisão calvinista a teologia das Testemunhas de Jeová, biblicamente não se sustenta e diante da realidade se contradizem grosseiramente! Mas uma análise do calvinismo e de outros erros interpretativos do mundo, foram feitas em outras postagens, para calvinistas, arminianos, católicos, ortodoxos e para todos que têm em Cristo a esperança máxima e única de redenção, os fatos a que essa postagem objetivamente trás a público é o que realmente importam!

Logo Judas não pecou porque nasceu para cometer o desatino que cometeu mas Judas ao longo da sua vida e por haver circunstancialmente estado próximo à existência do Salvador fez todas as opções erradas diante da possibilidade de ser um discípulo de Jesus, um crente, um convertido e um salvo. A revelação profética desse desastre foi usado por Deus como prova para nós os que ouviríamos acerca de Cristo e teríamos nesse e em outros fatos uma confirmação de que Jesus era de fato o Messias prometido por Deus para a salvação dos que cressem nEle.


Entretanto, Satanás, que não vê o futuro, nem mesmo um palmo diante de seus olhos se assemelha a um ser humano inclinado ao mal que apenas racionalmente joga com as deduções que faz, como um audacioso estrategista que almeja ganhar uma disputa a todo custo, mesmo com o jogo claramete perdido ainda tenta todas as possibilidades!
Satanás jamais teve certeza de que Jesus era o Messias, mesmo porque o número de malucos ( naquele tempo e hoje ) por simples distúrbios mentais, como o brasileiro Enri Cristos, almejavam e almejam ser de profetas a Messias, e não poucos acharam em preno século vinte que não morreriam ( e claro morreram). Desse modo Jesus Cristo, o verdadeiro Mesiais poderia apenas ser mais um maluco!

O Diabo então toma Jesus no deserto e leva-o ao ponto mais lato do Templo e mostra-lhe ( talvez numa visão realista e futurista ) todos os reinos do mundo, possivelmente o auge do śeculo XXI, de longe muito mais glorioso que o século XXVII aD ( data mais real do evento em questão ) e diz como sempre uma meia verdade: "porque são meus e a mim foram dados". Jesus em outro momento o chamara de "príncipe desse mundo" confirmando essa triste realidade. Nem contudo após a morte de Jesus Cristo, após todos os milagres e ensinamentos Satanás teve certeza de que Jesus era a o Messias, somente após a ressurreição do Salvador e a tática de Satanás foi perseguir e lutar contra a Sua Igreja, a Igreja de Cristo,perseguindo, torturando, matando, usando de Judeus a pagãos para apagar da história humana o evento feito pelo próprio Deus, a obra acabada da nossa redenção!

Mas de lá para cá Satanás usa outros artifícios: entra na própria Igreja de Cristo e enfraquece por dentro embora fraca e errática ela cumpre o papel de preservar a história de Cristo e fazer que todo o novo mundo, as Américas ouçam e saibam que há um Salvador e esse é Jesus Cristo nascido de uma virgem em Belém.

O Catolicismo impede que uma outra força, o Islã, nascido pro volta do séculoVI aD seja a religião única ( algo que o Islã pretende até hoje e talvez mais do que nunca ). A renovação do Cristianismo começa com a Reforma, avança por séculos com os protestantes trazendo a Bíblia como a Palavra de Deus para um primeiro plano!  

Se não fossem os Reformadores, a Bíblia deixada nos ostracismo seria facilmente substituída por uma imitação satânica, o Corão. Seria rica a abordagem de todas as contradições, lutas e perseguições internas ao próprio cristianismo, mas não é se o momento. Certamente todos esses conflitos só aconteceram pelo fato de Satanás e seus demônios servis a ele, aproveitarem das fraquezas, das ambições humanas e da sua fraca e errática percepção das coisas de Deus, coisas que, dado o perigoso espaço, o inferno ( metaforicamente Satanás e todos os demais demônios ) conseguem em certa medida ainda nos dias de hoje das mais diversas formas.

A razão dessa postagem

É de fato  simples: uma prova de que Satanás, embora não veja o futuro, e mesmo sabendo que não poderá jamais mudar os rumos e objetivos que Deus tem para ele, Satanás e todos os seus anjos caídos com ele, recusa-se a aceitar o seu futuro. Como um animal teimoso ( e furioso, a Bíblia o descreve assim! ), não consegue fazer algo que seja diferente do que parece sempre ter sido a sua ação desde que a iniquidade foi um dia nele manifesta de algum aforma  em si mesmo ( foi achada iniquidade nele ). Dessa forma agindo exatamente como sobre ele são descritas cada uma de suas ações ele não consegue fugir a um script que ele estranhamente tem prazer em seguir!

