"Oceans"

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O ATEÍSMO E O DILÚVIO GLOBAL, E O QUE A CIÊNCIA DESCOBRIU E NÃO É ENSINADO NAS ESCOLAS E NEM DIVULGADO AMPLAMENTE NA MÍDIA





O ateísmo é uma reação compreensível e um fenômeno mais encontrado entre pessoas e classes sociais tidas como mais críticas, classes e grupos de pessoas que tiveram acesso a educação formal em níveis mais altos. Em parte é justificado e compreensível pelo vasto registro de escândalos, crimes, incoerências teológicas, inconsistências discursivas, contradições pueris, etc.

Entretanto essas contradições às vezes mais frequentes e comuns, mais infantis, em algumas correntes religiosas, em algumas igrejas ou denominações, referentes a determinados pontos em uma cosmovisão mais ampla, não constituem uma particularidade das religiões e da arquitetura de pensamento religioso. A ciência têm muitas e bastante simplórias incoerências. Entre elas os erros frequentes de datação, que em muitos casos, sobre a mesma questão específica, tem uma diferença de milhões de anos para apenas milhares de anos.

Há portanto, diríamos, um "ateísmo sincero" ( talvez eu volte a esse assunto em uma outra postagem ) e um ateísmo desonesto, feito por ativistas ateus, desonesto intelectual e cientificamente. A esses ateístas insinceros, a quem interessa desqualificar e se possível destruir, erradicar toda influencia e cosmovisão religiosas, qualquer "prova atraente", imediata que, no caso do cristianismo há uma forte inconsistência no registro bíblico, todo o mais deve ser desconsiderado sem nenhuma análise. Essa é a grande esperança e o "elo perdido" para um ativista ateu.

Certa vez, um leitor desse ou de um outro blog, ao ler e comentar uma postagem minha sobre o dilúvio, argumentou que segundo certos cálculos, nem toda a água contida na atmosfera, caindo sobre a terra seria suficiente, para cobrir toda a terra, pois apenas elevaria o nível dos oceanos em  míseros sessenta centímetros!

ABORDEMOS A QUESTÃO SEM PAIXÕES EM DUAS ETAPAS:

PRIMEIRO PONTO:

A questão que se coloca é: havia tanta água em suspensão na atmosfera para cobrir os montes? As evidências apontam para uma resposta negativa.

Água na Atmosfera e Água na Terra

O que teria acontecido se toda a água existente na atmosfera tivesse caído durante aqueles quarenta dias e quarenta noites?

Os cálculos indicam que na atmosfera do planeta existem aproximadamente 0,013 x 1015 m3 de água. Isso corresponde a aproximadamente 13 x 1018cm3 de água. Então a pergunta fica sendo assim: o que teria acontecido na superfície do planeta se, durante quarenta dias e quarenta noites, 13 x 1018cm3 de água caíssem em forma de chuva?

Para responder esta pergunta precisamos saber a área da superfície do planeta. Ela é de aproximadamente 510.067.000 Km2. Isso corresponde a aproximadamente 51 x 1017cm2. 

Se admitíssemos que o planeta é todo plano e que os mares, lagos, rios e córregos ficassem no mesmo nível do que é terra, essa água ficaria em uma altura que é fornecida por uma equação simples, a saber: 

V = A x h onde V é volume, A é área e h a altura. Para se obter a altura a equação é a seguinte: h = V/A

Substituindo-se V pelo volume de água existente na atmosfera e A pela área da superfície do planeta, temos: 

h = 13 x 1018cm3/51 x 1017cm2 = 2,55 cm

Logo, se toda a água existente na atmosfera caiu sobre o planeta, independente do tempo da chuva, a altura atingida foi de 2,55 centímetros, segundo os dados disponíveis. Deparamo-nos então, com o primeiro desacordo entre a Bíblia e nossos conhecimentos atuais no que diz respeito ao dilúvio.

Água nos Mares

Uma vez que a existência de montanhas compromete a conclusão acima, vamos admitir que toda a água em suspensão caísse sobre os mares, lagos, rios e córregos. Sabemos que eles ocupam 70% da área do planeta, ou seja, 35,7 x 1017 cm2. Neste caso, os mares, lagos, rios e córregos aumentariam de altura segundo a equação:

h = V/A = 13 x 1018cm3/35,7 x 1017cm2 = 3,64 cm

Logo, se toda a água caísse somente sobre os mares, lagos, rios e córregos ou, se a água da chuva que caísse sobre o planeta escorresse para essas áreas líquidas, o aumento no volume de água seria de 3,64 cm de altura. Isso também é insuficiente para causar inundação. 

