CIÊNCIA E FÉ, CRENTES E NÃO CRENTES, ESSES ÚLTIMOS DEFENSORES DE UMA PRETENSA RAZÃO SUFICIENTE E TOTALMENTE SUPERIOR A QUALQUER FÉ, CONHECEM AMBOS O QUE UMA E OUTRA AFIRMA?
Surpreendente para mim, mesmo quando podemos supor que não haverá mais surpresas, em conversa casual com dois professores graduados em História ( um ministra aulas de História e outro de Religião ) ouvi deles uma afirmação oriunda do último ativismo da academia mais simpático a um marxismo que toscamente se diz referir ao marxismo mais ortodoxo, dizendo que não pode haver uma relação de superioridade alguma entre, por exemplo, uma música clássica e um "proibidão" dos morros e das demais favelas cariocas ou de São Paulo. Trata-se, de fato da mesma corrente que combate sistematicamente o eruditismo de qualquer conhecimento ligando a uma forma burguesa e portanto espúria, digna de combate ostensivo, de ver o mundo.
Segundo estes, dizer que algo é superior a outro é uma forma de discriminação e uma forma "política" de "discriminação" ( coloquei os termos entre aspas para ressaltar que toda palavra antes com definição mais clara ou outra é assumida por estes e impostas com novo sentido, o que lhes é conveniente para sua afirmações descabidas.
Entretanto a coisa não pára por aí. Em seguida em poucos minutos para aprofundarmos em uma discussão não só necessária e benéfica, mesmo pelos pontos e argumentos em franco choque, fiz menção a realidade da academia que se debruça há tempo ( e esse debruçamento não cessou embora ambos afirmassem que sim ) na polarização entre as chamadas "monogêneses " e "poligêneses.
Para quem desconhece ou não se lembra, a Monogêneses se refere a teoria que aceita que toda a humanidade, todos os seres humanos descendem de um só casal humano enquanto a Poligêneses dá margem a possibilidade de as diferentes etnias, antes vistas grosseiramente como "raças", têm de fato origem geográficas e temporais diversas, consequentemente dando margem a reais e diversos estágios culturais, cognitivos e potenciais.
E a coisa não é de fato tão simples, se abandonada nas graduações e nas especializações e cessadas as discussões por sua grande inconveniência ( a verdade pode ser tão inconveniente quando desastrosa ) que se uma das duas, qualquer uma delas, mudanças necessárias na cosmovisão prevalente devam acontecer imediatamente.
Voltaire, raivosamente acusara o judaísmo-cristão como o "grande monstro" responsável pela crença de que todos nós viemos de um casal hipotético. Claro, a Voltaire, interessava e urgia promover a descrença, o descrédito, a desconstrução e o aniquilamento de qualquer razão religiosa. Nesse ambiente jamais aceitaria que a tese de um único casal humano fosse de fato o casal base para toda a diversidade humana, lembrando que a diversidade humana, de fato não é tão grande assim, se resumindo a caracteres e características superficiais e percentualmente visuais, plásticas.
Mas se Voltaire e outros alinhados a ele estiverem certos outros inimigos declarados da fé e da tradição judaico-cristã, estão errados, como por exemplo Kant argumenta em favor justamente da Monogênese.
Logo ateus e demais ativistas anti-cristianismo não podem simplesmente zombar dos cristãos ( alvo predileto deles ) e indiretamente de judeus e de muçulmanos ( por que será que não zombam mais direta e objetivamente do Islã? por que será?? )
Dentro da academia essa discussão pode estar sendo politicamente abafada mas ela não foi encerrada. Trata-se apenas de uma maioria que decide o que será reproduzido nas graduações, nas especializações e claro em toda a cadeia educacional abaixo da própria academia.
