"Oceans"

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

BATISTAS SÃO PROTESTANTES OU NÃO?

 





* (  ) Igreja Batista
Doutrina

Descrição

As Igrejas batistas são um movimento do Cristianismo evangélico, com forma de governo congregacional, cuja doutrina básica é a salvação mediante a fé somente, tendo como regra de fé e prática a Bíblia Sagrada, e por princípio a separação entre Igreja e Estado. Wikipédia
Origem1609, Europa
Número de membros170 milhões
Líder espiritualJesus (conforme a tradição batista)
OrientaçãoEvangelicalismo; Protestantismo
Países em que atuaNo mundo inteiro, principalmente na Europa Ocidental e América do NorteNesse blog eu me abro e falo da minha fé, faço algumas reflexões acerca do nosso comportamento e atitudes como crentes e cristãos que somos. É aberto a todas as pessoas e espero que só acrescente, só faça bem. Trabalho profissionalmente, vai agora para cinco anos, com formação em tecnologia, portanto na utilização das ferramentas como computador, internet e outras e alimento mais dois blogs, um sobre Artes que funciona como um laboratório para ensino de Artes e correlatos e outro sobre tv que funciona para teste de penetração no universo da web. Esse sobre Tv emmenos de ' ano teve mais de 96.000 acessos. Sentia fortemente em meu coração usar com a mesma intencidade as mesmas ferramentas para testemunho da minha fé e é que estou me propondo a fazer mais regularmente. Os assuntos serão variados e as vezes controversos, mas nem sempre. Não quero ser nem da turama do contra tudo e nem do oba-oba. Isso não é ficar em cima do muro. Quero apenas ser benção e nada menos que isso. O que consta dessa postagem é apenas informação. Para a vida espiritual não faz a menor diferença. Vale apenas para saber que hoje é fácil vivermos a nossa fé. Não nos custa praticamente nada. mas já foi muito complicado no passado