Água na Terra

Imaginemos agora que, por vontade divina, a água em suspensão na atmosfera caiu apenas na parte sólida e não escorreu para os mares, lagos, rios e córregos. Ou seja, caiu apenas sobre a área sólida, que corresponde a cerca de 30% da superfície do planeta - e nela ficou estancada. Neste caso, a altura atingida teria sido:

h = V/A = 13 x 1018cm3/15,3 x 1017cm2 = 8,5 cm

Logo, se toda a água da atmosfera caiu somente sobre a parte sólida do planeta e ficou estancada nela, essa água atingiu a altura de 8,5 cm. Isso é também insuficiente para caracterizar uma inundação.

Chuva Circunscrita ao Oriente

Admitindo-se que, por vontade divina, a água tenha caído sobre a "humanidade" de então, e ficado estancada em uma parte do Oriente Médio, o que teria acontecido? Antes de responder, vamos circunscrever a região. Deduz-se do Livro do Gênesis, que a história bíblica que vai da criação, passa pelo dilúvio e chega até Moisés, ocorreu em uma área geográfica do Oriente que englobaria, no máximo, o que são hoje os territórios de Israel, Palestina, Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia, Síria, Arábia Saudita, Irã, Egito. Esses territórios, somados, correspondem a uma área aproximada de 6.437.900 Km2. Esta área é, aproximadamente, 1/80 da área do planeta.

Logo, se a chuva caiu apenas nessa área e ficou sem escorrer para os mares, a altura alcançada foi de 80 vezes a altura encontrada para todo o planeta, ou seja, 2,55 cm x 80 = 204 cm = 2,04 m. Esta altura ainda é muito pequena em comparação com a descrição bíblica. 

Área Ainda Mais Limitada

A narrativa bíblica, até a época do dilúvio, permite deduzir que o cenário dos eventos foi uma parte do que são hoje os territórios do Iraque, Síria, Turquia, Jordânia, Palestina, Israel e Líbano. Contudo, é impossível estabelecer esse cenário com precisão. Considerando-se os territórios na sua integralidade, tal como são hoje, os três somam uma área de 1.537.886 Km2. Isso corresponde a aproximadamente 1/331 da superfície total do planeta. Ou seja, se a água que se achava na atmosfera caiu, por vontade divina, apenas ali e ficou estancada, a altura atingida foi de 2,55 cm x 331 = 844 cm = 8,44 m. Isto ainda está muito longe de atingir o que está descrito na Bíblia, mesmo que consideremos as áreas ocupadas por montanhas. 

Discussão Complementar

Pode-se argumentar que:


-- A água existente na atmosfera à época do dilúvio era maior. 
-- O volume de água que cai hoje durante um ano, com as chuvas, na superfície do planeta, é maior do que o volume citado de 13 x 1018cm3.

É improvável que o volume de água na atmosfera fosse maior do que é hoje. Se fosse o dobro, causaria muito desequilíbrio ambiental e, ainda assim, a altura alcançada seria insignificante quando comparada com as proporções bíblicas.
O volume de água que se precipita sobre a terra durante um ano é cerca de 30 vezes o volume que fica em suspensão na atmosfera. Isso se deve ao movimento contínuo de evaporação-precipitação-evaporação. No dilúvio bíblico, choveu durante quarenta dias e quarenta noites, e, por isso, não houve evaporação - teria caído a água que se achava na atmosfera.

Conclusão

Conclui-se, finalmente, que existe um desacordo muito grande entre a Bíblia e os nossos conhecimentos atuais, adquiridos pela pesquisa científica, no que diz respeito ao dilúvio.
COMBATENDO A TESE E A EVIDÊNCIA CIENTÍFICA

Inicialmente, ressalte-se que a suposta tese científica assenta-se na premissa que toda a água do dilúvio veio da atmosfera. Se essa premissa for verdadeira, toda a construção matemática proposta está correta, como tive a oportunidade de conferir. Digno de nota que o autor teve o cuidado de evitar as mais modernas conjecturas, cuidando em afastar meticulosamente quaisquer possibilidades de um dilúvio regional.