De fato o que Deus revelara através de seus profetas  é o que acontecerá, pois Deus já viu essas coisas acontecendo como se fosse algo como vemos no presente. Entretanto Satanás agindo como foi revelado não só confirma essas revelação como ele mesmo zomba do ser humano ao aparentar ser o agente realizador, protagonista desses mesmos eventos! Como se mentisse para si mesmo, creditando que é diretor de suas próprias derrotas! Mais ou menos como um criminoso que não pode negar seus crimes se vangloria em tê-los realizado com inteligência e complexidade surpreendentes.

No vídeo a seguir, a descrição de um evento real, mais ou menos recente, registro de um grande fato científico e tecnológico moderno em que fica patente e dificilmente inegável a forma como um espírito anti-bíblico, satânico, deixa uma prova zombeteira, de que mesmo irreversivelmente Satanás se vangloria de ser uma das personagens relevantes nos eventos próximos e futuros da humanidade.

Algo semelhante se dá hoje, prevista pelo apóstolo Paulo, revelada nas Escrituras, a rebelião sexual dos dias atuais, encontra não poucos homossexuais e defensores conhecedores da advertência bíblica sobre suas atitudes pecaminosas, que não só ativamente se rebelam contra a Bíblia como não atenuam a sua rebeldia e pecado, festejando e aprimorando ainda mais a sua rebelião.

No vídeo a seguir você verá como Satanás pessoal e diretamente, inspirou e dirigiu uma cerimônia que registra de tal modo real e pouco sutil todos os principais eventos e confronto que em breve ocorrerá no mundo. Os detalhes tão claros só passam desapercebidos a quem curiosamente for muito ignorante e alienado acerca do que a Bíblia revela sobre as mesmas coisas.


Por Helvécio S. Pereira*

*graduando em teologia




terça-feira, 5 de setembro de 2017

POLÊMICA: OS DISCÍPULOS DE JESUS NÃO ERAM CONVERTIDOS / O QUE É UMA CONVERSÃO GENUÍNA?


É perigoso fazer de um verso das Escrituras uma doutrina, ou uma afirmação teológica radical, a história da igreja cristã no mundo é prova incontestável disso. Cristãos bem intencionados ou minimante apressados são pais de verdadeiros e desastrosos erros teológicos, alguns se perpetuando por séculos e servindo de forte ou pelo menos perigoso entrave à verdadeira pregação e ensino do verdadeiro Evangelho.

Não é meu desejo nessa altura da atuação da igreja cristã e particularmente da igreja protestante, hoje mais conhecida após várias e importantes constatações de igreja evangélica, cometer ou ainda induzir outros ao mesmo erro. Nem acho que essa afirmação feita na chamada dessa postagem mude muita coisa, ou que mude alguma coisa que mude radical e positivamente qualquer pregação ou ensino na igreja cristã.

Qual a utilidade então? criar uma curiosidade e dar uma pseudo resposta, criar uma gueto teológico? gerar teses teológicas para ocupar o tempo ocioso de crentes sob uma aparência de diligência escriturística? não. O que eu digo, algo lembrado em uma simples meditação enquanto caminhava, se constatada pelo que há de registrado nas Escrituras, na Bíblia Sagrada, apenas confirmaria o que se tem como compreensão indireta, ligado à fé e à conversão posterior a essa fé, definindo de forma mais clara como esses fenômenos se processam no crente, no cristão. hoje e no passado.

Há um consenso mais que natural de que para salvação é imprescindível a fé em Jesus Cristo, já que não há segundo as mesmas Sagradas Escrituras, salvação em nenhum outro nome dado nos céus ou abaixo do céus a não ser nele: Jesus. Há controvérsias também naturais ao descrever esse fenômeno pós  sua realidade nas vidas dos que crêem.

Um erro simplório e desonesto, é o de exatamente escolher que versos das Escrituras dão suporte à uma crença específica ou afirmação isolada. Outras vezes os versos são isolados do seu contexto temporal, local e para quem as afirmações em questão são de fato dirigidas por quem as fez. Isso é claro quando calvinistas rejeitam a operação de milagres aos moldes dos Evangelhos e do livro de Atos dos Apóstolos, dizendo que as palavras ditas no famoso "ide" em Marcos, não se dirigem a nós hoje mas somente aos ouvintes daquela declaração. Do mesmo modo aceitam que a escolha dos doze primeiros discípulos na declaração enfática do Senhor Jesus, não se referiam somente a eles mas aos predestinados à salvação de todos os tempos. Essa diferença e erro de citação será devidamente esclarecida ainda nessa postagem.