A Teoria da "Terra Plana" é uma bobagem mas a discussão em torno até mesmo da sua bobagem deve ser feita na academia ( já que proeminentes acadêmicos e profissionais da geologia puxaram essa polêmica, por rebeldia, revanchismo ou vaidade pessoal ) até para que com provas seja erradicada mais uma vez de forma aberta e legitima.
A própria Teoria da Evolução com sua base frágil, carcomida por falsas provas, por teses de acadêmicos francamente desonestos e por seu desprezo a provas igualmente científicas que a inviabilizam se mantém com massiva e quase total divulgação simplesmente por razões ideológicas e políticas, se não fosse tal, a última página da edição original de a "Teoria das Espécies" de C. Darwin não teria desrespeitosamente tirada de todas as publicações posteriores. Nessa última página o pesquisador afirma que o seu trabalho não nega a existência de Deus e o fato de Ele, Deus ter criado todos os seres vivos como os encontramos no mundo.
A Bíblia declara que os seres humanos só existem graças a uma Monogênses, antes da Ciência se dividir entre contra essa afirmação ou a favor dela. Aliás pretender combater o abominável racismo defendendo a Poligêneses é um tiro no pé para a Academia e caso ela fosse provada ser a verdade, corroborando para Ciência ateia. Mas as coisas não parecem tão simples e os jogadores em lados tão simploriamente definidos.
A Bíblia sempre afirmara que o Universo teve momento zero e igualmente declara o seu final, tão surpreendente que se alinha com o que a Ciência com seus cálculos matemáticos asseveram no "Big Crach", em que as Escrituras declaram que os céus se recolherão como um "tecido", enrolados como eram os tecidos ( e até hoje ) por ocasião da vida de seus escritores. Muita gente não sabe mas somente entre seis e sete décadas, por ocasião da formulação da Teoria do Big Bang ( a contra gosto do cientista que se opunha a ele e que cunhara por infortúnio o nome que lhe tornara famosa ( a teoria ), ou seja: a Bíblia estava correta e a Ciência aquela altura, errada!
Sobre a eternidade ( de Deus ) e da relatividade do tempo, novamente em vários textos das Escrituras, e não como simples figura de linguagem, essa relatividade é deixada desconcertadamente clara: um dia para Deus é como mil anos e mil anos como um dia. E do espaço? antes dos filmes de ficção do seculo XX, Filipe é transportado entre dois locais geograficamente distantes, Elias é arrebatado em uma carruagem de fogo e reaparece vivo no monte da Transfiguração conversando com Jesus e Moisés e certamente falando sobre algum assunto atual dos dias de Jesus e de um futuro mais a frente.
E sobre a origem da diversidade linguística, na verdade um processo que acontece até mesmo nos dias de hoje com uma aproximação geográfica e cultural gigante e efetiva entre todos os povos do planeta. Se a nossa origem é resultado de uma "poligêneses" perfeitamente lógica essa diversidade. Mas se temos uma "monogêneses" como a Bíblia e parte da Ciência defendem, a narrativa bíblica junto a elementos linguísticos comprovadamente analisados pela arqueologia e a linguística modernas, novamente não há como zombar da fé judaico-cristã.
O tema dessa postagem daria facilmente para a escrita de um livro, entretanto escolhi reportar-me a alguns poucos e talvez mais notáveis apontamentos. Hoje a Ciência e a ficção científica, notadamente difundida amplamente através do cinema defende a existência de extraterrestres alocando materialidade e boa parte de talentos humanos na busca obstinada de "outros mundos habitáveis" e possíveis "seres com outra matriz biológica". As esperanças são grandes quando se descobre a possibilidade real de haver muitos outros planetas com real semelhança ao nosso. Parte-se da premissa com falsa lógica, que se a vida se "auto criou" uma vez ( já que negam objetivamente a necessidade de um Deus Criador ) esse probabilístico fato do ponto de vista estatístico-matemático, mas ilógico por ser injustificável razoavelmente, se repetiria deterministamente por simples vício.