Todavia, a contradição não está na hipótese de um dilúvio parcial. Ela reside nas premissas do raciocínio científico. As premissas podem ser falsas em razão da estrutura formal conduzir a uma conclusão ou argumento inválido. As premissas podem ser falsas quando o conteúdo for falso. 

Nesta última hipótese a estrutura lógica é perfeita, mas o conteúdo da conclusão está errado porque uma das premissas tem conteúdo falso. Dá-se a isso o nome de falácia material. Falácia é um argumento não válido porque uma das premissas é falsa

A premissa que toda a água do dilúvio procedeu das chuvas é falsa. Isso macula toda a construção matemática e fere de morte a conclusão de Ruy Miranda.

É um exemplo de falácia material ou não formal dos tipos:

Causa complexa:

Supervalorizar uma causa quando há várias ou um sistema de causas. No caso, foi supervalorizada a chuva, quando várias são as causas imediatas do dilúvio bíblico (chuvas, fontes do abismo, isto é, mares, rios e todas as águas inferiores). 


Causa diminuta:

Apontar uma causa pouco importante. No caso do dilúvio bíblico, a causa menos importante reside nas chuvas.


Vejamos o texto bíblico pertinente ao dilúvio:

GENESIS 7:

1 Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.
2 De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea.
3 Também das aves dos céus sete e sete, macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra.
4 Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz.
5 E fez Noé conforme a tudo o que o SENHOR lhe ordenara.
6 E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
7 Noé entrou na arca, e com ele seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio.
8 Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra,
9 Entraram de dois em dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
10 E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
11 No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
12 E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
13 E no mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
14 Eles, e todo o animal conforme a sua espécie, e todo o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil que se arrasta sobre a terra conforme a sua espécie, e toda a ave conforme a sua espécie, pássaros de toda qualidade.
15 E de toda a carne, em que havia espírito de vida, entraram de dois em dois para junto de Noé na arca.
16 E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne, como Deus lhe tinha ordenado; e o SENHOR o fechou dentro.
17 E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra.
18 E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.
19 E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.
20 Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.
21 E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem.
22 Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu.
23 Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.
24 E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias.
     
A narrativa bíblica aponta que o dilúvio não foi causado apenas pelas águas das chuvas, pois também se romperam todas as fontes do abismo. Portanto, toda a construção científica de Ruy Miranda cai por terra diante da própria narrativa bíblica.

O que vem a ser isso, fontes do abismo?

Os textos que relatam  um grande dilúvio com elementos comuns ao texto bíblico  encontram paralelo na civilização mesopotâmica, datados de 1.600 - 1.200 AC.  Trata-se da epopeia de Gilgamesh, de origem babilônica. Diversos povos apresentam um relato parecido ao dilúvio bíblico em um momento pré-histórico.

Segundo a cultura da época, acreditava-se na existência de dois níveis de águas: as superiores, que estavam acima dos céus e eram responsáveis pelas chuvas ,  e as inferiores, compostas dos mares, rios e águas subterrâneas.  

Segundo o relato bíblico da criação, foi o Senhor quem fez separação entre a água da atmosfera, que estava acima da expansão, e as águas inferiores, que estavam abaixo da expansão (Gn 1.6-7). À expansão (atmosfera) chamou Deus de céus. Quanto às águas que estavam abaixo da expansão, Deus traçou limites, fazendo com que a porção seca ficasse exposta (Gn. 1.9).

Podemos inferir, quanto aos limites traçados pelo Senhor, o que segue:

1) A própria ciência admite que o derretimento das calotas polares e do restante do gelo presente nos montes elevaria o nível dos oceanos a catastróficos 70 metros. Isto é, apenas o degelo já causaria um acréscimo global aos oceanos nove vezes superior à situação mais favorável apontada no estudo de Ruy Miranda, consistente em uma elevação de 8,44 metros;

2) Por ocasião de tempestades tropicais o nível dos mares eleva-se em razão do aumento da temperatura. Se isso vier acompanhado de um furacão, a inundação de vastas áreas é certa, como aconteceu com o furacão Katrina em New Orleans;