Fugindo do "teologês" que elitiza e torna o conhecimento e a compreensão da revelação escriturística algo cansativo e às vezes impossível para pessoas com limitação escolar formal, gostaria de lembrar que  para alguns, Deus vai ao encontro da pessoa que ainda não conhece a verdade e opera nela tudo, a crença e a compreensão e a consequente transformação de valores, ideias e comportamentos o que redunda na prática no chamado Novo Nascimento.

Outro grupo pensa que ao ouvir a pregação do Evangelho, direta ou indiretamente, das mais variadas maneiras, desde um convite para um "show gospel", uma reunião de oração, uma sessão do descarrego, um estudo bíblico, uma visita, um ar livre ( ainda tem? ), uma visita a uma igreja só para conhecer, uma cura milagrosa, um  livramento qualquer etc, etc, etc, seja qual for o motivo e o meio, a pessoa começa a dar atenção e se interessar em saber mais de Deus, de Jesus Cristo e da grande salvação oferecida nas Escrituras.

Finamente essa pessoa, homem ou mulher, confessa que crê, se batiza, e se coloca agora como crente, como cristão, no caminho da salvação. Mudanças radicais acontecem nessa pessoa, algumas mais imediatas, outras, mais demoradas, nascendo um amor a Deus e pelas coisas de Deus e desse modo até o fim de sua vida, esse homem ou essa mulher, buscará mais e mais de Deus, e em seu coração a maior esperança é a de justamente um dia vê-lo face a face, justamente aquele do qual se creu, sem vê-lo, só de ter ouvido acerca dele.

Em resumo  essa é a experiência de todo crente verdadeiro. O viés teológico, a denominação, o tipo de culto e liturgia, pontos menos importantes embora sempre existam não constituem nem de longe, por comparação o centro da vida cristã desses crentes, mas o amor e a comunhão com o seu Senhor e Salvador. Alguns por razões naturais terão condições de saber muito, ou pelo menos muitos mais detalhes sobre a sua fé, outros de características intelectuais e educacionais mais modestas se contentarão e guardarão a simplicidade do que conseguiram reter e entender. Esses são os pequeninos dos quais o Senhor Jesus advertiu ( a todos nós ) que não podemos nem por sonho fazê-los tropeçar.

Há uma compreensão e consenso de que essa experiencia aqui resumida e colocada de maneira até simples, é na prática a conversão facilmente observável nas pessoas em todas as igrejas. Mudança essa constatável por coisas também simples: um largou a bebida, outro o fumo, outro as drogas, outro a prostituição e por aí vai. Familiares, amigos, colegas de serviço, todos são testemunhas de que algo aconteceu, e os fatos são incontestáveis, sejam testemunhados por quem crê, tenha a mesma fé ou outros que ainda não creiam e não tenham a mesma compreensão. Vejo isso todos os dias, histórias de conversão nas mais diferentes igrejas.

Muitos depois de anos, após contarem eles mesmos os fatos e as mudanças por eles mesmos experimentadas, mudanças reais, mas que duraram apenas algum tempo, ou negam a fé confessada ou assumem uma confissão mediana e conciliatória, crêem mas com reservas, não vivendo uma vida que tenha a coerência necessária com o que um dia compreenderam e creram. Isso é as vezes tão comum e facilmente constatado entre celebridades que se convertem, artistas, políticos, etc, com grande repercussão, inicialmente  apressadamente positiva e depois escandalosa promovendo confusão ou contaminado a seriedade de tantos outros testemunhos duradouros de outras pessoas anônimas e até de outras celebridades e artistas.

Embora seja esse um fenômeno atual amplificado pelas tecnologias de comunicação, redes sociais, internet, imprensa, mídia radiofônica e televisiva cristã e secular, etc, devemos compreender que esse fenômeno e fatos desse tipo sempre ocorreram em toda a história da igreja, inclusive desde o seu início na época dos fatos registrados no próprio livro de Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento.

A igreja, pastores, teólogos ou cristãos e crentes anônimos se dividem em uma das duas explicações mais cômodas: ou essas pessoas se converteram de forma incompleta, nunca converteram ou converteram de fato e simplesmente decaíram da fé, alguns até apostatando da fé que um dia aparentemente professaram e até testemunharam diante de tantos holofotes oferecidos até pela própria igreja evangélica ávida por tirar proveito de testemunhos de celebridades com multidões de fãs no meio secular e muitas vezes terrivelmente profano e irrecomendável.

Que tem a ver a chamada acima dessa postagem com as colocações feitas nessa aparente introdução?