BATISTAS NÃO SÃO PROTESTANTES

 As pessoas, geralmente, fazem parte de três grandes grupos religiosos. Se não for Judeu ou Católico Romano, automaticamente, considera-se a pessoa um Protestante, não levando em conta outros grupos como o Hindu, o Budista, etc. Assim, conseqüentemente, o Batista é considerado "Protestante". E isto não é a verdade histórica. Os Batistas nunca foram Protestantes.
A Reforma Protestante normalmente é datada de 31 de Outubro de 1517, quando Martinho Lutero afixou suas 95 Teses na porta da Igreja Castelo em Wittenburg, Alemanha. Porém, isto foi somente um de vários atos que levou a uma ruptura com Roma.
Um evento de grande importância, mas muitas vezes não lembrado, é o Segundo Concilio de Speier no dia 25 de abril de 1529. Este Concílio Católico Romano foi feito para tomar ação contra os Turcos e também diminuir o progresso dos Luteranos e outros que não cooperavam com o Papa. Basicamente a reação dos príncipes luteranos era contra as decisões do referido Concílio, um protesto escrito formal condenando certos assuntos aprovados e contrários à fé como os príncipes a entenderam. Assinaram o documento, Elector John de Saxônia, Margrave George de Brandenburgo, os duques Ernest e Francis de Braunschweig-Luneburg, Landgrave Filipe de Hesse, Príncipe Wolfgang de Anhalt, e os representantes de catorze cidades imperiais. O protesto foi desenhado para protege-los das decisões do Concilio. Foi uma medida defensiva. O renomado historiador eclesiástico, Phillip Schaaf, em sua "História da Igreja Cristã," Tomo VII, p. 692 afirma que "A partir deste protesto e apelo os Luteranos foram chamados !Protestantes."" A Enciclopédia Católica, Tomo XII, p. 495 confirma os mesmos escritos.
Estes líderes Luteranos, e alguns Reformados, que fizeram este apelo no famoso Concilio de Speier, protestaram só para si, em seu próprio nome. Não incluíram os Batistas que, deles, aliás afirmaram "Todos os Anabatistas e pessoas rebatizadas, macho ou fêmea, de idade madura, serão julgados e levados da vida natural à morte, por fogo, ou espada ou qualquer outra forma, como pode beneficiar as pessoas, sem julgamento prévio de juizes espirituais." Os Batistas de então não fizeram parte deste protesto e conseqüentemente não podem levar o nome "Protestante" A seguir, três razões porque os Batistas não são Protestantes.
Historicamente Batistas não são Protestantes
Os Protestantes datam do século 16. São Luteranos, Reformados, e outros que eram Católicos Romanos mas deixaram sua fé católica para começar suas próprias denominações. Os Batistas não saíram de Roma como Lutero, Calvino e Zwingli, porque nunca pertenceram a ela. Não começaram no tempo da Reforma, mas centenas de anos antes. Os Batistas não tentam traçar sua sucessão histórica de volta aos dias dos Apóstolos. Simplesmente dizem que em cada época da história eclesiástica, havia grupos que creram nas mesmas doutrinas que os Batistas crêem hoje. Estes grupos podiam ou não ser ligados uns aos outros, e foram conhecidos por nomes diferentes. Eram os Montanistas (150 d.C.), os Novacianos (240 d. C.), os Donatistas (305 d.C.), os Albigenses (1022 d.C.), os Waldenses (1170 d.C.). O nome genérico "batista" veio a ser bastante usado somente pouco antes da Reforma Protestante. Plena informação histórica recusa a idéia de que havia um único grupo religioso somente, isto é a Igreja Católica Romana, até o tempo de Martinho Lutero. Quem crê assim simplesmente não tem feito um estudo criterioso da história eclesiástica.
Quero introduzir de propósito, o testemunho "não batista" da grande antiguidade do povo Batista. Cardeal Hosius (1504-1579) era um prelado Católico Romano cuja obra vitalícia foi a investigação e supressão de grupos não Católicos. Foi nomeado pelo Papa Paulo IV um dos três presidentes papais do famoso Concílio de Trento. Liderou vigorosamente a obra da contra-reforma. Se alguém conheceu as doutrinas e a história de grupos não Católicos após a Reforma, era o Cardeal Hosius. Ele disse: "Se os Batistas não fossem atormentados e cortados fora com a faca durante estes últimos 1.200 anos, fariam um enxame de maior número que todos os Reformadores." (Cartas Apud Opera, pp. 112, 113). Note cuidadosamente que este erudito autoridade Católica tem falado da ferrenha perseguição que os Batistas agüentaram, e que ele claramente faz distinção entre eles e os reformadores, e que ele os data 1.200 anos antes da Reforma Protestante.
 
Também é evidente que os Batistas não eram Protestantes porque foram perseguidos severamente pelos Reformadores Protestantes e seus seguidores. Milhares não contados perderam seus bens, suas terras e suas vidas nestas perseguições. Konrad Grebel morreu na prisão em 1526. Felix Manz foi afogado pelas autoridades em Zurich em 1527. O notável líder Batista Balthauser Hubmaier foi queimado vivo em Viena no dia 10 de março de 1528. Três dias depois, sua esposa morreu afogada, lançada que foi da ponte sobre o Rio Danúbio com uma pedra amarrada ao pescoço. Os fatos afirmam abundantemente a evidência de que historicamente os Batistas não são Protestantes.
Batistas não são Protestantes em sua Doutrina
O ponto de vista de que os Batistas têm a mesma base doutrinária dos Protestantes não é verídica. Há seis diferenças marcantes.