3) A última ponderação é quanto ao rompimento das fontes dos abismos, conforme consta do relato bíblico. Tsunamis e furacões causam enormes devastações, mas se o Senhor retirasse os limites que traçou para as águas debaixo dos céus, no caso as fontes inferiores, somente isso daria para cobrir os mais altos montes. Como Deus faria isso? Ora, um leve aquecimento das águas dos mares já causa enchentes terríveis se somado à ocorrência de um furacão. O rompimento das fontes do abismo, portanto, pode estar relacionado a uma quebra da ordem traçada, com o degelo das calotas e da exposição dos mares e oceanos e lençóis subterrâneos a uma alteração da densidade da água. Essa alteração poderia ocorrer pela elevação da temperatura, por exemplo. De fato, quarenta dias de chuvas globais, como ocorreu no dilúvio bíblico, só seria possível com uma formidável elevação da temperatura global.

Portanto, uma catástrofe global, que exporia toda a humanidade, poderia ocorrer com o simples degelo das calotas polares. Somando-se a isso a elevação das águas em função do aquecimento global, o cenário já seria tão devastador quanto um dilúvio global. Somando-se a isso uma simples alteração na densidade da água, pelo aumento da temperatura, teríamos uma catástrofe similar ao dilúvio. 

A densidade da água certamente pode ser alterada pela elevação da temperatura, que ocasionaria uma expansão dos mares e do restante das fontes inferiores. Tudo muito moderno, em face do atual aquecimento global.

De qualquer forma, quem ordenou o surgimento da terra seca, traçando limites para os oceanos e mares, poderia ordenar que ela também fosse tragada pelas águas do abismo.


CONCLUSÃO

Todas as vezes que o relato bíblico é posto em cheque pela ciência, utilizam-se argumentos falaciosos para desacreditar a Bíblia. 

Negar o dilúvio é quase óbvio. Primeiro erigem-se argumentos quanto à possibilidade de um dilúvio de proporções mundiais. Se a tese cair por terra, o outro argumento é que a arca de Noé, pelas suas dimensões, não poderia acomodar todas as espécies encontradas na natureza. Somos obrigados a reconhecer que de fato não poderia, mas o relato bíblico não afirma que todas as espécies estavam presentes na arca. Deus apenas queria demonstrar a sua aliança com o homem e sua criação. Quem proveu a subsistência de todas as espécies, inclusive da humanidade, através de Noé, foi o Senhor.

Até pouco tempo, duvidava-se da existência de Nazaré, duvidava-se até mesmo da historicidade de Jesus Cristo, como se um mito pudesse ser criado em poucas décadas, quando somente a força do relato dos evangelhos, a figura ímpar do mestre e seus ensinamentos seriam suficientes para garantir a existência de alguém capaz de mudar a história da humanidade. Mas por décadas uma corrente científica negou  a historicidade de Jesus. Por décadas negou-se também a existência do Rei Davi e do gigante Golias, mas os achados arqueológicos estão  a depor favoravelmente à existência de ambos.

Jericó foi descoberta, Nazaré foi encontrada. As oposições da ciência ao relato bíblico não resistem a uma análise séria do mesmo. Cheguei a encontrar um estudo científico acusando o Senhor Jesus de falhar grosseiramente ao dizer que o grão de trigo morre para que possa germinar. Esta pseudociência esquece-se que o divino mestre apenas estava profetizando acerca da sua morte e ressurreição. Do ponto de vista rabínico, a metáfora era plenamente aceitável, mas o “rigor” científico, preocupado em desacreditar a Bíblia, não levou em conta a genialidade do mestre, a possibilidade de estar diante de apenas uma metáfora rabínica e desprezou  acintosamente a  riqueza literária do evangelho.

Como ficam todos aqueles que acreditaram no puritanismo científico que falhou todas as vezes que buscou erros na Bíblia? Sim, porque todas as vezes que a Bíblia é contestada, a consequência é a incredulidade. Jesus Cristo disse que o dilúvio existiu, se o dilúvio não existiu então o mestre falhou. Se Ele falhou, como pode ser Deus? Ainda, se a Bíblia falhou, não é a Palavra de Deus e não pode ser levada a sério. O resultado para aqueles que são levados a essas conclusões é a incredulidade, a descrença em Deus e o acolhimento do ateísmo.

Lembro-me de um sepultamento do qual participei. O morto era cético justamente porque não acreditava na existência de Jesus Cristo. A razão era que a ciência o levara a concluir pela não existência física do Senhor.  Mas, se estivesse errado, como seria do outro lado se a sua existência não se encerrou com o fim da vida do corpo físico?

