"Oceans"

sábado, 8 de janeiro de 2011

A VIDA DE SANSÃO: ESBOÇO DE MENSAGEM E PREGAÇÃO




É inegável o interesse pela Bíblia, por suas histórias e de forma recente no Brasil, via poder de uma mídia com enorme alcance que é a Rede Record, inspirada por uma ordem direta do seu dono, o bispo Edir Macedo, afinal manda quem pode, reza o ditado popular. De uma forma ou de outra as pessoas são direta ou indiretamente sacudidas pela lembrança dessa história universal encontrada na Bíblia e tantas vezes ignorada pelos próprios crentes.

Normalmente a história de Sansão é ensinada nas igrejas às crianças, aos adolescentes, mas em muitas igrejas não fazem parte tantas vezes do sermão dominical, feito a adultos com curso superior, pertencentes às classes B ou A. Há cristãos que realmente remetem à história de Sansão, no máximo, a alguns ensinos de teor moral sexual ( matrimônio, adultério, etc ) ou a divisão entre o mundo e o povo de Deus, e a consequente obrigatoriedade de franca escolha, ensinos que também fazem parte da história.

O fenômeno nesses últimos dias, é o de milhões de pessoas, de repente, interessadas em reler a história original, em conhecer seus detalhes históricos e igrejas e ministros dispostos a pregarem exatamente sobre esses relatos do livro de Juízes. Na internet estão disponíveis centenas de estudos e sermões sobre o assunto. Não seria sábio, nem por parte dos ministros e pregadores, religiosos cristãos, e crentes individualmente, só por ser de iniciativa alheia a sua denominação e posição teológica, simplesmente cerrar os ouvidos à Palavra de Deus a um oportunidade de divulgar os ensinos das Escrituras Sagradas. Ainda que o chamarisco seja via arte dramática e televisiva e envolva entretenimento e interesses de sucesso comercial. Afinal  também por simples entretenimento, consumimos não poucas bobagens via mesma mídia, a televisão.

Aproveite portanto um estudo disponibilizado na web da Primeira Igreja Batista de Copacabana ( Rio de Janeiro/Brasil ). Que você seja abençoado por essa mensagem.

Por Helvécio S. Pereira


Sansão – Jz 13 a 16; Hb 11.32

Nascimento miraculoso
Jz 13

Novamente os israelitas fizeram o que era mal aos olhos de Deus e pecaram, seguindo os deuses pagãos dos povos à sua volta. Dessa vez, o inimigo opressor em questão seria o povo filisteu, que oprimiu Israel durante 40 anos. Um detalhe curioso é que dessa vez a Bíblia não relata que os israelitas clamaram a Deus, entrando apenas diretamente na vida de Sansão.

A vida de Sansão começa a ser contada a partir dos pais, mostrando uma limitação de sua mãe, que era estéril. Seu pai, Manoá, era da tribo de Dã. A esterilidade era interpretada como a falta da benção do Senhor na vida daquela mulher e, por esta razão, a Bíblia enfatiza sua condição, assim como a mãe de Samuel, Ana e também como as esposas de Abraão, de Isaque e de Jacó, que também tinham o mesmo problema.

Como aconteceu com essas mulheres, que Deus abençoou e fez com que tivessem filhos que se tornaram pessoas especiais na história do povo de Deus, assim também ocorreu com a mãe de Sansão. A esterilidade, portanto, era um sinal da possibilidade da intervenção divina, pois se o milagre do nascimento acontecesse provavelmente aquele filho seria alguém de muita importância.

A Bíblia diz que o Anjo do Senhor apareceu para a mulher de Manoá e lhe declarou que ela teria um filho e que este deveria ser consagrado como Nazireu. Esta palavra significa “separado” ou “consagrado”. Não somente o filho teria que se abster de alimentos, como também a própria mãe tinha que seguir esses rituais, conforme podemos ver na ordem dada pelo anjo no versículo 4.

O voto de Nazireu pode ser encontrado em Nm 6.1-21 e determina a abstinência de bebidas fermentadas, vinhos, sucos de uva e tudo o que proceder da videira, até mesmo a própria uva. Não poderá raspar os cabelos além de não ter contato com cadáveres. Outra característica é que o voto pode ser temporário e, neste caso, deverá terminar com um sacrifício, oferecido junto ao sacerdote. O voto de Sansão parece-nos ser de caráter vitalício e não foi voluntário, visto que foi ordenado por Deus.