1. Batistas crêem com todo o coração que somente a Palavra de Deus é suficiente para toda a nossa fé e pratica. Lemos em II Tm. 3:16 que "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça.." As denominações Protestantes têm credos, catecismos e vários padrões doutrinarias. Os Batistas usam somente a Bíblia.
2. Batistas crêem que Cristo e somente Cristo é a Cabeça da Igreja como está escrito "Cristo é a cabeça da igreja," Ef. 5:23. Não há um homem sequer que tem a superintendência das Igrejas Batistas. Batistas não têm denominação no sentido de uma organização que controla as congregações locais. Cada igreja local é autônoma e sujeita somente a Cristo, Sua Cabeça. Uma igreja Batista, mesmo confraternizando-se com outras congregações da mesma fé e ordem, não tem matriz ou Santa Sé aqui na terra. Não tem quartel general aqui, mas sim no céu.
3. Batistas crêem de coração numa igreja livre e num estado livre. Cristo ensinou que tanto o estado, como a igreja, tem seu devido lugar. "Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus," Mt. 22:21. Os Batistas são contra a união do Estado com a Igreja. Crêem que a igreja controlada pelo estado é uma desculpa miserável de cristianismo e uma clara apostasia às Escrituras. Todos os Reformadores Protestantes fizeram igrejas estatais para seus seguidores.
4. Os Batistas crêem fortemente na responsabilidade individual a Deus, porque as Escrituras ensinam claramente que "Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus," Rm. 14:12. Um sacerdote não pode se responsabilizar por você, e a igreja também não. Os padrinhos idem. Ninguém é salvo por aquilo que os pais crêem. Ninguém é salvo pela identificação com uma religião. Cada um dará conta de si mesmo a Deus. Na sua maioria os Protestantes não crêem nesta doutrina bíblica.

5. O povo Batista também sempre tem crido no batismo da pessoa convertida. Nenhum dos Reformadores creu neste ensino da Bíblia. Nas Escrituras, a fé e o arrependimento sempre precedem o batismo. No dia de Pentecostes, Pedro claramente disse ao povo, "Arrependei-vos...e seja batizado,"At. 2:38. Isto significa evidentemente que não havia batismo infantil porque as crianças não são capazes de arrependimento. Nenhum descrente deve ser batizado. Os Reformadores seguiram Roma no seu ensino sobre batismo. Os Batistas têm se agarrado à doutrina de Cristo e Seus Apóstolos, neste ponto.

6. Os Batistas, baseados nas Escrituras, sempre tem crido numa igreja feita de regenerados, isto é, somente dos que fazem clara profissão de fé. Na igreja apostólica somente os crentes, os que receberam a Palavra de Deus e que tinham se arrependido dos seus pecados podiam ser batizados e fazer parte da igreja, At. 2:41. Não se une à igreja automaticamente ou através de terceiros. Nas Igrejas Batistas de hoje também é assim. Reconsiderando-se estes pontos simples, é mais do que claro concluir que os Batistas não são Protestantes em suas doutrinas.
NA PRATICA OS BATISTAS NÃO SÃO PROTESTANTES
Algumas simples observações indicam que os Batistas diferem radicalmente dos Protestantes em vários pontos. Os Protestantes olham para algum homem como seu Fundador, muitas usando seu próprio nome no nome da Igreja. Os Luteranos vem do Martinho Lutero. Os Reformados de João Calvino. Os Presbiterianos de João Knox. Os Metodistas abertamente dizem que o seu Fundador foi João Wesley. Mas quem fundou as Igrejas Batistas? Eis a pergunta histórica digna de investigação séria. É impossível achar um só homem que deu começo às Igrejas Batistas. Porem, se vamos usar nomes de fundadores humanos, devemos olhar para Pedro, Paulo, Tiago e João etc.
Somos diferentes dos Protestantes, em nosso lugar natalício. Os Luteranos vieram de Alemanha, os Reformados de Suíça e os Paises Baixos, os Presbiterianos de Escócia, os Episcopais de Inglaterra, mas os Batistas teriam que dizer que a sua origem é Jerusalém.
Além disso, o credo dos Batistas não é a Confissão de Augsburg, os Canons de Dort, ou a Confissão de Westminster, mas a simples Palavra de Deus. Assim é impossível identificar os Batistas como Protestantes.
Os Batistas nunca foram ligados aos Protestantes e nunca foram identificados com a Igreja Católica Romana. Antes e depois da Reforma, mantiveram sua identidade e foram fiéis às Escrituras. Os Batistas verdadeiros mantêm os claros ensinos de Jesus e Seus Apóstolos. Por estas doutrinas, dadas por Deus, eles estavam e estão prontos a morrer se for necessário. Hanz Denk, um Batista do século 16 disse, "Fé significa obediência à Palavra de Deus, seja para viver, seja para morrer." Para muitos, era morte.