Lá estava o caixão baixando à sepultura definitiva. Pude ver alguns insetos e minhocas por ali, a recepcionar o caixão e fiquei triste: Será esse o fim?

Sinceramente, não me importaria em simplesmente desaparecer. Aceitaria a oferta de uma morte definitiva e indolor da alma junto com o corpo físico. Afinal, não haveria mais sofrimento algum. Aqui reside o ponto: E se não for assim? Se houver um porvir, como será? Essa questão sempre afligiu a humanidade.  A uma eternidade sem Deus seria melhor a morte definitiva e a dissipação completa com a morte física, mas, segundo a Bíblia, não será assim, pois a alma subsistirá para a vida eterna ou a vergonha eterna. 

Algo em mim sempre me disse que não é assim. Existe algo depois da morte, a alma sobrevive e aí reside a oferta do Senhor: vida eterna. Ao sentir a presença do Senhor em minha vida, pude reconhecer que vale a pena viver eternamente, desde que seja onde o Senhor estiver. À simples possibilidade de uma eternidade sem Ele seria muito melhor desaparecer para sempre no pó da terra.

MESMO DENTRE AS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS OCORRIDAS NO ÚLTIMO SÉCULO ( XX ) MOSTRAM INCRÍVEIS OUTRAS FONTES DE ÁGUAS




1 ) Pesquisadores descobriram, após décadas de estudos, que um vasto reservatório de água — suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes — pode estar escondido quilômetros abaixo da superfície. A novidade,publicada na Science, tem chances de transformar a atual compreensão de como foi formado o planeta.
Em março deste ano, cientistas já haviam divulgado evidências deste enorme reservatório.
A água estaria "trancada" em um mineral chamado ringwoodite, cerca de 660 quilômetros abaixo da crosta terrestre. Os pesquisadores se basearam no estudo de uma região que se estende no subsolo dos Estados Unidos. O mineral em que está a água costuma agir como uma esponja, em razão de sua estrutura cristalina.
Se apenas 1% da rocha for água, já seria o equivalente a quase três vezes a quantidade de água nos oceanos. A pesquisa, informou o Guardian, utilizou dados do USArray, uma rede de sismógrafos americana, que mede as vibrações de terremotos.
"Pode ajudar a explicar a grande quantidade de água em estado líquido na superfície do nosso planeta"
Steve Jacobsen, geofísico
Segundo o geofísico responsável pela iniciativa, Steve Jacobsen, da Universidade Northwestern, a descoberta sugere que a água da Terra pode ter vindo de seu interior, impulsionada para a superfície pela atividade geológica — em vez de ter sido trazida por cometas congelados.
"Acho que estamos finalmente vendo evidências de um ciclo de água na Terra, o que pode ajudar a explicar a grande quantidade de água em estado líquido na superfície do nosso planeta", diz Jacobsen.
Em entrevista à New Scientist, o pesquisador afirmou que a água escondida também poderia estar agindo como um amortecedor para os oceanos na superfície. "Se [a água armazenada] não estivesse lá, estaria sobre a superfície da Terra, e o topo das montanhas seriam o único solo para fora."

OS FANTÁSTICOS E GIGANTESCOS RIOS SUBTERRÂNEOS

Cientistas anunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas

Batizado de Hamza em homenagem a um dos pesquisadores que participaram do estudo, rio corre a 4 mil metros de profundidade em meio a sedimentos; descoberta foi possível graças a dados de 241 poços perfurados pela Petrobrás nas décadas de 1970 e 1980.

Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d"água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente.
A
descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobrás nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo. Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro
dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobrás, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros. O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12. Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio.

Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde
1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza. nunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas.

Características.

A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil m3/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma ideia da força do Hamza, quando a calha do Rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.

As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d"água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano (mais informações nesta página).

Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar.

No Brasil, outra reserva de água subterrânea é o Aquífero Guarani, com 45 milhões de litros. A maior parte fica no Brasil, mas ele também se estende no Paraguai, Uruguai e Argentina.

