Há muito tempo sem postar textos e comentários ligados à produção literária, retornamos nessa postagem, espero que apreciem. Não é só questão de "espiritualidade" ou "não espirituaidade". A sabedoria continua a camar nas esquinas mas ninguem a percebe. As pessoas estão cada vez mais idiotizadas!
Que uma geração nunca é igual a outra que lhe sucede ou antecede, depende de como se vê ) é um fato, contrariando o verso da canção do quase padre, compositor e cantor Belchior, que "somos iguais aos nossos pais", é um fato. Portanto, não deveríamos ( eu não deveria ) me surpreender com coisas que vejo ao meu redor, no comportamento das pessoas que mesmo tenho uma atitude de não supresa, acabo me surpreendendo.
Já explico: quando jovens, eu você e qualquer um, fgazemos coisas que olhadas depois, não fazem o menor sentido e não demonstram grau algum de nenhuma inteligência e muito mais uma pretensa e propagada "evolução da espécie", da nossa espécie. O surpereendente, pelo menos para mim e pode ser que para você tambem, não são "jovens" mas sujeitos barbados, com circunferência abdominal, carecas e evenlhecidos precocemente, esses não parecem se cansar de ter atitudes públicas patéticas, imaginem privadamente.
Há uma tese que reza que a tecnologia molda a sociedade, fenômeno inevitável, quase um determinismo científico, aquele emprestado e copiado em um também determinismo social. Não é, entre outras coisas tão fácil tecer uma constentação a uma observação. Pode se contestar as eventuais explicações, como a todas na vida. Aliás sobre o que se observa e sobre o que se conclui há muitas vezes uma distância cósmica. Sobre isso lembro de um fato contado a mim sobre algo acontecido com seu casal de crianças quando ainda muito pequenos. Essa minha colega é formada em Balé, psicologa e língua portugesa. Daí e por todas essas formações e profissões, é uma pessoa observadora e que retém boas e as vezes más coisas, e tira boas lições quase sempre. Um dia apressada em preparar as crianças para deixá-las em algum lugar, não me lembro se com a avó ou em alguma escola infantil, resoveu dar banho aos dois juntos e não um de cada vez. O menino, hoje um formoso homem e dentista gabaritado, pai e esposo, ao lhar a irmazinha, hoje também uma belissima e formosa mulher, desandou em um choro desesperado. Entre lágrimas e lamentos disse a sua mãe de chofre: "- cortaram a perereca da Nicole!"
O nome dele é Dr. Tiago. Baseado na sua inteligente observação precosse, constatou que a sua irmã não tinha o mesmo penduricalho entre as pernas logo abaixo do umbigo. Costatação perfeita ou alguem poderia dizer que não era e não é assim? Só os neo comunas e os ativistas da cultura woke se atrevem a constatar o óbvio. Assim ocorre com a ciência que tem a sua utilidade tecnológica mas que erroneamente se atreve a explciar tudo. Assim como a ideologia é religião sem Deus, a ciência ou mais exatamente o cientificismo é o esforço bêbado de explicar tudo.
Mas voltando a ideia que é a gênesis desse texto, depois desse longo aposto, eu havia dito que as pessoas ainda me assustam quando penso que eu ja estaria vacinado em relação às suas atitudes. Um dia desses um cantor, até com qualidades de cantor e instrumentista, adentrou um ônibus coletivo em que eu estava e cantou uma canção de um compositor e cantor mineiro até interessante. Após uma fala agradável e uma mensagem positiva aos passageiros que se amontoavam apertados no ônibus, se pôs a fazaer o que se propôs: cantar e aceitar( pedir ) alguma doação, qualquer uma. Isso não é nenhuma novidade em muitas cidades do mundo em que isso é permitido, nunca legalmente é verdade. E o que aconteceu que não entra na minha cabeça? Pode ser que eu esteja tão fora de compasso que eles estejam certo e eu o único errado mas marmanjos continuaram com aquele caximbinho enfiado nos buracos dos ouvidos, alheios a tudo. E o pior, eu aposto algumas cervejas, mesmo não bebendo bebida alcoolica que a música, as canções que estariam ouvindo eram bem piores que a do cantor, que até cantou bem, tecnicamente, mesmo em pé no coletivo.
Que tipo de alienação pandêmica faz com que pessoas adultas troquem um canção ao vivo com um bom tema, expressando certa sensibilidade importante, afinal não era um funk depravado, a canção tinha boa melodia, boa letra, poética e acordes e filigranas bem executadas ao violão afinado. O cantor entoou a canção empregando vibratos bem colocados e sua voz era afinada... trocaram tudo isso por um pop em inglês que convenhamos, posso apostar de novo ninguém ali dominava para entender, nem as palavrasm nem o tema delas, nem o cotexto atual do pop da erra do tio San. Afinal o virtua é crido mais que o real, o que não é mas finge ser tem mais valor que a realidade.
Não é um caso isolado. Observo as pessoas e os acontecimentos, seja presencialmente, seja através da mídia. O número de bizarrices, algumas terminando em tragédias, entenda-se mortes, não é exatamente aquilo que se espera de uma "evolução da nossa espécie" ou de pessoas minimamente adultas. Por essa e por outras, o Ocidente está definitivamente em franca decadência e isso de alguma forma finalizará em algum tipo de implosão social. O futuro dirá, se eu ou esses, se eu você estaríamos certos e os outros errados.
Por Helvécio S. Pereira
Belo Horizonte, 21 de agosto de 2024
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