Uma vez ouvi falar de uma pessoa que se converteu e decidiu fazer o voto de Nazireu, raspando a cabeça e se abstendo de alguns alimentos. Naturalmente que o voto não teve progresso e a pessoa desistiu. Entendo que hoje não se aplica a consagração do voto de Nazireu, pelo motivo de que esse voto está na Lei, no pentateuco, quando os crentes judeus deveriam viver sob o seu jugo, o que não é o nosso caso, que estamos sob o jugo da Graça.

Jesus não veio para revogar a Lei, mas para cumpri-la (Mt 5.17-18), o que não significa que é válida para que nós pratiquemos os seus rituais, pois é impossível que consigamos praticá-la completamente, por isso Ele a cumpriu, para que Nele sejamos cumpridores da Lei.

Este é um conceito muito difícil para a nossa mente gentílica e pós-moderna, porque nunca experimentamos ter leis para reger nossa espiritualidade como os judeus tiveram. Se Cristo não veio para revogar a lei, mas para cumpri-la, podemos dizer que a lei ainda é obrigatória? Mas como casar essa idéia com a Graça, visto que não possuímos condições morais para cumprirmos a Lei?

A resposta para isso é que a lei é obrigatória, mas todos os seus aspectos foram consumados em Cristo, conforme veremos em alguns tópicos:

a) A Lei prevê que é necessário o sacrifício de um Cordeiro pelos nossos pecados, mas não precisamos ir ao templo sacrificar um animal porque Jesus se sacrificou como último Cordeiro pelos nossos pecados, morrendo em nosso lugar (Is 53.7; Hb 9.11-14).

b) A Lei prevê a necessidade de separar um dia para o Senhor, mas a morte de Jesus e Sua ressurreição nos ensina que todos os dias são “sábados”, ou seja, devem ser separados para Deus;

c) A Lei prevê que o trabalho do sumo sacerdote é fundamental para que ele interceda por nossas vidas, mas Jesus, em sua morte, ressurreição e assunção aos céus se fez o Verdadeiro Sumo Sacerdote, intercedendo por Seu povo junto a Deus (Hb 8.1-6)

d) A Lei prevê que os gentios, ou seja, os não-judeus, para fazerem parte do povo eleito, devem circuncidar-se, mas Cristo chama Paulo para pregar aos gentios e nos ensinar que a verdadeira filiação de Abraão é pela fé e a verdadeira circuncisão é no coração (Ex 12.43-48; Rm 2.29).

Nesses e em outros aspectos já cumprimos a Lei por meio da Graça em Cristo, por isso ela é válida e, mesmo que não tenhamos condições morais para isso, por meio de Jesus, já somos santos em razão da Justificação pela Fé.

A missão de Sansão, depois que o anjo fala com a sua mãe, seria a de começar a libertar o povo de Israel das mãos dos filisteus. Ou seja, ele não libertaria completamente o povo, mas começaria a fazer esta obra que só terminaria bem mais tarde com o rei Davi. A vida de Sansão apenas serviu para começar um trabalho, diferente de outros juízes, que libertaram o povo completamente.

Quando vemos um chamado como esse na Bíblia talvez passe por nossa cabeça um sentimento de frustração porque gostamos de ver um trabalho começando e também terminando. Não temos a paciência e humildade de entender que, talvez, nossa vida seja apenas para plantar algo e não para começar e terminar.

O monge da Boêmia Jonh Huss, que morreu na fogueira em torno de um século antes do nascimento de Lutero, é considerado um precursor da Reforma, lutando contra as injustiças da Igreja Católica Romana da época, o que resultou em sua condenação. Não viu a reforma, mas foi uma das sementes da luta de Lutero.

Quando Jesus anunciou a Pedro o tipo de morte que ele teria, o discípulo apontou para João e perguntou se ele teria o mesmo destino, pelo que Cristo respondeu:

“Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Quanto a você, siga-me!” (Jo 21.18-22).

É comum nos compararmos com outras pessoas e querermos ter a mesma vida, pois  sempre consideramos a realidade de outros melhor que a nossa. Por isso, é importante entendermos que cada um foi feito para uma função que se encaixa no Projeto de Deus para a manifestação de Sua Glória, mesmo que a nossa participação seja pequena.

Fomos criados para sermos simplesmente nós mesmos e não outra pessoa. Temos essa tendência ao olhar os nossos heróis, o que não impede que sejam nossas referências, mas não somos a sua cópia e geralmente teremos uma vida completamente diferente das pessoas que admiramos.