ACERCA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Água subterrânea

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em geologia considera-se água subterrânea toda aquela água que ocupa todos os espaços vazios de uma formação geológica, os chamados aquíferos.1
Nem toda água que está embaixo da terra é considerada como água subterrânea por haver uma distinção daquela que ocupa o lençol freático, que é chamada de água de solo e tem maior interesse para a agronomia e botânica.
Um maciço rochoso ou um solo argiloso, pode servir de leito para as águas subterrâneas, pois permitem que ela se acumule e elimine todos os espaços vazios do solo.
Em geral, as águas subterrâneas são armazenadas ou em rochas sedimentares porosas e permeáveis, ou em rochas não-porosas, mas fraturadas. Neste último caso, as fraturas geram um efeito físico similar ao da permeabilidade. Um caso menos frequente é o das rochas calcáreas, nas quais até mesmo a baixa acidez das águas da chuva é capaz de abrir verdadeiros túneis, por onde flui a água subterrânea.
A maior reserva de água doce do mundo se encontra nas geleiras (quase 70 %) seguida pela existente no subsolo (quase 30%), representando esta última cerca de 90% do total de água doce disponível para consumo humano.
Uma das maiores reservas de águas subterraneas do mundo é o famoso Aqüífero Guarani, que ocupa o subsolo do nordeste da Argentina, centro-sudoeste do Brasil, noroeste do Uruguai e sudeste do Paraguai.


VOLTANDO ÁS ESCRITURAS:

Segundo a Bíblia o Dilúvio foi global e não apenas localizado onde a humanidade se encontrava restritamente, mesmo isso não representando nenhum problema, se assim for considerado.

O volume de água necessário para  inundar toda a terra, como foi visto foram oriundas dos céus, das águas subterrâneas, lagos, rios e oceanos subterrâneos que conforme descritos nas Escrituras voltaram a esse estágio após a cessação do Dilúvio.

Um Deus que criou um sistema tão complexo e eficiente de provimento de água, elemento essencial à vida na terra ( e ao que parece em todo o universo ), não teria problema nenhum, mesmo por ser Deus, em usar esse elemento provedor de vida em causa de morte em massa como juízo e punição ao seres humanos.


CURIOSIDADES E  EXEMPLOS DE UM BENDITO EXAGERO EM COISAS CRIADAS POR DEUS SOBRE A TERRA

SOBRE O AQUÍFERO GUARANI, UM DOS AQUÍFEROS EXISTENTES NO MUNDO
O Aquífero Guarani
Introdução
       O termo aquífero Guarani foi proposto há alguns anos, numa reunião de pesquisadores de várias universidades de países do cone sul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai),  como uma forma de unificar a nomenclatura de um sistema aquífero comum a todos eles, e em homenagem à nação dos índios guaranis, que habitavam a área de sua abrangência. Anteriormente, este aquífero era conhecido aqui no Brasil pelo nome de Botucatu, pelo fato de que a principal camada de rocha que o compõe ser um arenito de origem eólica,  reconhecido e descrito pela primeira vez  no município de Botucatu, estado de São Paulo. 
Área de Ocorrência
    O aquífero Guarani ocorre nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do sul; atingindo também os países Argentina, Paraguai e Uruguai. É portanto um sistema transnacional. A área total de ocorrência chega a 1.400.000 quilômetros quadrados, dos quais cerca de 1 milhão está em território brasileiro. Sua dimensão norte-sul no Brasil chega  a 2000 quilômetros.
Panorama geológico.
    Este aquífero é constituído de várias rochas sedimentares pertencentes à Bacia Sedimentar do Paraná. Das rochas que compõem o aquífero, a mais importante é o arenito Botucatu, de idade triássico superior  a jurássico inferior (190 milhões de anos atrás). Este arenito foi depositado em ambiente desértico, o que explica as características que faz dele um ótimo reservatório de água: Os grãos sedimentares que o constituem são de uma grande homogeneidade, havendo  pouco material fino (matriz) entre os mesmos. Isto confere a este arenito alta porosidade e alta permeabilidade.
    Sua espessura média é de cerca de 100 metros, havendo locais onde chega a 130 metros. O arenito Botucatu está exposto à superfície nas regiões marginais da Bacia Sedimentar do Paraná. À medida que caminhamos para as partes centrais desta Bacia, isto é para o interior dos estados do sul, este arenito vai ficando cada vez mais profundo, tendo a lhe recobrir espessas camadas de rochas vulcânicas basálticas, e outros camadas de arenitos mais recentes. 
    A região onde o arenito Botucatu aflora constitui os locais de recarga do aquífero. Nas regiões onde o mesmo está recoberto pelas rochas vulcânicas não há recarga e o sistema está confinado, ou seja, é artesiano, chegando a profundidades de até 1500 metros.  Apesar desta profundidade,como é um sistema confinado, nos poços que o alcançam nesta profundidade á água sobe chegando a pouco menos de 100 metros da superfície, havendo locais onde a pressão é suficiente para que a água jorre espontaneamente pela boca do
poço.