Simples: trata-se de uma resposta prática  que vem de encontro a essa situação real. O que é de fato uma conversão e quem são as pessoas convertidas?

Portanto tratemos de cada uma dessas questões em separado.

Há uma diferença básica entre os discípulos, particularmente dos doze inicialmente que acompanhavam  o Senhor Jesus e cada pessoa que vai a uma igreja pela primeira vez, pela segunda vez, por inúmeras vezes e que lentamente entende e crê no Evangelho e se une a essa mesma igreja e nela permanece ou migra para outras denominações, também por vários motivos, mas permanece crendo e amando a Deus e esperando em nosso Salvador Jesus Cristo até o fim da vida, terminando a carreira cristã e guardando a fé que nos salva a todos e a cada um de nós.

A diferença é que eles, os doze discípulos,  não eram convertidos, como entendemos ao ver hoje um crente após aceitar a Cristo como seu Senhor e Salvador. Eles foram escolhidos para seguir a Jesus e  vendo tudo o que Jesus fazia, testemunhando cada milagre, pudessem finalmente crer nEle.

Qual a base bíblica e segura para isso?

Vamos por partes mais uma vez:


Sobre Pedro, o próprio Senhor Jesus, disse claramente que o mesmo não era convertido ainda. Leiamos o registro dessa fala e o episódio de seu acontecimento:

Lucas 22. 31 – 34 

Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos. Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto para ir contigo, tanto para a prisão como para a morte. Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro, que hoje, três vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante.


É dito com toda a clareza que Pedro em um futuro após aquele episódio se converteria ( declaração feita pelo próprio Senhor Jesus ) e após isso deveria fortalecer seus irmãos ( de fé ). Pedro não aceitando a declaração explícita e impossível de ser contraditada feita pelo Senhor Jesus, declara a sua disposição em ficar ao lado do Senhor, ser preso com Ele e ainda morrer com o Senhor, ao que o Senhor Jesus revela em uma profecia: hoje três vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante. Profecia cumprida, realizada fielmente. Logo Pedro não era convertido, embora tivesse algum tipo de fé claro, no Deus de Israel e em Jesus, mas como tal ainda que intencionasse fazer o melhor para Deus com o seu entendimento não o conseguiria na prática, algo só possível, como foi após a sua conversão!
O mesmo ocorre hoje com católicos, anglicanos e não poucos grupos protestantes e paraprotestantes, têm um conhecimento de Deus, crêem que Ele exista, entendem as confissões religiosas de suas igrejas cristãs, as apóiam e até as defendem, são religiosos e se alegram com acontecimentos, ações e com a ética cristã em suas respectivas igrejas e religiões cristãs, mas daí a terem uma conversão completa é uma outra questão importante a ser colocada seriamente buscando respostas.


Mas seria Pedro o único "não convertido" no grupo?

Vejamos o caso de Tomé:



"Ora, Tomé, um dos 12, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei". João 20.24.


Após a ressurreição, após todos terem já se encontrado com o Senhor Jesus e ao dizerem isso a Tomé, esse reage raivoso, quer provas e diz com todas as letras quais as provas bem definidas que podem convencê-lo. Se não for do jeito dito por ele, de modo algum acreditarei!



Alguém pode, com segurança, dizer que Tomé era um convertido, como nós compreendemos ( e exigimos dos outros ) hoje? Poderia alguém ser convertido parcialmente apenas? E Tomé e Pedro seria exemplos desses casos? Em que a aparência de piedade, os exercícios e procedimentos religiosos, não são suficientes para produzir posicionamento, ousadia,  e aceitação das coisas de Deus?

Vejamos um caso de clara superstição por parte dos discípulos. Observe que não se tratou de um ou outro mas compreende-se pelo texto de ser uma manifestação de todos sem nenhuma contestação por parte de nenhum deles:  




«Jesus forçou os discípulos a entrarem na barca e seguir, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”. Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!”. Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”. Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Realmente, tu és o Filho de Deus!”» (Mt 14,22-33).



Era noite, ou melhor madrugada, em meio a uma grande escuridão em pleno mar, com apenas iluminação proporcionada por tochas ou candeeiros simples, ou ainda talvez pela luz do luar. No passado e muito mais do que hoje, a noite sempre foi vista como tempo de mistério e sujeito a manifestações sobrenaturais e pouco ou nada explicáveis. Ao verem Jesus, não o reconhecendo de imediato, gritaram: "é um fantasma!" e não só isso, gritaram por causa do medo! Fantasma, espírito de mortos, superstição. Falta de entendimento da realidade, crença em explicações alheias à revelação escriturística. E há de se lembrar que todos eles, sem exceção, eram judeus! Todos, mesmo em níveis diferentes, instruídos na tradição revelada aos judeus em todo o Antigo Testamento, na lei e nos profetas.