Em menos de dez anos, houve 900 execuções de Batistas em Rottenburg nos dias da Reforma. Estas mortes muitas vezes eram ferozes e cruéis. A sentença para um crente Batista, Michael Sateler, reza assim: "Michael Sateler será entregue ao carrasco, que vai levá-lo ao lugar de execução e cortar fora sua língua; ele o jogará numa carroça e duas vezes arrancará suas carnes com pinças quentes; depois vai levá-lo ao portão da cidade e torturar sua carne da mesma maneira." E assim que Sateler morreu, em Rottenburg 21 de maio de 1527, sua esposa e outras mulheres foram afogadas e muitos homens foram degolados.

Os Batistas não são Protestantes mas guardam firmemente os preceitos e práticas de Cristo e seus Apóstolos. Os Batistas crêem que a pura Palavra de Deus é autoridade suficiente para tudo. Os Batistas rejeitam todas as tradições e práticas que foram inventadas desde o tempo dos Apóstolos.
 
 Este trabalho é do Vernon C. Lyons

Abaixo a profissão de fé batista com citação dos textos bíblicos referentes a cada uma delas

1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29.

2. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão, 2 Tm 3.14-17.

3. No nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus, Is 7.14; Rm 8.34; At 1.9.

4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que o pode restaurar a comunhão com Deus, Rm 3.23; At 3.19.

5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do reino dos céus, Jo 3.3-8.

6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor, At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9.

7. No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo, Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12.

8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver em santidade mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo, Hb 9.14; 1 Pd 1.15.

9. No batismo bíblico com o Espírito Santo que nos é dado por Deus no momento da conversão efetuada por Deus no coração do que crê mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade, I Co. 12:12-13; Ef. 1:13-14; Rm. 8:12-17; Gl. 3:1-14

10. Na segunda vinda pré-mileniar de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da grande tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos, 1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-54; Ap 20,4; Zc 14-5; Jd 14.

a. Que todos os cristãos comparecerão ante ao tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra, 2 Co 5.10.

b. No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis, Ap 20.11-15.

c. E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis, Mt 25.46.

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2 comentários:

  1. Helvécio,

    qual a data dessa confissão de fé citada?
    O que me diz das 02 confissões de fé batistas do sec. XVII na Inglaterra, que em tudo é igual à C.F.W (exceção ao governo da igreja e aos sacramentos)?
    Você não estaria defendendo uma proeminência da igreja batista sobre as demais denominações? Como, por exemplo, os batistas-noiva que defendem a sucessão apostólica? De que são originários de João o Batista, e, por séculos, há uma linha de sucessão que os trás até os nossos dias?
    Como cristão orgulho-me de batistas como John Bunyan, John Gil e Charles Spurgeon, homens usados por Deus para proclamarem o Evangelho e realizarem a Sua obra aqui na terra. Da mesma forma que, como batista, orgulho-me igualmente de homens como Calvino, John Owen, LLoyd-Jones, Gordon Clark, que eram reformados.
    Faço-lhe uma pergunta: você distingue reforma de princípios bíblicos. Não seria o caso da reforma ser uma consequência inevitável dos princípios bíblicos (em sua maioria) abandonados pelo catolicismo? E o que impede um batista de ser bíblico? Ou um reformado de ser bíblico? Não seria exatamente a não observância dos princípios bíblicos? Por que batistas e reformados, hoje em dia, não são bíblicos? Não seria por não pregarem, defenderem e cumprirem os princípios bíblicos?
    Da mesma forma que a defesa dos reformados por serem reformados é vazia em si mesma, a defesa dos batistas por serem batistas é vazia em si mesma. Se não houver a observância da vontade de Deus na igreja, ela não é o corpo de Cristo. Mas apenas uma igreja nominal, apóstata e herética.

    Grande abraço.