Depois que o Anjo aparece pela primeira vez à mulher de Manoá, ela conta tudo ao marido e depois ora para que o Anjo a instrua sobre o surpreendente nascimento. Aqui ela não pede para vê-lo como sinal de uma espiritualidade, como alguns cristãos pedem, mas com o objetivo de ser orientada a respeito do menino que iria nascer.

Deus responde a sua oração e a mulher chama o marido para conversar com o mensageiro de Deus. O anjo repete as instruções, salientando que ela deveria se abster de uma série de alimentos específicos. Depois oferecem um holocausto ao anjo, que sobe nas fumaças da oferta. Quando isso ocorreu, Manoá ficou com medo e pensou que iria morrer, mas a mulher o acalmou mostrando-o que se Deus quisesse matá-los não teria aceitado a oferta.

A expressão usada pelo marido é comparável a de algumas pessoas que estiveram diante do Senhor, como Moisés, que teve medo de olhar para a sarça ardente (Ex 3.6c) e o profeta Isaías que se sentiu impuro diante da visão de Deus (Is 6.5). Quando pedimos por avivamento e pela presença de Deus o resultado mais provável não é de manifestações extraordinárias, com milagres, curas, “unções” estranhas, mas sim de um sentimento de pecado e de vergonha por nossa condição tão triste diante da Santidade de Deus.

Quando Paulo nos ensina que devemos ser cheios do Espírito em Ef. 5.18, o resultado disso é demonstrado nos versículos posteriores, com a submissão aos irmãos em Cristo, o louvor a Deus, o entendimento da função no matrimônio, com o marido e a mulher tendo funções diferentes, mas que se complementam, o relacionamento de amor entre pais e filhos e também como escravos e senhores devem se tratar.

O resultado de estar cheio da presença de Deus tem ligação imediata com as nossas atitudes junto aos nossos irmãos e com o nosso sentimento diante de Deus. Não adianta alguém profetizar e curar se o seu relacionamento familiar está destruído. Agindo assim, essa pessoa não demonstra a plenitude do Espírito e muito menos parece estar repleto da presença de Deus.

Quando Sansão cresceu, começou a experimentar a atuação do Espírito do Senhor, característica muito comum no livro de Juízes, principalmente em sua vida. Isto mostra que a obra que ele faria seria algo vindo do Senhor, como resultado de sua consagração a Deus.

O Casamento de Sansão 
Jz 14

Quando Sansão desceu a Timna se apaixonou por uma mulher filistéia e pediu para o seu pai consegui-la como esposa, visto que o patriarca tinha a liderança e autoridade sobre os filhos, inclusive na escolha das suas esposas. Isso nos parece estranho porque estamos acostumados a escolher o que quisermos para a nossa vida, mas isso é resultado de uma filosofia humanista pela qual o nosso mundo é influenciado.

Obviamente que o modelo patriarcal não tem como retornar em nossa época de uma cultura completamente diferente, mas podemos nos aproximar do modelo bíblico de autoridade quando pedimos permissão às nossas autoridades espirituais, incluindo pais não crentes, para iniciar um namoro ou um cortejo com o objetivo de nos casarmos.

Sansão violou os mandamentos de Deus, que proibiam o casamento com pessoas de outros povos, mas ao mesmo tempo, isso vinha do Senhor. Porém, isso não significa que Deus estava dando permissão ao pecado, mas sim, usando de uma situação, de um erro de Sansão para realizar o Seu propósito.

Isso também é um pouco difícil de compreendermos, mas temos que entender que a mente do autor do Antigo Testamento era uma mente teocêntrica (Deus é o centro) e não antropocêntrica (homem é o centro) como a nossa. Quando o autor de Juízes diz que isso vinha do Senhor estava tendo uma visão completa de tudo o que aconteceu, pois sabia que aquela situação serviria para derrotar os filisteus em uma batalha. Ele não possuia uma visão progressiva, de algo acontecendo gradativamente, como nós temos, mas sim da história pronta, por isso ele dá essa opinião, que na verdade é uma aplicação da Soberania do Senhor.

Imagine que alguém bem próximo irá cometer um ato ruim, que desagrada a Deus, conforme entendemos o que é agradá-Lo de acordo com a Bíblia. A pessoa comete o erro, apesar de exortarmos e insistirmos para que o ato não seja cometido. Então, ela sofre o resultado do pecado, se arrepende e retorna. De repente, aquele ato, mesmo sendo errado, é usado para cumprir algum propósito de Deus.

Quando Davi adulterou com Bate-Seba, o filho do adultério morreu por uma condenação de Deus, mas o outro filho com esta mulher, após o arrependimento do rei, se torna o homem mais sábio e mais rico de Israel, Salomão, que fez o reino prosperar e construiu o templo em Jerusalém. Deus valeu-se de uma situação pecaminosa para fazer cumprir o Seu plano.