Supersticiosos, medrosos do inexplicáveis e sem a crença e a compreensão desejável do que a Bíblia diz  quem somos e como é a realidade da vida e da morte humanas. Seriam esses detalhes apenas algo resultante da cognição, conhecimento relacionado à informação recebida ou obtida? A um convertido não se cumpriria a promessa de que o Espírito Santo nos ensinaria todas as coisas, executando uma milagrosa e imediata limpeza do que seria um lixo em nossas mentes, de forma que uma crença antibíblica seria extirpada da mente do crente tão imediatamente que ela não poderia fazer mais sentido algum, independente do nível intelectual do convertido?



Sobre Judas Iscariotes alguns afirmam que o mesmo estaria determinado a fazer tudo o que fez e que não haveria nenhuma possibilidade a ele ( Judas Iscariotes ) de ser ou fazer diferentemente do que fez. Se isso fosse verdade, todas as coisas patéticas que ocorrem hoje, e que sempre ocorreram no passado por ação de todo e qualquer ser humano seria igualmente verdade. Se não pode ser verdade para todos os fatos não pode ser verdade para o próprio Judas e a explicação verdadeira deve ser obrigatória e claramente outra.



Longe se ser um dilema, a busca de uma resposta de fato satisfatória, se torna clara a luz de outras revelações bíblicas, como  a que declara que um abismo chama outro abismo. Judas cometia vários erros, que isolados e somados, tinham uma enorme possibilidade de terminar como terminou a sua vida. As revelações de Isaías  setecentos anos atrás e as feitas pelo próprio Senhor Jesus, até um pouco antes dos decisivos acontecimentos que envolveriam a traição e crucificação, são revelados através da cortina dos tempos como provas para todos até nós no futuro, hoje, e para os que ainda viverão depois de nós. Mas Judas é culpado exatamente por ter escolhido ter a sua própria compreensão e visão dos acontecimentos.



Uma prova simples de que Judas iscariotes não foi predestinado a ser o homem mais desgraçado de todos os homens que já viveram sobre a terra em toda a história humana, exatamente por ter vivido, ouvido e visto com seus próprios olhos o que muitos homens gostariam de ter tido o privilégio de ter vivido, ouvido e visto e por causa disso poderem ter tido a oportunidade de crerem e serem salvos!


Ao contrário de muitos outros nomes, o nome de Judas não carrega nenhum sentido fatídico como tantos nomes que marcaram episódios amargos ou desgraças familiares, vejamos:

Judas Iscariotes (em hebraico יהודה איש־קריות, Yehudhah ish Qeryoth; em grego bíblico Iouda Iskariôth ou Iouda Iskariotes ) foi um dos 12apóstolos de Jesus Cristo, que, de acordo com os Evangelhos, veio a ser o traidor que entregou Jesus Cristo aos seus capturadores por 30 moedas de prata. Era filho de Simão de Queriote (Jo 6, 71; 13, 26). Judas, em grego Ioudas, é uma helenização do nome hebraico Judá (יהודה,Yehûdâh, palavra que significa "abençoado" ou "louvado"), sendo, por sinal, o nome de apóstolo que mais vezes aparece nos Evangelhos (vinte vezes) depois do de Simão Pedro.


Outro dado que dentre os discípulos, Judas pelo seu perfil e suposta origem, a ele estaria reservado o ministério nada menos do que o de Saulo ( que foi escolhido por Deus para substituí-lo, a ele Judas, rejeitado o nome sorteado pelos próprios discípulos como registrado no livro de Atos ).



Mas por que Judas Iscariotes perdeu tamanha benção e honra, por que foi rejeitado finalmente ( quando Jesus declara a ele, Judas, o que tens de fazer faze- já! ) tendo um destino tão terrivelmente ruim que sobre ele o próprio Senhor Jesus declara, melhor não haver nascido?

Vejamos um pouco mais a partir de informações públicas e conhecidas em todo o cristianismo:

Judas Iscariotes foi escolhido como um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, sendo apresentado, na listagem dos seus nomes, sempre em último lugar (Mateus 10:2-4Marcos 3:16-19Lucas 6:13-16). Mais tarde, ele tornou-se infiel e iníquo, conforme apresentado no Novo Testamento. Era o encarregado da bolsa do dinheiro dos apóstolos: «tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava» (João 12:6). Teria demonstrado exteriormente a sua fraqueza na cena da unção com óleo perfumado em Betânia, onde testemunhou que estava mais apegado ao dinheiro do que propriamente aos gestos concretos com que Jesus demonstrava a sua missão (João 12:1-6).