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  2. Caro Jorge, respondendo em parte a sua pergunta,não fugindo dela, mas esclarecendo. Essas análises históricas e acadêmicas, até por terem valor, tem o seu lugar,mas são frias e jamais (ainda que registrem e relatem o ardor e a dor do que foi a construção da fé dos verdadeiros cristãos tenham sido eles batistas ou reformadores)substituem a leitura da própria Bíblia na vida cristã. Carecem essas análises, esses esquemas e registros, de uma completa consssonância. Trata-se de informação e informação em nada impressíndivel para a vida espiritual. Tem o seu lugar, mas na minha opinião não é o mais importante e separa mais que une as pessoas. Um abraço espero que goste do blog. Estarei mesclando informação não disponível em um mesmo lugar e reflexões acerca da nossa prática e fé. Um grande abraço e espero que possa divulgá-lo junto aos amigos e conhecidos.

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BRINCANDO DE CRENTE!

 Publicado originalmente emhttp://mensagemdopregador.blogspot.com/2017/12/brincando-de-crente.html

Pensei em escrever essa postagem há dois dias, talvez três... ou quatro? Bem, o fato, é que  no dia, quando estou no ônibus, andando, ou em algum lugar, sempre observo as pessoas, as coisas e penso acerca de Deus e como Ele nos vê. Não significa de modo algum que eu esteja em algum nível de "espiritualidade", qualquer, é apenas o básico que cada um de nós,penso deveria fazer com suas parcas horas de sobriedade durante toda a vida, tirando as outras quando estamos trabalhando, comendo, ocupados com outras necessidades básicas e fisiológicas, etc. O fato é que, opinião minha novamente, apreendemos pelo menos mais alguma coisa acerca de nós e de Deus. Sempre observo as coisas e lembro de um texto Bíblico, geralmente uma passagem inteira e não apenas um versículo, na maioria das vezes.

Sentado, na cadeira da frente, logo a seguir, com o ônibus cheio, entra um senhor negro, humilde, magro, de cabelos grisalhos e aparentemente com cerca de cinquenta  e poucos anos, senta-se no capô do ônibus ( onde fica o motor internamente ) e tira de uma sacola ou saco plástico uma miniatura de uma daquelas pick ups de duzentos e tantos mil e começa a observá-la e manipula-la enquanto conversa com um conhecido mais jovem.

Fiquei a pensar o quanto a realidade de ter um veículo daqueles estava distante dele. Não importa se era para um filho adolescente, uma criança, sobrinho ou neto...para eles estaria, normalmente distante...para mim está distante a não ser que passe a pensar só em dinheiro e tenha uma idéia tão original quanto a criação do Google nos próximos meses. E cá entre nós se de repente pudesse comprar uma hoje, provavelmente desistiria e gastaria em outra coisa que me desse maior prazer.

Ah! Essa é a palavra chave dessa postagem. Pensamentos vão, pensamentos vêm. Do brinquedo a brincadeira, ao ato de brincar, fantasiar, etc. Algo perfeitamente natural, tanto no desenvolvimento quando ainda somos crianças, quando mesmo depois de adultos. Há dentre os diversos temperamentos ( quatro na verdade - fiz uma palestra sobre o assunto em um dos meus serviços ) há um mais voltado ao prazer e outro aparentemente menos, o que seria mais sério, mais crítico,mais concentrado. Entretanto todos nós nos movemos nessa vida em torno do prazer, e somos até legitimamente levados a fazer coisas necessárias a nossa sobrevivência pelo instrumento do prazer. Alimentar-se algo essencial a vida, é o prazer que nos guia, senão nos esqueceríamos de nos alimentar.No que se refere à reprodução: só nos reproduzimos pois há uma série de elementos prazerosos legitimamente que nos encaminham e nos leva ao ato sexual final. Normalmente, ou melhor sempre, só fazemos , por nós mesmos coisas que nos dão prazer, das boas e salutares até as piores.

