Frequentemente se ouve dos desvios e exageros cometidos em países islâmicos que pro defesa da sua religião oficial, com base em uma teologia própria duvidosa, pune com mortes cristãos sejam de que identidade teológica cristã forem.
Essa mesma desgraçada opinião que sempre terminava em assassinatos sumários já foram reais na história ocidental, católicos contra todos os grupos independentes não-católicos, anglicanos contra católicos-romanos, calvinistas contra católicos-romanos e católicos romanos contra calvinistas, calvinistas contra calvinistas, exemplos todos com prisões, torturas e morte em vários períodos e momentos históricos.
Embora seja esquecido amplamente, a liberdade real de crença e de expressão de uma fé, seja qual for, no ocidente, cristã ou não cristã, foi conseguida sim graças à Reforma Protestante. Martin Lutero, monge alemão desencadeador desse que foi e é o movimento cristão mais importante em vinte séculos após o advento da igreja cristã primitiva, também errou, concluindo em seu tempo que os judeus, por terem assassinado o Senhor Jesus deveriam ser mortos, pensamento compartilhado antes de seu tempo por próprios católicos romanos.
Entretanto a defesa original feita por Lutero e outros não foi de fato compartilhada por John Calvino e seus seguidores e por calvinistas modernos: a da LIVRE LEITURA e LIVRE INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS. Católicos Romanos, ou a Igreja Católica Romana, não defendiam e portanto até proibiam oficialmente a LEITURA DA BÍBLIA pelos leigos, e menos ainda a LIVRE INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS, que só poderia ser mediada pela Igreja Católica Romana.
Muitas pessoas erroneamente pensam sinceramente que a Ciência como instituição e aparato de conhecimento normatizado seja uma fonte de liberdade de pensamento. Essa não é a verdade. A Ciência, embora trate com descobertas, pesquisas sistemáticas, conclusões baseadas em observações, dados e fatos, só emite conclusões baseadas na maioria de seus agentes, ou até as mais convenientes à certa ideologia ou política prevalente. Ou seja uma determinada descoberta, invenção, interpretação, só vem a público e é difundia e ensinada como verdade oficial segundo interesses maiores e muitas vezes fortuitos.
Um bordão conhecido e difundido amplamente é que a Ditadores, governos, principalmente de terceiro mundo, não convém que uma população seja instruída. Essa não é de fato a inteira verdade. Um povo ignorante é atraso e prejuízo inconsequente à qualquer nação. Pode ter sido um fato em certo momento histórico, mas a realidade é que ditadores, governos de terceiro mundo, necessita de técnicos, educadores, profissionais de alto nível para que mesmo a sua ditadura seja mais permanente. E um mito o discurso de que qualquer educação formal é libertadora. De fato a escola, em qualquer nível educacional, pode ser mais eficazmente opressora e menos libertadora, do que a simples ignorância, pois ela não só dá a informação que lhe convém, como apresenta somente as provas que farão das pessoas de posse desse conhecimento unilateral pessoas mais ativamente fieis do que pessoas simplesmente ignorantes.
Algumas provas dessa minha declaração: A China na sua ação de crescente preparo de profissionais de alto nível, Cuba em certos setores e em certas formações acadêmicas, Rússia hoje e a maioria dos países integrantes da antiga URRS, a Alemanha Nazista, membros da cúpula de governo da Coreia do Norte e tantos outros exemplos omitidos por ora nessa postagem.
No ambiente religioso também não faltam provas mais contundentes: teólogos e religiosos católicos romanos, fieis aos "erros" teológicos denunciados criticamente por não católicos-romanos. Mórmons, Adventistas, Presbiterianos Calvinistas, Batistas Calvinistas ( Reformados ), Testemunhas de Jeová e tantos outros grupos cristãos. É inegável o grande número de pessoas em todos esses grupos com a melhor educação desejável e a dificuldade em serem autocríticos teologicamente em relação às sua próprias igrejas.
O ateísmo igualmente não é libertador, ativistas ateus repetem e são tão objetivamente fanáticos em ao defender as suas premissas, atacarem as crenças religiosas seja de quais religiões forem, não admitindo em tese, esses ativistas e não ateus isolados e pessoais, a possibilidade de crença em algo sobrenatural.
A liberdade mais ideal e desejável é sem dúvida a liberdade oriunda da Reforma Protestante que defende a LIBERDADE PLENA, a de investigação escriturístisca ( Bíblica ) e a possibilidade de crença e não crença no que ela ( A Bíblia judaico-cristã ) revela, sabendo-se que, segundo ela, cada um dará cona de si mesmo a Deus.
Abaixo, um patético e porque não bizarro exemplo, de como a forma ocidental de questionar tudo pode redundar em exageros e desvios que ao contaminarem toda uma sociedade de modo imperceptível, se traduz em uma anti-liberdade plena, vejam:
Uma igreja Batista foi o centro de uma investigação policial por um anuncio na porta do templo que sugere que os nãos cristãos irão “queimar no inferno”, por isso foi investigada como um “incidente de ódio”.
A placa dizia: “Se você acredita que Deus não existe, é melhor você estar certo“, e logo abaixo mostra uma imagem de chamas de fogo.
A investigação foi iniciada contra a igreja Batista em Norfolk por causa de uma queixa apresentada por um jovem que passando pelo local se sentiu desconfortável com a mensagem, que segundo ele não é o amor cristão. Robert Gladwin, 20, disse que ficou “surpreso” ao ver o cartaz em frente à igreja, quando ele ia para sua casa, conforme publicado pelo site Mirror.
“A mensagem que é exibida do lado de fora da igreja não poderia estar mais longe da mensagem cristã que se diz sobretudo, ‘ame o teu próximo’”, disse Gladwin.
“Fiquei impressionado de verdade. Vivemos no século 21 e colocar essa mensagem, que os não cristãos vão queimar no inferno, para tentar assustar as pessoas e fazer mudar o seu modo de pensar”, disse o jovem.
O cartaz foi colocado ao lado de um quadro de avisos na entrada da igreja, para que todos os visitantes possam sempre vê-lo.
A polícia pediu ao Pastor John Rose, 69, para retirar o anúncio, depois que os agentes começaram uma investigação sobre a denúncia.
O pastor Rose disse que “lamentava” o que poderia ter sido interpretado pelo cartaz. Ele disse que a Igreja oferece uma variedade de maneiras em que as pessoas são capazes de se comprometer com a mensagem cristã.
“Jesus nos encoraja a amar a Deus e amar o nosso próximo e, portanto, lamento que o cartaz tenha sido visto como um discurso de ódio”, disse o pastor.
A grande lição é que a liberdade de pregar, de crer, de se criticar, de debater e construir uma cosmovisão pessoal e expressá-la publicamente em resposta ao mundo corre o grave risco de ser cerceada, não aos moldes do Oriente de de países totalitários, comunistas ou islâmicos, mas igualmente e eficientemente opressores.
Por Helvécio S. Pereira
Por Helvécio S. Pereira
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