Nada de errado em cuidar do dinheiro e das ofertas recolhidas algo natural e necessário para manter o grupo em atividade, viajando de um lugar para o outro, se alimentando, suprindo de necessidades básicas ás multidões de ouvintes, seja com água ou alimentos eventualmente providenciados. Judas Iscariotes cuidava do dinheiro, aparentemente por ter talento para cuidar dessa parte, mas ao invés de manifestar justiça, era injusto, ladrão, se beneficiava desse serviço ou ministério específico e necessário.


Entretanto Judas não era distante de Jesus, alguém que manifestasse claramente uma atitude de antagonismo ou contestação explícita, vejamos também:


Embora os Evangelistas digam claramente que «Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar» (João 6:64) e tivesse sido, de algum modo, aduzido e predito, caso se leia o Salmo 55 como uma referência ao que viria a suceder com Jesus, que o traidor seria um "amigo íntimo" - «Pois não era um inimigo que me afrontava; então eu o teria suportado […] Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo» (Salmos 55:12-13) -, há muitos que contestam se Judas estava ou não predestinado a ser o traidor.


Judas entregou Jesus por 30 moedas de prata (Mateus 26:15 - Mateus 27:3), que provavelmente seriam siclos e não denários como freqüentemente se julga e afirma[. Esse era o preço de um escravo (Êxodo 21:32). De acordo com o autor do Evangelho de Mateus, os principais sacerdotes decidiram não colocar essas moedas no tesouro do Templo de Jerusalém, mas, em vez disso compraram um terreno no exterior da cidade para sepultar defuntos (Mateus 27:6-7). Segundo Zacarias, profeta do Antigo Testamento, a vida e o ministério do prometido Messias (ou Cristo) seria avaliado em 30 moedas de prata (Zacarias 11:12-13). Isto significava que, segundo a leitura dos acontecimentos feita pelo evangelista Mateus, os líderes religiosos judaicos foram induzidos a avaliar a vida e ministério de Jesus de Nazaré como dotada de bem pouco valor.

A motivação da sua ação é justificada ou explicada, nos Evangelhos, de diferentes modos. Assim, nos Evangelhos mais antigos, os de Mateus e de Marcos, tal deveu-se à sua avareza (Mateus 26:14-16; Marcos 14:10-11). Já nos Evangelhos de Lucas e de João o seu procedimento é subordinado à influência direta de Satanás - ο σατανας - (Lucas 22:3;João 13:2-27) sobre as suas ações.



O fato é que Judas Iscariotes, não cometeu erros esporádicos, eventuais, mas erros que provavelmente revelavam um modo ou jeito de ser anteriores ao próprio chamamento e discipulado com o Senhor Jesus Cristo. Logo Judas só manifestou algo que sempre foi, teve a chance de se converter e não se convertera. 



Ou seja nem o ambiente espiritual novo, nem as coisas novas vistas e aprendidas, coisas novas explicadas, o exemplo de justiça e perfeitas dados o tempo todo pelo próprio Senhor Jesus não convertera Judas Iscariotes. Embora o seu nome, dado por seus pais por ocasião de seu nascimento, pode dar a Judas Iscariotes o final diferente do que ele mesmo, Judas construiu a cada dia.



Hoje na igreja, em várias igrejas a muitos e muitas Judas Iscariotes, que mesmo expostos à melhor e mais desejável doutrina bíblica não permanecem na congregação dos justos, pois ainda que não tão claramente aos seus pastores e membros de suas diferentes igrejas, dia a dia produzem injustiças que abrindo abismos, chamam outro abismo até a queda final se não se arrependerem!


Judas entretanto não pode se arrepender, apenas sentiu o peso da culpa, e abandonado a suas própria sorte, sob o abandono dos sacerdotes inconversos e hipócritas, distantes do Deus que aparentemente se propunha fanaticamente defender, atormentado possivelmente pelo próprio  Satanás sempre interessado em desviar e acusar os seguidores de Jesus até o ponto de se possível desmotivá-los e finalmente destruí-los na sua própria derrota após servir-lhes a seus priores propósitos, Judas se mata!


