A salvação do ser humano se baseia na fé em uma única pessoa: Jesus Cristo, Deus e Filho de Deus. Embora informações fidedígnas tenham o seu lugar relacionadas à pessoa do Senhor, a relação pessoal com Ele, através da oração e obediência a Sua Palavra revelada nas Escrituras constituem inegavelmente o cerne da experiência cristã genuína e ponto final. É portanto absolutamente que seja exigido um esforço baseada em uma exigência humana e artificial que exclui qualquer um que dela discorde ainda que haja essa possibilidade legítima.
Calvinismo de Quatro Pontos
Laurence M. Vance - O Outro Lado do CalvinismoCalvinismo de Quatro Pontos
Alguns homens, reconhecendo a repugnância da Expiação Limitada, embora ainda aderindo à predestinação do sistema calvinista, alegam ser calvinistas de quatro pontos apenas. Os primeiros calvinistas de quatro pontos foram Moyse Amyraut (1596-1664), um francês, professor de teologia na Academia de Saumur (1624-1664), que tinha o maior registro de estudantes de teologia reformada nessa época,[1] e John Davenant (1576-1641), um inglês que escreveu A Dissertation on the Death of Christ.[2] Em tempos mais recentes, o ensino do Calvinismo de quatro pontos foi sustentado pelo eminente teólogo dispensacionalista Lewis Sperry Chafer (1871-1952), fundador do Dallas Theological Seminary,[3] e outros batistas que ele influenciou.[4] Muitos batistas na General Association of Regular Baptist Churches são calvinistas de quatro pontos.[5] Há também um grande número de batistas, muitos dos quais são “calvinistas-armário,” que aderem a este ensino.
O ajuste teológico conhecido como Calvinismo de quatro pontos é o que é conhecido como uma “bendita inconsistência,” que será provada no capítulo 8 sobre a Expiação. Os calvinistas de cinco pontos reconhecem este fato e não hesitam em condenar aqueles que os seguem somente 80 por cento:
Para que alguém possa ser consistente ele deve aderir a todos os cinco pontos do Calvinismo.[6]
Os Cinco Pontos do Calvinismo estão todos unidos. Aquele que aceita um dos pontos deve aceitar os outros pontos.[7]
Os cinco pontos estão logicamente relacionados de tal forma que de qualquer um deles se deduz os outros quatro.[8]
Mas os calvinistas de cinco pontos não apenas condenam seus “primos” de quatro pontos pela “absurdidade e tolice” de sua concepção,[9] eles além disso insistem que todo o sistema calvinista está em risco se um dos pontos for negado:
Prove que um deles é falso e todo o sistema deve ser abandonado.[10]
Admitido qualquer um destes cinco pontos, o resto deve seguir inevitavelmente; negue qualquer um deles e toda a estrutura é colocada em perigo. Alguém não pode satisfatoriamente defender alguns pontos mas não os outros.[11]
Estas cinco doutrinas formam um todo harmonioso. Nenhum deles pode ser alterado sem causar desarmonia ao todo e confusão quanto a como os homens realmente são salvos.[12]
Tomaremos a exata posição que os calvinistas de cinco pontos, somente inverteremos o argumento: todos os cinco pontos serão rejeitados e nenhum será aceito.
[1] Brian G. Armstrong, Calvinism and the Amyraut Heresy (Madison: The University of Wisconsin Press, 1969), pp. xviii, 1.
[2] Paul Helm, Calvin and the Calvinists (Edinburgo: The Banner of Truth Trust, 1982), pp. 36-37.
[3] Lewis Sperry Chafer, Systematic Theology (Dallas: Dallas Seminary Press, 1948), vol. 3, p. 184.
[4] Veja Lightner, pp. 45-49; Kober, pp. 14-15.
[5] Para uma discussão do Calvinismo na GARBC veja a seção intitulada “The Retreat of the General Association of Regular Baptists” em Good, Are Baptists Calvinists?, pp. 217-239.
[6] Charles W. Bronson, The Extent of the Atonement (Pasadena: Pilgrim Publications, 1992), p. 19.
[7] Palmer, p. 27.
[8] Gunn, p. 4.
[9] Joseph M. Wilson, “How is the Atonement Limited?” The Baptist Examiner, 9 de dezembro de 1989, p. 1.
[10] Boettner, Predestination, p. 59.
[11] Custance, p. 71.
[12] Wilson, Atonement, p. 1.
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