Daí a razão pelas quais, muitas vezes, fazemos coisas legítimas não serem tão legítimas assim em si mesmas. Incrivelmente um assassino mata por prazer, seja o prazer da raiva, o prazer no aniquilamento do outro, da suposta vitória sobre o oponente, etc. Da mesma maneira alguém que é crente canta um hino na igreja ( legitimamente eu repito ) pelo prazer que tal composição lhe causa e não pela verdade expressa na sua letra. e poderíaemos prosseguir em uma investigação tão longa quanto a eternidade, esmiuçando cada situação. Alguém é Papa por ter prazer em ser papa e por esse prazer, ainda que legítimo, se preparou , sonhou e aguardou a legítima oportunidade. assim pastor, músico, tradutor, etc.

É verdade que algumas coisas não fazemos prazeirosamente mas forçados pelas circunstâncias, como um trabalho sem opção, algo dentro de um trabalho prazeroso e criativo que naquele momento não seja prazeroso, etc. de uma forma ou de outra, o prazer nos move. Até essas linhas escritas nesse "post", o próprio blog, cada abordagem, essas mesmas reflexões, etc, podem ser motivadas por um prazer pessoal e para desastre, não passar disso.

Os vícios, as anomalias comportamentais, quaisquer que sejam, são movidas pelo prazer. Interessante é que no Éden, antes da queda, o prazer deveria ser o propulsor das ações do casal humano  e de todos os seus demais descendentes: as diretrizes, as ordenanças de Deus deveriam motivá-los a sujeitar a terra, comer de todas as ervas e frutos dadas a eles como mantimento e o prazer de ver, sentir e viver em um mundo perfeito e harmonioso ( aparentemente só o jardim, o resto do mundo se desenvolvia de forma natural ) e duas árvores prazerosas de se ver ( boas a vista ): a da vida e a do conhecimento do bem e do mal.

Duas fontes diferentes de prazer, só que somente uma delas traria resultados reais: a da vida! Notem que o homem não foi criado imortal mas viveria indefinidamente somente se comesse constantemente da árvore da vida, a qual estará presente no meio da  nova cidade santa: a Jerusalém  celestial. A outra árvore, igualmente boa de se ver, parecia e era fonte de prazer, o conhecimento do bem e do mal. Hoje todos nós provamos desse prazer. Sentimos prazer ao praguejar, na raiva, etc. Se nos julgarmos com razão sentiremos prazer em matar um inimigo o qual desperte ódio e que nos seja justa e claramente repulsivo. Podemos igualmente perdoar prazer. Pode parecer estranho mas se o prazer for causa e não consequência, a ação pode ser ilegítima.  

Jesus nos ordenou amar os inimigos antes mesmo de termos as nossas mentes culturalmente treinadas para tal. Não é um ato a partir de um sentimento, mas uma ação em decorrência da obediência a Sua pessoa. devemos amar ao nosso Deus sobre todas as coisas, mesmo que não haja vinte e quatro horas por dia um sentimento desse tipo perceptível em nossos corações.

Voltando a pequena pickup...a capacidade de virtualizar, tomando por empréstimo um neologismo atual, uma determinada situação, faz com que muitas das vezes, na maioria mesmo nos encontramos fazendo coisas, não pelo que deveria ser a causa legítima de nossas ações, mas como analogia ao processo do brincar infantil, "brincamos" de muitas coisas transformando atos legítimos em ilegítimos.Por que defendemos tais ideias?  por que gostamos de tal hino? por que gostamos de tal tipo  reunião, de culto e não de outro? por que prefiro esses assuntos e não outros? por que preferiria que Deus fizesse as coisas desse jeito e não deste? por que ? por que?