    Este aquífero é responsável por cerca de 80 % do total da água acumulada na Bacia sedimentar do Paraná.  Calcula-se que constitua a maior reserva de água doce do mundo. Como é muito permeável os poços ali perfurados apresentam vazão que podem ultrapassar os 500 m³/h, com um rebaixamento de somente 150 metros do nível d'água no poço antes do bombeamento.

Obs:  Esta relação entre vazão e rebaixamento do nível estático do poço chamamos de capacidade específica do aquífero. 

    Em regiões onde o aquífero está a mais de 1000 metros de profundidade a água pode atingir temperaturas de até 50 graus Celsius, sendo muito útil em alguns processos industriais, hospitais, no combate à geada e para fins de recreação e lazer.


O LAGO MAIS PROFUNDO DO MUNDO, REPRESENTA 20% DE TODA A ÁGUA DOCE DE SUPERFÍCIE DO MUNDOO lago Baikal ou lago Baical é um lago situado no sul da Sibéria, Rússia, entre Oblast de Irkutsk no noroeste e Buryatia no sudeste, perto de Irkutsk. 

Com 636 km de comprimento e 80 km de largura, é o maior lago de água doce da Ásia, o maior em volume de água do mundo e o mais profundo da terra, com 1680 metros de profundidade.A superfície do Lago Baikal é de 31 500 km². Nos meses de inverno o lago congela e se torna uma gigantesca planície de gelo. 

É tão grande e profundo que se todos os rios na terra depositassem as suas águas no seu interior, levaria pelo menos um ano para encher, representando 20% da água doce líquida do planeta. 

É um habitat rico em biodiversidade, com cerca de 1085 espécies de plantas e 1550 espécies e variedades de animais, sendo conhecido como as "Galápagos" da Rússia. ferrovia que passa pelo Lago Baikal é um trecho da Transiberiana com e 307 km e 40 túneis, concluída em 1904. Antes de sua construção, os vagões eram transportados em balsas do Porto Baikal a Babushkin. 

O lago está completamente cercado por montanhas altas e íngremes. As Mountanhas Baikal, na costa norte, e a taiga são protegidas como parque nacional. O lago contém 27 ilhas, sendo que a maior, Olkhon, tem 72 km de comprimento e é a terceira maior ilha lacustre do mundo.O lago é alimentado pelo fluxo de 336 afluentes e deságua no Rio Angara. Os principais afluentes do Baikal são o Selenga, o Barguzin, o Alto Angara, o Turka, o Sarma e o Snezhnaya.Além de ser o mais profundo lago do mundo, levando em consideração que o lago está a 455,5 metros acima do nível do mar e o ponto mais baixo está a 1.185,5 metros abaixo do nível do mar, verifica-se que é uma das depressões mais profundas da Terra. A profundidade média do lago é de -744,4 metros em relação ao nível do mar.


CONCLUSÃO:

O FILME NOÉ ( NOAH ) NÃO FOI UM FILME  100% FIEL AO RELATO BÍBLICO, MAS OFERECEU DUAS VANTAGENS IMPORTANTES QUE NÃO PODEM SER IGNORADAS:

PRIMEIRA: 

Fez e faz com que novas gerações se debrucem sobre esse relato bíblico de ênfase especificamente moral. Deus têm uma opinião sobre a história humana e essa opinião de Deus é preservada fielmente no filme e nele registrada.  Deus como Criador pode desaprovar as ações e legados humanos sobre a terra. A humanidade e os homens não são algo divorciado de algum objetivo maior e livres de uma expectativa externa.

SEGUNDA:

As cenas mais impactantes e bastante perceptíveis no filme, e penso serem fieis ao que pode ser imaginado com dados científicos atuais e com o relato bíblico simples, é águas de baixo brotando e juntamente com a chuva torrencial inundando a terra. 



Por Helvécio S. Pereira 

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