Isso não significa também que o pecado pode glorificar a Deus, porque pecado é a substituição da glória de Deus por um benefício menor e passageiro, como podemos entender a passagem de Romanos 1.23 e 25:

“... e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal....Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém”

Comentando sobre essa questão, o pr. John Piper, em seu livro “A Paixão de Deus por Sua Glória”, cita o Pr. americano do séc.XVIII  Jonathan Edwards que diz o seguinte:

“O termo grego para “errar o alvo” (husterountai) quer dizer “necessitar”. A idéia não é que atiramos uma flecha na glória de Deus e essa flecha errou o alvo, mas sim que poderíamos possuir essa glória como tesouro, mas não a temos. Escolhemos outra coisa em seu lugar. Isso confirma Romanos 1.23, ou seja, as pessoas mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem do homem corruptível. Esse é o problema do pecado: e uma substituição suicida de algo de valor e beleza infinitos por algo passageiro e inferior.”

A soberania do Senhor e a nossa responsabilidade são temas que parecem diferentes, mas na verdade caminham juntos na Palavra. Ao mesmo tempo em que a Bíblia nos ordena ser santos (1 Pe 1.16), também aprendemos que o querer e o efetuar não vem da gente e sim de Deus (Fp 2.13). Muitas pessoas podem chamar isso de contradição, mas na verdade estamos diante de um paradoxo.

O jornalista inglês do séc. XIX e XX chamado G.K. Chesterton em seu livro “Ortodoxia” trabalha, em um dos capítulos, o cristianismo como sendo algo paradoxal e não contraditório. Paradoxo são duas verdades que parecem ser diferentes, mas que caminham juntas, tendo a mesma origem e o mesmo fim, enquanto a contradição são duas afirmações completamente diferentes, que não tem o mesmo objetivo, como dizer que a cor branca é também preta.

A Bíblia está repleta de paradoxos, como a dupla natureza de Jesus; a questão da origem do pecado, pois Deus criou tudo, porém não criou o pecado; a trindade, onde vemos que Deus “é” três, além de outras questões que iremos nos confrontar e nos perguntar a razão, mas que teremos de aceitar e louvar, como Paulo fez em Rm 11.33-36 quando estava diante de um paradoxo.

Mesmo com os pais decepcionados, Sansão vai até essa mulher e casa-se com ela. Mas antes vive uma experiência na qual mata um leão, rasgando-o de forma muito fácil e, quando novamente passa pelo cadáver do animal, encontra abelhas e mel, usando este para se alimentar, oferecendo posteriormente a seus pais sem nada lhes contar. Aqui quebra o voto, pois tocou em um cadáver por duas vezes, quando mata o leão e quando pega o mel.

Ao se casar com a mulher filistéia, na festa do casamento propõe um enigma com os rapazes que lá estavam , apostando trinta mudas de roupas com eles. Para decifrarem o enigma ameaçam a mulher de Sansão e ela convence-o a lhe contar sobre o que se trata.

Aqui já podemos ver outra fraqueza dele, sendo facilmente convencido a revelar segredos quando uma mulher insiste. Assim, ela conta aos homens, que revelam a Sansão o enigma. Este sai enfurecido até Ascalom, uma das principais cidades dos Filisteus, mata trinta homens, pega as suas roupas, paga a aposta e volta para casa do seu pai, deixando a sua esposa com um dos companheiros que o acompanhava.

A Vingança de Sansão
Jz 15

Quando decide retornar para ver a esposa, o pai da moça declara que ela já esta com o seu companheiro e lhe oferece a irmã mais nova. A ira de Sansão se acende novo e, usando trezentas raposas, queima a plantação dos filisteus, que descobrem que ele fez isso para se vingar de ter tido a sua esposa roubada. Desta forma, matam a esposa de Sansão e o pai dela como vingança. Quando Sansão descobre isso, faz terrível matança entre os filisteus e se esconde numa caverna.

A vida de Sansão até aqui não tem a característica comum de um herói da alegria, que geralmente tem um chamado específico dado diretamente por Deus. Mas pelas circunstâncias normais de sua vida, o Espírito Santo se apossa dele de uma forma especial e o usa para vencer os filisteus.

