"Oceans"

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O EVANGELHO DE JOÃO por Helvecio S. Pereira

João 14:8










Os evangelhos foram livros especialmente escritos como registros dos principais fatos relacionados ao nascimento, vida, morte e ressureição de Jesus. Cada um deles maravilhosamente escrito de forma que o público destinatário pudesse entender e receber demaneira mais eficiente a sua mensagem. Mateius destinado aos Israelitas, Marcos aos Romanos, Lucas para os Gregos,  e João aos gentios. O evangelho de João é considerado como o que apresenta uma diferença impostante em relação aos evangelhos Sinóptcos *. No evangelho de João  há a menção de pelo menos três Páscoas ( João 2:13; 6:4; 13:1 ) enquanto os Sinóptcos registram um cada um deles. O nascimento de Jesus, o batismo, a transfiguração, o exorcismo de demônios, a agonia no Getsêmane, a última ceia, o discurso no Monte das Oliveiras. Se tivéssemos apenas o evangelho de João esses importantes eventos não seriam jamais conhecidos. Tal fato não devem ser tomados como uma disconfiança com relação aos outros evangelhos ou com relação ao próprio evangelho de João. Comprovam apenas quu o escritos, como os demais, mesmo sendo verdadeiro, escolhe os fatos que corroborem teológicamente para a sua mensagem e a quem ela é destinada. Uma análise mais completa daria um prato cheio para discussões teológicas acirradas. Dai para termos mairo número de relatos e informações é reconhecida a necessidade de ler e estudar os quatro relatos que ora se cconfirmam, ora se completam.

Uma conclusão necessária e igualmente óbvia é que não é necessária uma completude de informações para que o evangelho seja comunicado mas aquilo que cada grupo de pessoas irá absorver e que informações elegidas cooperarão para a fé do novo crente. Vale lembrar que a Bílbia completa é um luxo e uma benção que dispomos em apenas alguns lugares do mundo e que msmo a época da igreja primitiva o acesso as escrituras não eram taão possível. Um geração de crentes creu pelo testemunho direto dos apóstolos, discípulos e discípulos de discípulos.

O estilo literário dos evangelhos sinópticos predominate é o das parábolas, ensino brves fácilmente assimiláveis e lembrados. No evangelho de João a predominância é a de longos discursos entremeados de declarações de carárter incisivo. Pode-se pensar que João reproduza commais propriedade o estilo e fala do poróprio Senhor Jesus. Ou seja o discurso de João é o aprendido como próprio Senhor Jesus. Se quizer ouvir Jesus falando diante de si, leia o evangelho de João e imagine-o. O fato é que temas destacados nos demais evangelhos não o são destacados no evangelho de João. Os temas destacados no evangelho de João não são tem a mesma apresentação óbvia nos demais evangelhos. 
Os elementos mencionados são um prato para análises teológicas acadêmicas mas que importância trazem para o leitor e o crente comum? Relacionemos alguns deles:

João não menciona o arrependimento;

O Reino de Deus ( algo mencionado em uma postagem minha anterior ) é um tema central nos evangelhos Sinópticos, quase não é registrado nos ensinos do próprio Senhor Jesus ( João 3:3,5; 18:36 )


A mensagem da vida eterna é o centro do evangelho de João embora apareça umas poucas vezes nos Sinópticose sempre como uma benção escatológica * futura ( Marcos 9:43, 45 e Mat &:14; 25:46 ) enquanto no evangelho de João  a vida eterna é uma benção presente  e já realizada ( João 3:36).

Outras diferenças podem ser  mencionadas em estudos mais aprofundados. Há portanto diferenças em ênfazes teológicas específicas. Nos sinópticos  há um dualismo temporal entre duas eras, o presetne e o futuro  ( Marcos 10:15 e Mateus 7:21 ). No evangelho de João o dualismo não é entre o presente e o futuro mas entre o que está acima e o que está embaixo, entre céu e terra, a esfera de Deus e a esfera do mundo 
( João 8:23; João 3:12, 123, 31; 6;33. 62 ). "Kosmos" ( mundo) é uma palavra muito usada pelo evangelista São João, palavra que aparece muito poucas vezes nos Sinópticos. Em João designa a esfera de poder dos homens e os afazeres, ocupações dos homens. Em João 18:36, Jesus declara que o seu poder, a fonte de seu poder nãoderiva do mundo inferior, do mundo dos homens,mas do mundo de Deus.

Outro contraste é entre luz e trevas, além de acima e embaixo, do céu e da terra ( João 1:5 ;  1:9 ; 3:19 ;  12:46 ;8:12 ). Há ainda  o contraste entre Carne e Espírito embora menos frequente é mais um dualismo importante apresentado no evangelho de João ( 1:13, 3:6 ).  