Finalmente por que não sou perfeito e não fico de pé o tempo todo ( espiritualmente falando )? Por que sou suscetível - e sei que sou- a estímulos tão diversos- e muitas vezes legítimos? O que torna comum a quem já conhece a Deus, tanto o futuro de Israel e Batseba,falando do grande homem de Deus que foi Rei Davi? Para  David, Israel no plano de Deus, o seu lugar nos propósitos divinos, conhecer esses propósitos e lutar por eles era tão realmente prazeroso como uma jovem e bela mulher como Batseba. Ambos para um homem, mesmo conhecedor de Deus e que amava o criador eram legítimos e igualmente reais. Daí não basta negar a legitimidade do prazer. O prazer da segurança financeira, do dinheiro, da saúde, do lazer, do conhecimento, do sexo, da companhia e intimidade do cônjuge, do ter filhos, do ter amigos, etc. É mais do que legitimidade é ter a consciência de que se não temos motivação verdadeira ( não confunda com sincera que tem a ver com sentimento ) é infelizmente fácil sermos "brincadores" inclusive de algo legítimo que é ser crente... É como aquele caminhãozinho que parece e até nos remete ao real, mas não é.

Daí a falta de milagres. Milagres desafiam a aparência, desafiam a sequência  natural dos fatos, desafiam completamente a lógica. Milagres são. Milagres são opostamente "sérios", ilógicos. Já a brincadeira é lógica, parece  a verdade, parece que está acontecendo, mas de fato nada está acontecendo, apenas na imaginação de quem brinca. E enquanto se brinca a realidade não se manifesta, não pode ser apreendida.

Que o Senhor nos ajude. Que eu ou algum de nós aprendamos de fato a diferença entre uma coisa e outra.



Por Helvécio S. Pereira*

graduando em teologia, historiador de arte e pedagogo



sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

LITERATURA CRISTÃ: CONSIDERAÇÕES DE UM ESCRITOR CRISTÃO PRIMEIRA PARTE

 


 Todos sabemos ou temos uma noção distante de que como crentes e cristãos devemos pregar aos outros a salvação mais do que apenas dizer em que cremos. Isto porque dizer em que se crê, qualquer fiel de qualquer religião o faz naturalmente ou pelo menos quando lhe é  perguntado acerca de suas crenças, mesmo as religiões ou fés não proselitistas como o judaísmo e outras.

Entretanto e novamente mais do que dizer em que ou em que e de que forma se crê, o crente, o cristão, e no nosso caso evangélicos, sabemos que o que tem maior força e relevância diante e para o que ainda não crê é o testemunho.

Nos primórdios do cristianismo a mensagem de Jesus Cristo como o Salvador, não "um salvador" e da urgência de se confessar a fé nele é que alavancou a crença nele mesmo diate de perseguições, inimizades e até morte. É fato que como hoje a imensa maioria não dominava nem minimamente os chamados rudimentos da fé ou as filigranas teológicas do próprio cristianismo. Mas então o que contou, o que real e efetivamente funcionou?
O testemunho.

Testemunho pode ser resumido em um relato apurado ou sucinto do que verdadeiramente foi visto. Embora boa parte de igrejas cristãs em diferente períodos tenham alavancado crescimento em fiéis e membros se tenha dado graças à mentiras deslavadas e engendradas justamente para se alavancar mais pessoas, desde os primeiros séculos da era cristã  maiormente entre os pagãos.

Mas de uma forma ou de outra , para o bem ou para o mal, mesmo as mentiras promoveram grande crescimento. Hoje o mesmo ainda acontece em várias instâncias do cristianismo tanto católico majoritário como protestante, evangélico, pentecostal, neo pentecostal, paraprotestante, etc. De uma forma ou de outra tem ocasionado a aproximação de não cristãos, de cultura e em nações não cristãs a de uma forma ou de outra de travarem algum conhecimento com o Deus judaico-cristão. Isto acontece hoje na China, já aconteceu na Coreia do Sul, em vários países a América Latina, nos próprios EUA.

Logo proselitismo e testemunho não são equivalentes mas podem andar juntos ou se alternarem. Só a eternidade mostrará os verdadeiros e bons frutos de ambos, separadamente ou juntos.

A realidade é que para mais seres humanos creiam a cada dia, alguém tem que lhes falar sobre alguma fé e no caso sobre a fé em Cristo como é expressa biblicamente.

Há de se considerar a hierarquia das mensagens e do que cada novo crente deva saber: há coisas mais importantes, inarredáveis e coisas secundárias.
 