Qualquer um, portanto ao ser abordado por uma reportagem de tv desocupada, pode sim responder que "sim, acredita em Ets"! E dentro da Ciência há sim, igualmente muitos cientistas realmente entusiasmados por essa ideia. A maioria imaginando que avanço seria decorrente do fato de realmente encontrarmos com seres mais avançados que nós mesmos, inaugurando uma nova era de desenvolvimento, extirpação das anomalias sociais e comportamentais humanos, provando objetiva e incontestavelmente que há de fato nesse universo irrazoavelmente auto criado, uma "evolução" sem que nem para que, e que apenas correspondemos como espécie e lugar geográfico no espaço, uma parcela e um estágio de tudo que exista.
Mas a alegria de ateus e anti-religiosos cm essa possibilidade seria o objetivo desmascaramento da tradição judaico-cristã, religião que promove o atraso, toda forma de crendice, condicionamento, patriarcado, etc ( como se nenhuma outra religião pagã no distante ou próximo passado, ou mesmo nas grandes religiões pós cristianismo, Budismo e Islã e outras não fizessem o mesmo e quase sempre, bem pior.
Mas finalmente, a Ciência e a Bíblia discordam ou concordam nesse ponto? A Bíblia é declaradamente e exageradamente "antropocêntrica" ou não?
A Bíblia nunca afirmara que o ser humano, a humanidade, foi ou era a única forma inteligente no chamado "universo", nem tão pouco a melhor ou a mais grosseiramente dito: "evoluída".
A Bíblia nunca afirmou ou deixou a ser entendido como se "estivéssemos sozinhos" no Universo ou mesmo além dele. Mesmo que simploriamente se iguale "anjos" e "demônios" a seres mitológicos e plasticamente simplórios como as personagens de toda a mitologia criada em diversas épocas por diversas culturas humanas. Na verdade a arte e artistas europeus, da velha Europa e das igrejas Católicas Romanas e Ortodoxas é que ao longo dos mais de um milênio escolheram por razões didáticas imediatas promoverem ideias erráticas visualmente acerca do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, da aparência de Adão e Eva, da aparência da Serpente e de anjos com asas e cachinhos dourados na cabeça.
Ao contrário, a Bíblia dá a entender que somos provavelmente, a última espécie criada por Deus! O descanso sabático de Deus se refere a criação de seres vivos, visto que Jesus afirmara que "meu Pai trabalha até agora e eu também trabalho". Por algum motivo, a semelhança de tantas coisas que desconhecemos como Jó foi confrontado a desconhecer, e a tantas coisas que continuaremos a desconhecer, como Paulo se referira a "coisas ocultas" que somente a Deus pertencem, não saberemos mas aparentemente, até agora fomos representamos, a última e grande novidade da criação divina. Por outro lado antes de nós outros seres também inteligentes, conhecedores do bem e do mal como o próprio Deus, já existiam e continuam existindo em algum lugar.
Cientistas proeminentes e cujas opiniões por justiça não podem ser desprezadas, afirmam que graças a extensão do universo que se torna cada vez mais conhecido por nós, embora esse conhecimento seja ínfimo ainda, torna impossível qualquer possibilidade de encontro inadvertido, entre espécies vivas mesmo inteligentes, pelo simples lapso temporal e espacial, lógico e factual: se existiram ou existam, além da separação espacial imensa e impossível de ser vencida, é mais improvável que coexistam no mesmo estágio de desenvolvimento e portanto tecnológico. Trata-se do paradoxo de Fermi.
Portanto, antes e independente da chamada Ciência, a Bíblia já afirmara que não somos os únicos seres inteligentes existentes, a Terra não é o único lugar a abrigar vida ( "Na casa de meu Pai há muitas moradas" ) e que a matriz biológica terrestre não é e nunca foi a única forma de vida!