Os autores do Novo Testamento, relendo à luz da sua Fé as escrituras do Antigo Testamento, procuraram, de algum modo, mostrar que a morte de Judas fora análoga à que as Escrituras apresentavam para o "desesperado" («Vendo Aitofel que se não tinha seguido o seu conselho, albardou o jumento, e levantou-se, e foi para sua casa [...], se enforcou e morreu» (II Samuel 17:23)) e para o "ímpio" (no deuterocanônico Sabedoria 4:19: «Em breve os ímpios tornar-se-ão cadáver sem honra, objeto de opróbrio para sempre entre os mortos: o Senhor os precipitará de cabeça para baixo, sem que digam palavra, e os arrancará de seus fundamentos. Serão completamente destruídos, estarão na dor e sua memória perecerá.»).
Assim, no caso do Evangelho de Mateus se relata que Judas Iscariotes, ao sentir remorsos, decide suicidar-se por enforcamento: «E Judas, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar» (Mateus 27:5), e nos Actos dos Apóstolos, o seu autor conta que caiu de cabeça para baixo, rebentando ruidosamente nos rochedos pelo meio: «Adquiriu um campo com o salário de seu crime. Depois tombando para frente arrebentou ao meio e todas as vísceras se derramaram» (Atos 1:18). Procurando-se harmonizar e combinar os dois relatos da sua morte pode-se dizer que Judas se terá enforcado, mas que a corda - ou o ramo da árvore onde esta estava atada - se terá quebrado. A vaga por ele deixada - segundo Atos 1:26 - foi preenchida por Matias.

A pergunta entretanto permanece: Judas Iscariotes era inconverso ou um convertido? A resposta simples é valida para os outros: não era convertido ainda e diferente dos outros jamais se converteu e depois do último erro não teve mais tempo!


Mas Deus não poderia tê-lo convertido? Era ele Judas Iscariotes pior que o ladrão da cruz,  do que aquele que creu e do qual desconhecemos quão graves foram os seus crimes? Pedro, Tomé, os irmãos de Jesus não descriam de Jesus, ou pelo menos manifestaram clara e inequívoca dúvida, tão grande como qualquer incrédulo no passado ou ainda hoje? E quando a Saulo que matava ou consentia, era portanto um cúmplice na morte de cristãos, dos que criam no Senhor?



Ou Deus ao observar o que  nós os homens fazemos, favorece ou rejeita cada um de nós? Mostrado misericórdia ou exercendo juízo imediato?




Conjecturas, mas importantes, Judas nunca teria a perspectiva correta das coisas. Hoje nas diferentes igrejas, membros e até pastores, após anos na igreja fazendo tudo o que é feito como costume e cultura, nunca tiveram a perspectiva correta do Reino de Deus, perspectiva essa acalentada e substituída pela própria leitura pessoal que ou se desfaz ou assume contornos eréticos e totalmente antibíblicos teologicamente, terminando em apostasia, heresia ou ateísmo explícito e negacional das verdades antes cridas. Vejamos:



De acordo com alguns estudiosos, Judas de Iscariotes teria sido membro da seita dos zelotes. No quadro de um Messianismo Político do 1.º Século, estaria convencido de que ele, com todo o seu poder, concretizaria a chegada do Reino tão desejado por Israel. Mas, com o tempo, terá começado a sentir-se desiludido, porque Jesus não terá correspondido aos seus ideais e expectativas. Desencantado com Jesus, o terá entregue ao Sinédrio, para assim unir o povo judeu numa revolta contra Roma e desencadear o estabelecimento imediato do Reino de Deus. (Ref.ª Diário de Noticias de 21 de maio de 2006, Secção Opinião, Anselmo Borges, Padre e Professor de Filosofia; National Geographic, Abril de 2006, pág.; História Viva, Novembro de 2003, pág. 61-5; O Processo de Judas, Dr. Remy Bijaoui, Imago, 1999).


Esta visão é apresentada em muitas obras literárias e no cinema, com especial atenção para A Última Tentação de Cristo (1988), baseado no romance do mesmo nome de Nikos Kazantzakis (1954), mais tarde (1988) transformado em filme dirigido por Martin Scorsese, além do filme O Rei dos Reis, clássico sobre a vida de Jesus Cristo de 1961 dirigido por Nicholas Ray, onde apresenta Judas (interpretado com brilhantismo por Rip Torn) como um zelote, que auxilia Barrabás na luta contra a Opressão Romana, e que ao se juntar ao grupo de Jesus, ele está convencido que o Galileu instalará o Reino de Deus na Judeia, pois Jesus tem o poder de fazer milagres, e que assim, liquidará com todos os opressores romanos. Para provar o poder de Cristo, e também com a finalidade de forçá-lo a se proclamar 
Rei, ele entrega-o às autoridades, mas quando vê o Nazareno subjugado, açoitado, e carregando uma cruz, seu conceito sobre o Filho de Deus se desvanece, e desiludido, ele resolve se enforcar.