É menos importante se deterministas ou  confessos do livre-arbítrio  se matem sobre as posições de cada um ou também que sabatistas debatam se o dia a ser guardado seja o sábado ou domingo; do mesmo modo se a alma dorme, não dorme após a morte do crente; se o inferno é eterno ou se não é; se se batiza por imersão ou não e uma séria de outros pontos em que se divirjam e briguem estes mesmo s crentes. Ser Jesus Cristo, Deus e Filho de Deus e o ńico nome pelo qual sejamos salvos é realmente o mais importante e o que cada cristão, católico, ortodoxo, protestante tradicional ou de algum anova leva de evangélicos deva saber, até desigreijados e não religiosos.

Logo levar outros, a qualquer um a ter esta informação importante e sabendo ter a possibilidade de crer é algo não só urgente  e uma ordem dada a cada um de nós.
 

É certo também que a eficiência nesta comunicação, ensino e testemunho não são cem por cento eficientes e efetivos em todo o tempo, vinte e quaro horas por dia. Por várias razões e criativamente cada grupo se esmera, na sua visão em fazer o melhor, e cada um de nós individualmente tenta fazer o melhor, novamente segundo a sua visão e percepção.

Logo baseado em sua possibilidades, talento, oportunidades, cada um de nós faz na medida do possível o que segundo a si próprio parece melhor.

Um jogador de futebol inaugura uma confissão pública ao ajoelhar-se no campo, ao erguer os braços e rosto e mãos apontando para os céus; um cantor insere em seu repertório uma canção que expresse a sua fé ( dois que fizeram isto sinceramente foram Elvis Presley e Roberto Carlos, do resto duvido muito e cheira a oportunismo barato! ) e assim uma séria de profissionais.

Há uma maneira mais direta de relacionar a sua ocupação com a sua fé e uma maneira mais discreta. O meu amigo e escritor Jorge F Isa., creio ter experimentado ambas e só a maturidade advinda da experiência e da idade nos faz optar ora por uma ora por outra. De fato nunca sabemos quando uma aproxima o afasta pessoas. O que sabemos que o que temos a dizer a qualquer um que se quede a ouvir, é urgente, precioso e pode e efetivamente muda destinos, não só aqui como na eternidade. Quem duvida que pague para ver.

Este vídeo é apenas a primeira parte de um precioso bate-papo de quatro horas e bem prazerosas. Embora com a melhor tecnologia como tínhamos a priore pouco tempo, não testamos os equipamentos e o som da minha voz não retornou para que fosse gravado sendo assim o resultado foi em um formato já usado na mídia mas diferente do planejado sem contudo prejudicar o conteúdo riquíssimo feito no nosso encontro.


1) link para a KÁLAMOS EDITORA:

kalamoseditora.com

2) LINK PARA O BLOG KÁLAMOS

kalamo.blogspot.com







Por Helvécio S. Pereira

 

09 12 2021


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CONTANDO OS NOSSOS DIAS: O ESCRITOR PORTUGUÊS MAIS ...

08 Dez 2011



O NOVO TESTAMENTO DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA EM PORTUGUÊS PUBLICADO EM 1681, PELA CIA. DA ÍNDIA ORIENTAL. ATENÇÃO! Link direto do grupo de páginas digitalizadas para downloads e impressas ...

http://contandoosnossosdias.blogspot.com/2011/12/o-escritor-portugues-mais-publicado-no.html



CONTANDO OS NOSSOS DIAS: QUAL O NOME DE DEUS?

22 Out 2010



No Antigo Testamento traduzido por João Ferreira de Almeida e publicado em dois volumes quase sessenta anos após sua morte (1748 e 1753), é empregada a forma JEHOVAH onde no texto hebraico aparece YHVH. Almeida fez isso baseado na tradução espanhola feita por Reina-Valera (1602). ... No Novo Testamento "Senhor" traduz a palavra grega KURIOS, que quer dizer "senhor" ou "dono". Jesus não usou o termo "Jeová." Por exemplo, citando o Antigo ...

http://contandoosnossosdias.blogspot.com/2010/10/qual-o-nome-de-deus.html

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