Algumas vezes perguntamos a vontade de Deus para as nossas vidas e esperamos que envie algo especial e diferente para nos guiar, mas não conseguimos enxergar que Ele usa as circunstâncias normais, as situações cotidianas para demonstrar a Sua vontade e que o simples fato de estarmos sem paciência com nossa rotina não significa que Cristo não está presente realizando o que Ele quer. A vontade de Deus é mais comumente manifestada no nosso cotidiano do que de formas extraordinárias.

Para capturarem Sansão, os filisteus usam o povo de Judá para levá-lo amarrado até a região deles. Como não haviam conseguido vencê-lo diretamente, ameaçaram o povo subjugado para buscar Sansão e três mil homens de Judá obedeceram às ordens deles e foram até a caverna onde Sansão se escondia.

Quando Sansão foi abordado aceitou ser levado, desde que não fosse morto por eles. Quando os filisteus o avistaram fizeram festa, mas, novamente, o Espírito do Senhor se apossou dele e com uma queixada de jumento matou milhares de filisteus. Depois disso experimentou algo extraordinário, pois, com muita sede clamou a Deus, que fez abrir a rocha que estava naquele local, fazendo sair água.

Sansão, Dalila e sua morte
Jz 16

Depois dessas coisas, Sansão conheceu mais uma mulher filistéia, chamada Dalila, que o convenceu a contar o segredo da sua força, em troca de uma boa quantidade de prata. Dalila usou o mesmo método da primeira esposa de Sansão, usando chantagem emocional e fazendo-o cair em sua própria fraqueza que já havia sido revelada antes. Quando o cabelo de Sansão é cortado, os homens o capturam e ele percebe que perdeu a sua força. O primeiro ato dos filisteus é vazar os seus olhos, tornando-o cego. Claramente não queriam matá-lo de uma vez, mas torturá-lo como vingança.

Sansão caiu novamente no erro de revelar um segredo para uma mulher. Essa fraqueza já havia sido revelada anteriormente, mas mesmo assim, ele não tomou o devido cuidado, deixando-se levar pela paixão. Isso deve nos levar a refletir que muitas de nossas falhas e fraquezas podem nos levar a quebrar o nosso relacionamento com Deus, se não formos diligentes e lutarmos para ter alegria Nele por meio de um relacionamento com Cristo, que nos purifica de nossos pecados e trata as nossas fraquezas.

A força de Sansão não estava nos cabelos, como muitos afirmam e é o que pensa o senso comum. Mas o cabelo grande apenas representava o voto, sendo o seu sinal público. A Bíblia diz que “Senhor o deixou” (v. 20), mas não apenas em razão do corte do cabelo, e sim por tudo que tinha acontecido até ali. Repare que ele já tinha transgredido o voto outras vezes, aqui sendo apenas o ápice. Porém novamente Deus iria usar o seu erro.

Quando Sansão foi preso pelos filisteus, foi usado para girar o moinho e enquanto isso o seu cabelo crescia. Quando foi levado ao templo do deus dos filisteus, Dagom, para que comemorassem a derrota do seu inimigo, Sansão pediu para ficar nas colunas do templo e pediu a Deus para retomar as forças e derrotá-los novamente.

Repare na oração de Sansão e como ele se refere a  Deus: “Ó Soberano Senhor...”(v.28) e pede para ser vingado por causa dos seus olhos e Deus atende a sua oração, dando força para Sansão destruir as colunas centrais do templo e matar mais filisteus em sua morte do que matou em vida.

A oração dele merece destaque porque revela que conhecia o caráter Soberano de Deus, reconhecendo o Seu Governo sobre a história e sobre a sua vida. Também mostra que Sansão tinha noção de que as circunstâncias de sua vida eram dadas por Deus para o Seu propósito.

 O fato de Sansão ter pedido a Deus para que os seus olhos fossem vingados não significa que ele estava procurando algo pessoal somente, mas quando um povo vencia uma guerra atribuía ao seu deus, como se este tivesse subjugado o deus do outro povo. Mas Sansão sabia que o Senhor era Soberano e que usaria aquela situação para mostrar que Jeová é Vivo e que submete todas as situações aos Seus desígnios.

Com este estudo terminamos o livro de Juízes sob o foco de Hebreus 11 e aprendemos como nosso coração é inconstante diante de Deus e que se não tivermos um coração triste pelos nossos pecados, Deus pesará a Sua mão amorosa sobre as nossas vidas até que o nosso coração retorne ao Senhor e entenda que só Ele é Deus e Rei sobre nossas vidas e Soberano sobre toda a história.


Fonte:   PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE COPACABANA ( visite o site e conheça a igreja, certamente você será  muito bem vindo em uma de suas reuniões. Deus o abençoe. )





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