Judas era inconverso como os demais, mas ao contrário dos demais por várias circunstâncias, Judas Iscariotes não se desvencilhou de tudo que o manteria distante e alheio a verdadeira compreensão do que Deus estava fazendo diate dele, Judas e no seu tempo. 


Mas em que fundamentalmente os doze discípulos diferiam de todos nós que ouvimos de alguma maneira as Boas Novas, emfim o Evangelho e fomos instados após ouvi-lo e o entendermos, tomarmos uma decisão que geraria ou abriria caminho a verdadeira conversão?




Leiamos com atenção os textos que registram o chamamento dos primeiros discípulos por parte do Senhor Jesus Cristo:

Mateus 4

18 Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram pescadores.
19 E disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens".
20 No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram.
21 Indo adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Eles estavam num barco com seu pai, Zebedeu, preparando as suas redes. Jesus os chamou,
22 e eles, deixando imediatamente seu pai e o barco, o seguiram.

Marcos 1

14 Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, proclamando as boas-novas de Deus.
15 "O tempo é chegado", dizia ele. "O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas-novas!"
16 Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores.
17 E disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens".
18 No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram.
19 Indo um pouco mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, preparando as suas redes.
20 Logo os chamou, e eles o seguiram, deixando seu pai, Zebedeu, com os empregados no barco.

Lucas 5

1 Certo dia Jesus estava perto do lago de Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados para ouvir a palavra de Deus.
2 Viu à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que estavam lavando as suas redes.
3 Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se e do barco ensinava o povo.
4 Tendo acabado de falar, disse a Simão: "Vá para onde as águas são mais fundas", e a todos: "Lancem as redes para a pesca".
5 Simão respondeu: "Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes".
6 Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixes que as redes começaram a rasgar-se.
7 Então fizeram sinais a seus companheiros no outro barco, para que viessem ajudá-los; e eles vieram e encheram ambos os barcos, ao ponto de começarem a afundar.
8 Quando Simão Pedro viu isso, prostrou-se aos pés de Jesus e disse: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador!" Jesus disse a Simão: "Não tenha medo; de agora em diante você será pescador de homens".
9 Pois ele e todos os seus companheiros estavam perplexos com a pesca que haviam feito,
10 como também Tiago e João, os filhos de Zebedeu, sócios de Simão.
11 Eles então arrastaram seus barcos para a praia, deixaram tudo e o seguiram.



Acerca dos discípulos Jesus afirmara claramente que eles ( os discípulos ) não O escolheram mas Ele (o Senhor Jesus ) os escolheram, e no caso o final do registro no versículo que registra esse fato, para um objetivo específico diverso da salvação, mas do fruto, advindo de uma ação, ir ao mundo, mais exatamente ( algo que se tornaria mais claro bem depois ) pelo mundo.



"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça. "( João 15.16 )



Esse é o versículo de citação preferencial, dos calvinistas contra os arminianos, para provar a predestinação, só que essa "escolha" se relaciona a um ministério e não à salvação. E é essa a grande diferença, muitos chamados e pouco escolhidos se refere também ao serviço e ao ministério e não à salvação. Os doze apóstolos constituíram um grupo seleto e específico para serem treinados, os primeiros a compreenderem o plano divino, testemunharem a sua execução, se converterem e terem uma missão  específica no mundo levando essa mensagem a todo o mundo.


Isso nos choca? se observarmos atentamente ( não citarei evento  por evento e texto por texto ) nos registros escriturísticos, as pessoas criam e se convertiam arrependo de seus pecados, enquanto acerca dos discípulos não há nenhuma menção de arrependimento ou crença, ao contrário muitas e variadas provas de incredulidade ou má compreensão da realidade e do que Jesus operava diante de seus próprios olhos.



Essa é a grande diferença entre nós e eles, mas muitos de nós estão exatamente de um modo oposto, se põem a fazer coisas, a ser de determinada forma, sem se converterem e depois dessa conversão fortalecer os próprios irmãos na fé. Talvez a igreja hoje padeça em muitos casos desse desvio, e não se trata de uma denominação ou igreja em particular, nem é culpa dos métodos, mas de uma inversão do que foi para os doze apóstolos e para os que os que devem ao ouvir a Palavra de Deus poderem responder com arrependimento e mudança de vida como Zaqueu, como o Gadareno, a mulher hemorrágica, a mulher Samaritana e tantos outros ricos e poderosos exemplos.


Que o Senhor nos abençoe. Amém!

Por Helvécio S. Pereira*
*graduando em teologia


NOTA:

A conversão como é abordada nesse ensaio, não é tida como correspondente à fé para salvação, embora muitas vezes os próprios discípulos manifestassem incredulidade até a cerca da própria vida eterna.


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