A Bíblia já apontara a existência de vida biológica, como a conhecemos e própria do nosso planeta, vida espiritual que não deve ser confundida com plasmas fantasmagóricos; vida que assumem diversas aparências para comunicação ( a dos anjos por exemplo em eventos bíblicos que nem de longe parecem ser os anjos concebidos pelos artistas europeus ); vida de outra natureza que pode até mesmo interagir e criar descendência mutante com humanos ( anjos que coabitaram com mulheres humanas dando origens a homens sobre humanos ); seres de outra origem que podem literalmente viver como parasitas em humanos ( demônios que se apossam de seres humanos ); seres que vivem além do tempo e do espaço ( como Satanás por exemplo ); Seres com poder sobre os elementos e sobe o mundo físico ( bem além da simplória imaginação das mitologias pagãs e das personagens dos quadrinhos modernos ), etc.
Já a Ciência tem que se contentar com a improvável esperança que suas crenças sem Deus possam a vir serem comprovadas de alguma forma um dia, mesmo que alguns proeminentes de seus cientistas membros digam que isso não acontecerá, por diversas razões bastante lógicas.
Finalmente se por um lado Ciência e Religião tratam de tempos e espaços diferentes: a Ciência se atém ao observável e supostamente ocorrido de acordo com parciais evidências enquanto a fé religiosa se estende aquém e além do tempo e do espaço do universo percebível, ambas buscam as mesmas respostas para as três grandes questões existenciais do ser humano ( e aí sim é uma questão antropocentrista, não há como ser diferente ) : de onde viemos, quem somos e para onde vamos.
Logo longe e completamente inoportuna é a luta de um conhecimento e percepção contra outro conhecimento e percepção. Quem assim o faz é tolo duas vezes!
Por Helvécio S. Pereira*
Portanto, antes e independente da chamada Ciência, a Bíblia já afirmara que não somos os únicos seres inteligentes existentes, a Terra não é o único lugar a abrigar vida ( "Na casa de meu Pai há muitas moradas" ) e que a matriz biológica terrestre não é e nunca foi a única forma de vida!
A Bíblia já apontara a existência de vida biológica, como a conhecemos e própria do nosso planeta, vida espiritual que não deve ser confundida com plasmas fantasmagóricos; vida que assumem diversas aparências para comunicação ( a dos anjos por exemplo em eventos bíblicos que nem de longe parecem ser os anjos concebidos pelos artistas europeus ); vida de outra natureza que pode até mesmo interagir e criar descendência mutante com humanos ( anjos que coabitaram com mulheres humanas dando origens a homens sobre humanos ); seres de outra origem que podem literalmente viver como parasitas em humanos ( demônios que se apossam de seres humanos ); seres que vivem além do tempo e do espaço ( como Satanás por exemplo ); Seres com poder sobre os elementos e sobe o mundo físico ( bem além da simplória imaginação das mitologias pagãs e das personagens dos quadrinhos modernos ), etc.
Já a Ciência tem que se contentar com a improvável esperança que suas crenças sem Deus possam a vir serem comprovadas de alguma forma um dia, mesmo que alguns proeminentes de seus cientistas membros digam que isso não acontecerá, por diversas razões bastante lógicas.
Finalmente se por um lado Ciência e Religião tratam de tempos e espaços diferentes: a Ciência se atém ao observável e supostamente ocorrido de acordo com parciais evidências enquanto a fé religiosa se estende aquém e além do tempo e do espaço do universo percebível, ambas buscam as mesmas respostas para as três grandes questões existenciais do ser humano ( e aí sim é uma questão antropocentrista, não há como ser diferente ) : de onde viemos, quem somos e para onde vamos.
Logo longe e completamente inoportuna é a luta de um conhecimento e percepção contra outro conhecimento e percepção. Quem assim o faz é tolo duas vezes!
Por Helvécio S. Pereira*
* graduado em Desenho/ Plástica/ História da Arte pela EBA/ UFMG e pedagogia pela UEMG
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