Que lições poderíamos tirar dessa breve análise? Uma lição possível é a que o evangelho pregado deve apontar para a Pessoa de Jesus Cristo, embora eventualmente ressalte um ou mais aspectos da "grande notícia" que a  Salvação propiciada por Jesus Cristo à humanidade.  Hoje também o mesmo acontece. Há limites em uma eventual pregação feita a outras pessoas que é exatamente não abrir mão de apontar a pessoa de Jesus Cristo como o unigênito Filho de Deus e aquele que através de sua vida, morte e ressureição, redime o ser humano desde que ele, ser humano, creia  nessa verdade revelada e a confesse.

Há mistérios, detalhes que por algum motivo não são tão claros, e portanto constituem fontes de debates intensos, mas que porém  não interferem diretamente na reconciliação com Deus e da redenção única e exclusiva através da fé em Cristo.

Não se deve desprezar elementos únicos encontráveis no evangelho de João como  a revelação da pessoa divina de Jesus como " o logos", sem paralelo em nenhuma cultura ou filosofia mesmo na grega ou ainda na judáica. A revelação da preexistência de Jesus como "Logos" referente ao encontrado em Gênesis1: 2 , embora o "Logos" de João ultrapassa Gênesis 1:1. João joga uma luz ligeiramente diferente sobre a deidade de Jesus, luz essa sob certo aspecto considero irrelevante,  para o crente, pois tbaseia-se em boa parte a detalhes linguísticos do grego usado no texto do evangelho embora seja , tal implicação, corroborada em outros textos da Escritura. Na mente do crente pode parecer mais cionfuso do que claro. O Logos estava com ( pros ) Deus, e o verbo era Deus ( theos ên ho logos ). O Verbo, a Palavra, o Logos, era a deidade, mas não idêntico à deidade. O artigo definido é usado somente no vocábulo logos e dessa forma João declara que tudo o que o Verbo é, Deus é; mas ele implica em que Deus é mais do que o Verbo. Talvez signifique que Deus,o Pai, é maior que o Logos encarnado o que corrobora  o registro da fala de Jesus em Marcos 13:32 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. João afirma que também que o Logos foi o agente da criação como Paulo afirma "que todas as coisas procedem de (ek) Deus através (dia) de Cristo ( I Coríntios 8:6 e Colossenses 1:16 ). A afirmação seguinte é que o Verbo (  o Logos ) "se fez carne" ( João 1:14). João enfatiza que o próprio Deus, no Logos ( no Verbo ), que entrou na história, como um homem real, tão real como cada um de nós. A palavra grega eskenõsen, ( habitou ) ou tarbenaculou, é uma alusão metafórica únicamente bíblica para indicar a própria presença de Deus consco.Além disso o "Logos" revela a nós , seres humanos, à humanidade a vida ( João 1:40, a luz ( João 1:4,5 ), a graça ( João 1:14 ) e até o próprio Deus. ( João 1:18 ).

A expressão "Filho do Homem" é usada somente pelo próprio Jesus e nunca aplicada a Ele nem por parte dos discípulos quer por parte do povo. João enfatiza  a realidade da humankdade, da caarne de Jesus como em João 6:51.

Concluindo essas breves reflexões, as quais fiz baseadas em informações disponíveis em várias teologias do Novo Testamento e publicações que analizam livro por livro do mesmo e disponíveis a todas as pessoas cristãs ou não e que fazem parte do conteúdo teológico existente. Vale lembrar que a experiência pessoal de aceitação, da confissão de Jesus como Salvador e da sua obra redendora revelada e testemunhada nos evangelhos, antecede o conhecimento extra ainda que teológico, que pode gerar dúvidas e controvérsias, desvioando o foco da fé pura e simples para detalhes que podem apenas refletir detalhes menos importantes pela dificuldade do entendimento real deles. Issonãosignifica que uma fé  que não seja minimamente baseada no que é revelado nas Escrituras. Por minha experiência e pela própria observação de como pessoas diferentes reagem à  experiência cristã   baseada em um a fé simples ou em conhecimentos teológicos aprofundados, raras exceções, a fé teológica pura e simples produz uma vida cristã cuja marca seja um sinal da intervenção divinas. A minha contribuição  fazendo essas reflexões ainda  que resumidas, é afirmar que  a teologia sendo importante, é uma ferramenta que deve ser usada com adequação pois sua aplicação indiscriminada gera mais dúvidas que exclarecimentos substanciais a fé. Em uma próxima postagem pretendo fazer uma análise apropriada entre fé e conhecimento a qual acho, crfeio de extrema propriedade. Relação estabelecida inclusive no próprio Evangelho segundo João.

por Helvecio S. Pereira

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